17/05/2016

A Logística na Gestão de Suprimentos

A Logística na Gestão de Suprimentos

É uma etapa de extrema importância, principalmente em virtude do mundo competitivo em que as empresas se encontram, da busca constante de redução de custos e da busca pela melhoria contínua da qualidade e dos produtos.
A primeira decisão que influencia diretamente na gestão de suprimentos é a de fazer ou comprar. Se pensarmos em uma empresa fictícia de artefatos de borracha, ela precisa decidir se compra a borracha pronta para utilizá-la no processo ou se adquire as matérias-primas e as transforma em borracha para, depois, utilizar na produção.
A decisão de fazer ou comprar é bastante difícil e envolve vários aspectos, dentre os quais podemos citar três:
- Atividade principal: dar prioridade para a atividade principal de produção da empresa e terceirizar as etapas secundárias. Por exemplo, uma empresa usa desmoldante no seu processo e decide comprar o desmoldante em vez de produzi-lo.
- Custos: dependendo do caso, o custo de comprar os produtos é menor que o de produzi-los na empresa.
- Qualidade: em alguns casos, a qualidade da empresa contratada é melhor que a da empresa.
Esses são apenas alguns fatores que auxiliam na decisão; existem outros vários fatores com os quais você pode se deparar no mercado de trabalho.
Outra questão que se deve ter bastante critério é a escolha do fornecedor. É outra etapa que merece atenção especial na gestão de suprimentos.
Para essa escolha, alguns cuidados devem ser levados em consideração:
- Pesquisar fornecedores no mercado em todos os padrões, como histórico da empresa, reclamações e suas boas práticas.
- Testar a qualidade dos produtos antes de habilitar fornecedores.
- Firmar contratos bem estruturados, definindo os padrões de qualidade, lead time e possíveis sanções ou multas pelo não cumprimento do contrato, além de tudo que a empresa considerar relevante determinar.
Após escolher os fornecedores, é preciso controlar se os fornecedores estão cumprindo com o que foi acordado. Esse controle pode ser feito mediante análise de alguns itens principais, como:
- Custos.
- Cumprimento de entregas.
- Qualidade dos produtos.
- Atendimento dos pedidos.
A empresa pode acrescentar ou retirar itens do controle. Adotando como exemplos os itens citados, uma forma de montar o controle é definir notas de 1 a 5 para as mercadorias, em que a classificação 1 é a pior nota que pode ser dada para o cumprimento do item e 5 é a melhor. Calcula-se a média obtida de cada fornecedor e essa média servirá como padrão para a decisão de mantê-lo ou não na lista de fornecedores. Por exemplo:
- Média 1 e 2: fornecedores não habilitados para próximas compras.
- Média 3: fornecedor habilitado, mas precisa ser comunicado para tentar melhorar, a fim de continuar na lista de fornecedores.
- Média 4: fornecedor habilitado.
- Média 5: fornecedor habilitado, deverá ser um dos primeiros na lista de fornecedores.
A empresa também precisa definir se, na primeira vez em que o fornecedor ficar abaixo da média 3, ele será automaticamente excluído da lista ou se essa exclusão só irá acontecer depois que o episódio se repetir várias vezes.
Normalmente nas empresas em que está implantado um sistema de gestão de qualidade esta política de qualificação ou certificação de fornecedores habilitados ocorre automaticamente, pois existe um controle específico de qualidade para cada item fornecido por cada fornecedor. Programas de qualidade como Qualidade Total, SGQ, ISO, EcoTEX e outros são os responsáveis pela gestão da qualidade dos fornecedores.

Bibliografia/Links Recomendados

Lobo, Renato Nogueirol
Planejamento e controle da produção / Renato Nogueirol Lobo, Damião Limeira da Silva. 
1 ed. São Paulo: Érica, 2014.
PIRES, Silvio. Gestão estratégica da produção.
Piracicaba, Unimep, 1995.
RUSSOMANO, Victor Henrique. Planejamento e Controleda Produção. 
6 ed. São Paulo: Pioneira, 2000.
SLACK, N. et. al. Administração da produção. 
São Paulo: Altas, 1997.

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