09/11/2011

O FMI e sua História

Fundo Monetário Internacional (FMI)

INTRODUÇÃO

O Fundo Monetário Internacional (FMI) foi criado quase no fim da 2ª Guerra Mundial, Mundial. A primeira idéia é que o FMI ajudasse na reconstrução dos países atingidos pelas guerras mundiais e, depois, socorresse os países que adotam o sistema neoliberal. O novo ordenamento do mundo do após-guerra seria caracterizado pelo fortalecimento do capitalismo e pela obediência a instituições internacionais regidas pelo principio democrático no qual todos se fariam representar igualmente, sem que nada fosse imposto aos seus integrantes. O FMI seria uma instituição que procurava abrigar todos os países que dele quisessem participar. Agora o FMI interfere na política econômica dos países devedores de forma extremamente autoritária. Na sua criação estava a idéia de que o mundo poderia estar tranqüilo. Dali em diante uma moeda em comum, cambiável em escala universal, facilitando e ajudando a expandir o comércio pelo mundo inteiro. Se algum país passasse por sérias dificuldades financeiras, o FMI iria a seu socorro para evitar a falência ou a moratória dele contaminasse o funcionamento de todo o sistema internacional. Seu surgimento, origem, bem como sua atualidade, dentre outros aspectos apresentados, serão descritos neste trabalho, além de mostrar seus objetivos e conseqüências trazidas pelo Fundo ao Brasil no dias de hoje, além disso, tentar-se-á mostrar que esta instituição fugiu completamente em seu funcionamento atual das idéias de quando foi criado.

COMO E PARA QUE FOI CRIADO O FMI
O FMI, instituição fundada em 1944, tem sido vista ao longo dos anos tanto como um notável instrumento regulador e organizador do sistema financeiro internacional, como também uma ferramenta do poder. Utilizada largamente pelos países ricos, especialmente pelos EUA, o FMI acaba moldando e impondo a sua vontade ao restante do mundo. Porém, deve-se entendê-lo como parte de um novo sistema internacional, tais como a ONU e o Banco Mundial, forjado pelos dramáticos acontecimentos provocados pela Segunda Guerra Mundial. A idéia de criar o FMI se plantou em julho de 1944 em uma Conferência das Nações Unidas celebrada em Bretton Woods, New Hamspshire (EUA) quando os representantes de 45 governos acordaram em estabelecer um marco de cooperação econômica destinado a evitar que se repitam desastrosas políticas econômicas que contribuíram para provocar a Grande Depressão dos anos trinta. Foi uma espécie de antecipação da ONU (fundada em São Francisco no ano seguinte, em 1945) para tratar das coisas do dinheiro. Acertou-se que dali em diante, em documento firmado em 22 de julho de 1944, na era que surgira das cinzas da Segunda Guerra Mundial, haveria um fundo encarregado de dar estabilidade ao sistema financeiro internacional bem como um banco responsável pelo financiamento da reconstrução dos países atingidos pela destruição e pela ocupação. Em geral, e de conformidade com outros objetivos, o FMI se encarrega de zelar pela estabilidade do sistema financeiro internacional.
(KRUGMAN, 2001, p. 325)"Os arquitetos do FMI pretendiam construir um sistema de taxas de câmbio fixas que viabilizasse o crescimento do comércio internacional embora tornasse os requisitos do equilíbrio externo suficientemente flexíveis, de modo que pudessem ser atendidos sem sacrificar o equilíbrio interno".

PRINCIPAIS OBJETIVOS
(GATALDI, 2001, p. 317) "O FMI tem como objetivo central promover a estabilidade das taxas de câmbio e libertar o comércio mundial, na medida do possível, de restrições e entraves. Em acepção ampla, representa uma associação financeira internacional de ajuda e cooperação mútua".
Tem como objetivo geral zelar pela estabilidade do sistema monetário internacional, notadamente através da promoção da cooperação e da consulta em assuntos monetários entre os seus 181 países membros. Os objetivos específicos do FMI são estimular a cooperação internacional, facilitar a expansão e o crescimento equilibrado do comércio mundial, promover a estabilidade cambial e colaborar para o estabelecimento de um sistema de pagamentos internacionais e para a eliminação de restrições cambiais. Outros objetivos é que torna o Fundo mais conhecido (ou temido). Numa tradução livre, "incutir confiança aos países membros, disponibilizando temporariamente, sob adequadas salvaguardas, recursos para que possam corrigir desequilíbrios em seus balanços de pagamentos, sem que tenham que recorrer a medidas destrutivas da prosperidade nacional ou internacional". O FMI planeja e monitora programas de ajustes estruturais e oferece assistência técnica e treinamento para os países membros.

ORGANIZAÇÃO
O Fundo Monetário Internacional é uma organização composta atualmente por 184 países membros que foi criada para promover a cooperação e a estabilidade econômica internacional, estimular o crescimento econômico e fornecer assistência financeira temporária para países em crise. A organização do FMI é basicamente estruturada desde o tempo da constituição, em 1945, e inclui o Conselho de Governadores, o Conselho Provisório, o Comitê para Desenvolvimento, o Diretório Executivo, o Diretor-Gerente e o Corpo de funcionários.

CONCLUSÃO
O que se percebe após este trabalho é que no ato de sua criação o FMI foi uma instituição de muita nobreza, pois visava a ajuda ou o socorro aos países estraçalhados pela segunda guerra, e que a idéia de sua criação apontava um amparo constante aos países no sentido de auxilia-los economicamente. No entanto o que se vê na atualidade é uma instituição controladora, que impõe regras e intervém na economia dos países. Suas ajudas são na verdade precedidas de exigências que apontam para o interesse de vantagens a terceiros. Nestas ações as vezes extremamente covardes o FMI se apresenta como a organização que com agiotagem se impõe internacionalmente.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
KRUGMAN, Paul; OBSTFELD, Maurice. Economia Internacional: Teoria e Política. SãoPaulo, Pearson Education, 2001.
BONELLI, Regis; GONÇALVES, Robson. Padrões de Desenvolvimento no Brasil: Passado e Futuro in O Futuro da Indústria no Brasil e no Mundo, Rio de Janeiro, Campos, 1999.
GASTALDI. J. Petrelli. Elementos de economia política. 17. Ed. São Paulo: Saraiva, 2001.

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