02/02/2011

ONZE DICAS PARA UMA BOA ADMINISTRAÇÃO DE CONFLITOS 
No mundo atual as empresas precisam saber administrar conflitos com competência

1. Procure Soluções, Não Culpados.
É evidente que todo problema ou conflito tem uma causa, e, se você 
procurar, vai encontrar o culpado também. Mas, ao fazer isso, estará 
também desviando preciosa energia e tempo na caça às bruxas,em vez 
de se concentrar na solução que, a rigor, é a única saída para o 
desentendimento.Focalize sua atenção nos ganhos da solução e 
esqueça a sessão de acusações mútuas.Olhe um nível acima,concentre 
as pessoas nas metas (é o que elas mais deveriam ter em comum),
enfoque as convergências (não as divergências), comprometa as 
pessoas na busca da melhor solução,encare isso de forma objetiva e 
também positiva. Só depois fale a sós com o causador do incidente (se 
houver um e puder identificá-lo), mostrando-lhe a inadequação da 
atitude e os resultados disso. Grande parte das vezes uma conversa 
sincera, respeitosa e objetiva evitará a repetição do ocorrido,desde que 
as causas sejam tratadas.

2. Analise a Situação.
A. Faça as seguintes perguntas: QUAL é realmente o problema?, QUEM 
está envolvido?, O QUE aconteceu?, Desde QUANDO vem ocorrendo?,
ONDE aconteceu o desentendimento (em que departamento, setor, área 
geográfica etc.)?, POR QUE ocorreu o conflito?,Poderia ter sido evitado?

B. Busque alternativas de solução. Aponte as opções que você julgar 
mais plausíveis para resolver o conflito.

C. Escolha a melhor alternativa com base nas informações à sua 
disposição

D. Implante e avalie. Ao implantar a solução, faça acompanhamentos 
periódicos para detectar eventuais desvios de rotas, promovendo 
reuniões com os envolvidos.Os passos b, c e d poderão também ser 
realizados com os envolvidos, desde que haja abertura e clima propício 
para isso.

3. Mantenha um Clima de Respeito.
Ao dialogar com a(s) parte(s) envolvida (s), mantenha sempre um clima 
de respeito e consideração pois essa será a plataforma que sustentará o 
entendimento. Evite todo o tipo de sarcasmo, ironia ou agressividade, 
pois funcionarão como combustível para aumentar a fogueira. 

4. Aperfeiçoe a Habilidade de Ouvir e Falar.
Não interrompa quando a outra pessoa estiver se explicando,saiba ouvir 
e ouça também as entrelinhas, isto é, o que ela não está dizendo mas 
insinuando por gestos, tom de voz e postura. Assim descobrirá muito 
além das aparências. Faça perguntas que levem ao esclarecimento do 
problema.Mesmo que em circunstâncias normais não se deva interromper 
quem fala, se a outra pessoa não consegue desenvolver seu pensamento,
ou estiver se desviando do assunto ou ainda se expressando com 
dificuldade, interrompa fazendo perguntas objetivas que recoloquem o 
diálogo nos trilhos.Pergunte qual é a sugestão da outra pessoa para 
sanar o conflito.

5. Seja Construtivo ao Fazer uma Crítica.
Evite a armadilha da personalidade, usando frases diretas e acusativas 
do tipo: “Você só sabe trabalhar para si e não ajuda ninguém” ou “Você 
me prejudicou de propósito”. As pessoas sentem-se acusadas e 
colocam-se na defensiva quando ouvem frases como “Você fez isso” ou 
“Você errou aquilo”. Concentre-se no problema ou comportamento e não 
na personalidade das pessoas. No primeiro exemplo anteriormente dado, 
uma outra forma de abordagem poderia ser: “Seu comportamento de 
afastar-se do grupo trem trazido problemas quanto ao cumprimento de 
prazos do setor”. No segundo exemplo, a frase poderia ser: “Sua atitude 
acabou me prejudicando”. Evite também críticas vagas ou malfeitas do
tipo:“Seu trabalho tem deixado muito a desejar”. É algo muito impreciso: 
por isso fale de modo específico: “A pontualidade é algo muito 
importante para mim, e o seu relatório foi concluído com dois dias de 
atraso. Além disso, o item 5 não faz menção às novas datas estipulados 
pelo cliente, conforme os dados que lhe repassei anteriormente”. Da 
mesma forma, quando alguém lhe dirigir críticas vagas, solicite 
esclarecimentos “Você é muito negativo” ou “Seu trabalho está abaixo da 
média” não dizem muito. Pergunte então:“Onde o meu comportamento 
é negativo?” ou “Onde o meu trabalho está abaixo da média? Eu gostaria 
de saber para melhorar”.

6. Procure a Solução Ganha-Ganha.
O ganha-perde ou perde-perde são as piores formas de solucionar 
conflitos. Sempre restarão alguns estilhaços doloridos, aguardando a 
melhor hora para o contra-ataque. Procure a relação ganha-ganha em 
que ambos os lados saiam ganhando, sem impor ou humilhar a outra 
parte. Os conflitos não são casuais. Eles ocorrem quando as pessoas 
sentem-se frustradas ou humilhadas, ignoradas, não reconhecidas, 
injustiçadas,inseguras,traídas ou algo assim.Por outra lado -felizmente– 
as pessoas todas evitam conflitos e tornam-se cooperativas sempre que 
percebem algo de vantajoso para elas ou para o grupo. As pessoas 
cooperativas são aquelas que têm algo a ganhar com isso, e grande
parte das vezes não se trata de dinheiro. Elas podem querer, por 
exemplo, segurança, estabilidade, reconhecimento,promoção, 
crescimento pessoal, harmonia em equipe, desafios profissionais, elogio 
etc.Mostre, portanto,à outra parte o que ela tem a ganhar com a solução 
do conflito (ou o que ela tem a perder se perdurar) e terá dado um 
grande passo para a solução do desentendimento. 

7. Aja Sempre no Sentido de Eliminar Conflitos.
Existem muitos métodos para eliminar comportamentos de resistência. 
Você poderá utililizar um ou vários desses métodos para resolver 
impasses com colegas ou subordinados:
A.Mostre um Exemplo de Sucesso.Exemplifique como o mesmo problema 
Foi enfrentado pela pessoa X ou pelo Departamento A e que a solução foi 
encontrada utilizando o mesmo processo a ser agora adotado, provando, 
assim, sua eficiência.
B.Dê uma Garantia. Garanta que, se o novo layout, a nova tecnologia ou 
seja lá o que for, não der certo dentro de um determinado prazo (quinze 
dias, um mês etc.), então será adotado o sistema antigo ou algum outro. 
C. Faça uma Demonstração. Há resistências quanto a um novo 
equipamento ou um novo sistema? Use-o ou faça-o você mesmo funcionar 
(ou alguma outra pessoa que entenda disso) e mostre os resultados 
positivos. 
D.Tente Simplesmente Ouvir. Ouça os argumentos da outra parte 
amistosamente. Ao terminar o que ela tem a dizer, experimente 
persuadi-la por meio de uma argumentação seqüenciada e lógica.

8. Evite Preconceitos.
Preconceitos são, talvez, os piores bloqueadores na administração de 
conflitos. Estão relacionados com valores e crenças profundamente 
arraigados no íntimo das pessoas. A própria palavra preconceito explica 
o seu significado: pré-conceito, isto é, conceito prévio. O conceito já 
está previamente embutido e cristalizado na mente da pessoa, atuando 
como um clichê ou rótulo, sempre que determinado assunto é abordado. 
Suspende-se o julgamento (um dos dons mais preciosos do ser humano) 
e aciona-se o piloto automático, que passará então a comandar os 
pensamentos a respeito do tema ou da situação enfrentada. Os 
preconceitos mais comuns estão relacionados a cor, religião, sexo, 
nacionalidade, idade, ideologia política,deficiência física e mental.É difícil 
libertar-se desses estereótipos, mas uma das melhores armas contra 
eles é imbuir-se e conscientizar-se de cada caso é um caso e cada 
pessoa é uma pessoa,e que o problema deve ser administrado dentro de 
sua realidade única e específica, por mais parecido que possa ser com 
casos semelhantes do passado. Toda pessoa é única (não existem duas 
iguais, por mais semelhanças que possam ter) e todo conflito é singular, 
pois os fatores que o originaram nunca são totalmente idênticos e, se 
o são, os desdobramentos poderão tomar rumos inusitados. Pense nisso 
da próxima vez em que tiver de solucionar um conflito sobre o qual você 
ache que já sabe tudo a respeito por já ter enfrentado situações iguais e 
pessoas parecidas.

9. Mantenha a Calma.
Mantenha a calma, não reaja mal às más-notícias e, sobretudo, não se 
irrite se alguém discordar de seu ponto de vista. Administrar conflitos 
significa também administrar a si mesmo e ao seu humor.Ambigüidades, 
incertezas e atitudes passionais fazem parte do processo conflitual, 
principalmente nos estágios mais agudos. Mantenha a cabeça fria e 
segure a mão firme no leme, sem perder o controle da situação, e 
tenha uma atitude de tranqüilidade e confiança. Devido a essa postura, 
os outros aceitarão sua liderança e passarão a confiar em você. Escolha 
sempre o momento mais adequado para tratar do assunto conflitante. 
Conserve o objeto da discórdia exclusivamente entre os envolvidos, e 
abstenha-se de fazer propaganda, fofoca ou lançar boatos a respeito. 
Se a situação estiver muito confusa e os ânimos exaltados, às vezes é 
bom dar um tempo, para que as cabeças esfriem. Convoque uma 
reunião para mais tarde ou para o dia seguinte e, enquanto isso, faça 
o seu dever de casa e analise bem a situação para estabelecer sua 
estratégia de abordagem.

10. Quando Estiver Errado, Reconheça o Erro.
Isso não vai diminuí-lo ou torná-lo vulnerável, como muitos supõem. 
Pelo contrário,você provocará o respeito dos outros por demonstrar que 
o seu interesse não é provar que você é perfeito ou infalível, mas sim 
buscar a melhor solução para o conflito, mesmo que, para isso, você 
tenha que admitir que cometeu um erro.

11. Não Varra os Problemas para Debaixo do Tapete.
Se houver um conflito enfrente-o, usando para isso a abordagem que 
melhor se coadune com o momento. Não ignore a situação, nem 
contemporize achando que o tempo sanará o desentendimento.O tempo 
quase sempre só agravará a discórdia. Pode, no entanto, haver 
situações especiais em que é mais vantajoso não encarar o conflito do 
que enfrentá-lo, pois a relação custo- benefício seria desfavorável.
Neste caso use o seu bom senso para discernir quando fazê-lo.

Condensado do livro
 “Manual do Chefe em Apuros” de Ernesto Berg,
Juruá Editora.


Nenhum comentário:

Arquivo do blog