A palavra talento remonta à Antiguidade e possui uma história expressiva.Para os antigos hebreus, gregos e romanos, talento significava uma unidadede peso. Por meio da troca de metais preciosos por esse peso, o talentotornou-se uma unidade monetária. Desse modo, pode-se correlacionar o fato deque o que hoje significa fonte-chave de criação de valor era dinheiro amilhares de anos.Apesar dessa evolução, o talento continua a ser a moeda do reino, uma vezque atualmente as empresas que multiplicam seus talentos humanos serãobem-sucedidas; as demais deverão se esforçar para adotá-lo, caso pretendampermanecer no mercado.A globalização exige talentos! E as empresas necessitam deles para vencerdesafios e alcançar o sucesso!É importante lembrar que o talento é algo inato e adquirido, ou seja, é umacapacidade que todos os indivíduos têm, mas essa capacidade depende deaperfeiçoamento, interesse no aprendizado, relacionamento interpessoal,mudança de comportamentos e hábitos e atualização, dentre outros.Desenvolver o talento é algo que começa na família, se estende à escola e àempresa e exige alto grau de comprometimento dos indivíduos; é necessárioque o desenvolvimento de talento seja mais "self-service" do que "a la carte", isto é, a empresa deve oferecer alternativas, mas é preciso quecada um se levante e sirva seu próprio prato, em vez de esperar que alguémtraga um prato pronto para seu desenvolvimento. Vivemos na Era em que oprofissional é o principal responsável pelo gerenciamento de sua carreira e,conseqüentemente, por sua empregabilidade.Devido à passagem da Era Industrial para a Era da Informação, asorganizações buscam fornecedores de serviços cerebrais; necessitam dashabilidades com as mãos, mas a habilidade do cérebro é mais valorizada.Procura-se pessoas criativas, íntegras, autocríticas, flexíveis, que tenhaminiciativa, capacidade de aprender continuamente, isto é, que sejam dotadasde competências duráveis. As organizações não estão buscando apenascompetências técnicas; estão em busca, sobretudo, dos aspectos qualitativosdas pessoas; cada vez mais no futuro a variedade de estilos, comportamentose qualificações será almejada pelas empresas.No cenário atual, o maior desafio das organizações consiste em transformaras pessoas no "segredo do sucesso", ou seja, é preciso desenvolvê-las eestimulá-las a fim de que sejam capazes de assegurar os resultadosorganizacionais. Além de atrair e desenvolver, é preciso reter os talentos,investindo em treinamentos, cursos, dando-lhes oportunidades de oferecersugestões, incentivando-os a ser criativos. Além disso, é imprescindívelproporcionar desafios aos indivíduos, uma vez que os mesmos, muitas vezes,são estimulados através destes; grande parte deles só permanece nasorganizações que lhes propiciam desafios.Diante dessas constatações, pode-se afirmar que o desenvolvimento detalentos já não é mais uma diferenciação e sim uma questão de sobrevivênciaorganizacional. Isso remete ao fato de que a vantagem competitiva caberá àsorganizações que souberem atrair, desenvolver e reter seus talentos.Atualmente não são mais os bens físicos ou o dinheiro que determinam osucesso; a capacidade de cultivar talentos decide se uma empresa ganhará ouperderá.Cabe, portanto, às empresas, o planejamento do caminho a seguir para obter osucesso e, aos indivíduos, tornarem-se atrativos aos olhos daquelas,lembrando que um talento não é alguém que se destaca apenas no âmbitoprofissional; é necessário cultivar o lado pessoal; um talento deve ter,acima de tudo, qualidade de vida.
Flaviane Forti Chitero é formada em Administração de Empresas pela UEM-Universidade Estadual de Maringá. Possui experiência profissional comoestagiária nas áreas de Qualidade, Recursos Humanos e Administrativa, tendoatuado na implantação do Programa ISO 9001:2000. Atualmente é trainee daApoena Consultoria Organizacional, atuando no desenvolvimento de conteúdo epráticas de treinamento.
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