09/11/2011

três paradigmas éticos

Teorias éticas baseadas no dever defendem a idéia de que cada um de nós tem certos deveres e que agir moralmente é equivalente a cumprir o nosso dever, independentemente das conseqüências.
Na ética Cristã, moralmente certo é tudo que estiver de acordo com a vontade de Deus e moralmente errado tudo o que for contrário a vontade de Deus. A essência desta moral é um sistema de obrigações e proibiç
A mais importante teoria moral baseada no dever e a de Kant, para ele, era óbvio que uma ação moral teria de ser executada por sentido do dever, e não apenas como resultado de uma inclinação, de um sentimento ou da possibilidade de qualquer tipo de benefício para o seu autor.
Para Kant uma ação boa não é, necessariamente, moral. A ação só será moral, se puder aplicar universalmente e se for feita sem nenhuma outra intenção. Se a motivação da ação for em função apenas dos sentimentos, da compaixão de quem pratica, e não em função de um sentido do dever, não é ação moral. A motivação de uma ação é muito mais importante de que a própria ação e suas conseqüências.
Uma pessoa, por exemplo, que ajuda uma comunidade carente para agradar a Deus, está tendo uma ação boa, mas não moral. Para saber se alguém ágil moralmente, tem que saber a intenção dessa pessoa.
Segundo, Kant, a ação correta é aquela que segue o " Imperativo Categórico": "Age de tal forma que a máxima (regra de conduta pessoal) da tua ação possa se tornar lei (regra de conduta universal) universal da natureza".
Teorias éticas baseadas na virtude - Os teóricos da virtude concentram-se no caráter e estão interessados na vida da pesssoa como um todo. A questão central é "como devo viver?". A resposta por eles dada é cultive as virtudes. Para eles só cultivando as virtudes poderemos prosperar como seres humanos.
A teoria da virtude baseia-se em grande parte na ética a Nicómaco, de Aristóteles, para ele a ação correta é aquela que se adequa ao meio-termo ( meio-termo é o critério para se identificar a ação virtuosa).
Sua preocupação está em moldar o caráter (segunda natureza). O vício é a ação incorreta enquanto que a virtude é a ação correta.
Teorias éticas baseadas no conseqüêncialismo - A teoria da virtude baseia-se nas teorias de J. S. Mill, para ele não existe conteúdo moral nos atos, eles são condicionados às conseqüências. Toda ação moral boa é aquela que traz prazer ao maior número de pessoas.
Definição de empirismo e racionalismo
Empirismo é a doutrina que reconhece a experiência como única fonte válida de conhecimento, em oposição à crença racionalista, que se baseia, em grande medida, na razão. O empirismo deu início a uma nova e transcendental etapa na história da filosofia, tornando possível o surgimento da moderna metodologia científica.
A palavra empirismo vem do grego empeiria, que significa "experiência". Tem por princípio fundamental a "tese enunciada por John Locke de que todas nossas idéias vêm da experiência, da percepção sensível e da introspecção". É uma doutrina filosófica que admite, quanto à origem do conhecimento, que este provenha unicamente da experiência sensorial, em vez da razão. Para o empirismo a experiência é fundamental, e o trabalho posterior da razão subordina-se à ela. Questiona o caráter absoluto da verdade, posto que o conhecimento parte de uma realidade em constante transformação, sendo tudo relativo ao espaço, ao tempo, ao humano.
Os racionalistas afirmam que a experiência sensorial é uma fonte permanente de erros e confusões sobre a complexa realidade do mundo. Somente a razão humana, trabalhando com os princípios lógicos, pode atingir o conhecimento verdadeiro, capaz de ser universalmente aceito.
Os racionalistas consideram que só é verdadeiro conhecimento aquele que for logicamente necessário e universalmente válido, isto é, o conhecimento matemático é o próprio modelo do conhecimento. Assim sendo, o racionalismo tem que admitir que há determinados tipos de conhecimento, em especial as noções matamáticas, que têm origem na razão. Não quer isso dizer que neguem a existência do conhecimento empírico. Admitem-no. Consideram-no porém como simples opinião, desprovido de qualquer valor científico. O conhecimento, assim entendido, supõe a existência de ideias ou essências anteriores e independentes de toda a experiência.
Para o racionalismo, os princípios lógicos seriam inatos na mente do homem. Daí por que a razão deve ser considerada como a fonte básica do conhecimento.
Principais filósofos racionalistas: Descartes (1596 - 1650), Espinosa (1632 - 1677), Leibniz (1646 – 1716);
Principais filósofos empiristas: Francis Bacon (1561-1626), Thomas Hobbes (1588-1679), John Locke (1632-1704), George Berkeley (1685-1753), David Hume (1711-1776).

Livro: Convite à Filosofia, Marilena Chauí

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