Os 10 Sensos ( 10 S ) | |
MELHORIA CONTÍNUA
A utilização de Sensos como técnicas de estímulo a cultura da qualidade, foi desenvolvida pelas Empresas Japonesas na década de 70 e mundialmente difundida no ocidente nos anos 80 e 90, provocando diversas melhorias no âmbito empresarial, sendo estendida a todos os setores da sociedade. O Programa 5 Esses Origens O "Programa 5S" foi concebido por Kaoru Ishikawa em 1950, no Japão do pós-guerra, provavelmente inspirado na necessidade, que havia então, de colocar ordem na grande confusão a que ficou reduzido o país após sua derrota para as forças aliadas. O Programa demonstrou ser tão eficaz enquanto reorganizador das empresas e da própria economia japonesa que, até hoje, é considerado o principal instrumento de gestão da qualidade e produtividade utilizado naquele país. Objetivos O "Programa 5S" foi desenvolvido com o objetivo de transformar o ambiente das organizações e a atitude das pessoas, melhorando a qualidade de vida dos funcionários, diminuindo desperdícios, reduzindo custos e aumentando a produtividade das instituições. O que é o Programa "5S" O "Programa 5S" ganhou esse nome devido às iniciais das cinco palavras japonesas que sintetizam as cinco etapas do programa. Essas palavras e suas versões para o português são apresentadas abaixo: Primeiro ‘S’ – SEIRI – Senso de Utilização ( DESCARTE) - Separar o necessário do desnecessário. PARA QUE SERVE Manter no local apenas aquilo que é necessário e adequado às atividades e ao ambiente de trabalho. • - Verificar o que é útil e necessário. • - Separar aquilo que não tem utilidade para o setor. • - Descartar o que não serve, disponibilizando para outro setor Benefícios - Desocupa espaços • - Torna mais visíveis os materiais realmente utilizados. • - Torna o ambiente mais claro, confortável e fácil de limpar • - Evita a compra desnecessária de materiais. - Aumenta a produtividade - Prepara o ambiente para a segunda fase Segundo ‘S’ – SEITON – Senso de Ordenação ( ARRUMAÇÃO ) - Colocar cada coisa em seu devido lugar PARA QUE SERVE Arrumar e ordenar aquilo que permaneceu no setor por ser considerado necessário. COMO PRATICAR - Analisar onde e como guardar as coisas. - Definir critérios para organizá-las - Definir lugar e modo adequados de guardá-las. - Padronizar os nomes dos objetos. - Criar um sistema de identificação visual. - Manter tudo em seus lugares após o uso. Benefícios - Racionaliza os espaços. - Facilita o acesso aos materiais e equipamentos reduzindo o tempo de busca. - Evita estoques em duplicidade. - Racionaliza a execução das tarefas - Melhora o ambiente de trabalho reduzindo o esforço físico e mental. - Prepara o ambiente para a terceira fase. Terceiro ‘S’ – SEISOH – Senso de Limpeza - Limpar e cuidar do ambiente de trabalho. PARA QUE SERVE Deixar o local limpo e as máquinas e equipamentos em perfeito funcionamento. COMO PRATICAR - Fazer uma faxina geral - Acionar regularmente o pessoal da limpeza - Acionar regularmente o pessoal da manutenção - Desenvolver hábitos de limpeza - Limpar os objetos antes de guardá-los Benefícios - Conscientiza sobre a necessidade de manter o local de trabalho limpo e arrumado. - Cria um ambiente de trabalho saudável e agradável. - Melhora a imagem do setor, da instituição e, por extensão, dos funcionários. - Incrementa a qualidade de vida na instituição. - Prepara o ambiente para a quarta fase. Quarto ‘S’ – SEIKETSU – Senso de Saúde e Higiene - Tornar saudável o ambiente de trabalho. PARA QUE SERVE Desenvolver a preocupação constante com a “higiene em sentido amplo”, tornando o local de trabalho saudável e adequado às tarefas desenvolvidas. COMO PRATICAR - Praticar sempre os 3S anteriores - Melhorar as condições ambientais de trabalho - Promover o respeito mútuo. - Cuidar sempre da saúde e higiene pessoal - Criar um ambiente de trabalho harmonioso Benefícios - Reduz acidentes - Melhora a saúde geral dos funcionários - Eleva o nível de satisfação dos funcionários - Facilita as relações humanas - Divulga positivamente a imagem do setor, da instituição e dos funcionários. - Prepara o ambiente para a quinta fase Quinto ‘S’ – SHITSUKE – Senso de Autodisciplina - Rotinizar e padronizar a aplicação dos "S" anteriores. PARA QUE SERVE - Melhorar constantemente. - Desenvolver a força de vontade, a criatividade e o senso crítico. - Respeitar e cumprir o estabelecido. COMO PRATICAR - Disciplinar a prática dos “S” anteriores. - Compartilhar objetivos - Difundir regularmente conceitos e informações - Cumprir as rotinas com paciência e persistência - Incorporar os valores do Programa 5 S. - Criar mecanismos de avaliação e motivação - Participar dos programas de treinamento Benefícios - Elimina o controle autoritário e imediato - Facilita a execução das tarefas - Propicia resultados de acordo com o planejado - Propicia o crescimento pessoal e profissional - Melhora os serviços e as relações pessoais - Prepara a instituição e os funcionários para os - Programas da Qualidade mais abrangentes. Sexto ‘S’ – SHIKARI YARO – Senso de Determinação de União Princípio: Comprometimento e trabalho em equipe. Esforços devem ser envidados no sentido de proporcionar e garantir “a participação determinada dos gestores em parceria com a união de todos os empregados. O exemplo vem de cima. Motivação, liderança e comunicação são as chaves do senso. No ambiente da Qualidade, um ponto fundamental é a transparência na condução da gestão, para que se tenha um bom trabalho em equipe, buscando assim o comprometimento de todos para alcançar os resultados almejados. Os gestores devem definir formas para que todos se engajem no processo, estimulando e motivando as pessoas para a prática do trabalho em equipe em todas as esferas da organização”. Benefícios “Aumento da confiança dos empregados perante a organização”; “Maior compromisso dos empregados com a busca de resultados”; “Melhoria nas relações interpessoais”; Desenvolvimento da capacidade de a organização “reter talentos” Sétimo ‘S’ – SHIDO – Senso de Treinamento Princípio: Resultados almejados são alcançados com educação e treinamento dos membros de cada equipe Recomenda a educação do ser humano e o treinamento do profissional. São “ações que qualificam o profissional e engrandecem o ser humano que passa a ter maior empregabilidade, essencial no cenário atual. Nas práticas da administração moderna o ser humano tem de ser considerado o maior valor, pois é por meio dele que se obtém os resultados almejados. No atual cenário, não só o treinamento de tarefas repetitivas é importante, mas a organização tem de desenvolver as pessoas para que elas tenham a oportunidade de tornar-se empregáveis e competitivas, dando a elas qualificação profissional constante. Criar o ambiente do conhecimento e desenvolver talentos é uma das propostas do sétimo ‘S’”. Benefícios Alcance de “maior empregabilidade”; “Desenvolvimento de talentos”; “Aumento da produtividade e resultados”. Oitavo ‘S’ – SETSUYAKU – Senso de Economia e Combate aos Desperdícios Princípio: O combate ao desperdício reduz custos e aumenta a produtividade. Introdução de medidas, inovações e melhorias que têm por objetivo o combate aos desperdícios, tendo em vista a redução de custos e o aumento da produtividade. “Combater o desperdício no ambiente de trabalho é fundamental para ajudar nos resultados da empresa. Deve-se estimular os empregados para que criem alternativas de redução de perdas de materiais e serviços, conscientizando-os da realização do trabalho com qualidade e estimular também a prática da reciclagem, contribuindo, assim, com a não degradação do meio ambiente”. Benefícios “Economia para a empresa com a redução dos desperdícios de materiais e serviços”; “Redução de horas extras”; “Reeducação das práticas de aquisição de materiais”; “Preservação do meio ambiente”. Nono ‘S’ - SHISEI RINRI – Senso dos Princípios Morais e Éticos Princípio: Desenvolvimento e conscientização de princípios éticos e morais concernentes à lealdade e respeito no trato com clientes, colegas e superiores. “Ser ético é, além de outros fatores, ser capaz de voltar esforços de gestão para objetivos mais nobres, como o de aumentar a produtividade, a eficiência e a qualidade de um produto. A empresa deve definir padrões de conduta para seus empregados, criando compromisso dos mesmos com suas atitudes e comportamento. Cada empregado tem de saber avaliar o que pode ou não fazer no exercício da sua função, procurando sempre ser leal com os clientes e com a própria empresa”. Benefícios “Empregados mais compromissados com os resultados da empresa”; Percepção de atitudes éticas dos empregados “perante os clientes, acionistas, fornecedores e equipes de trabalho da qual fazem parte”. Décimo ‘S’ – SEKININ SHAKAI – Senso de Responsabilidade Social Princípio: Compromisso assumido pela empresa com os projetos sociais da comunidade onde se encontra estabelecida e com a melhoria da qualidade de vida das pessoas que a integram. “Compromisso que a organização e as pessoas que dela fazem parte devem ter com a sociedade. Toda e qualquer ação que possa contribuir para a melhoria da qualidade de vida da sociedade. O décimo senso tem a finalidade de disseminar na organização a importância da prática da Responsabilidade Social, não só como obrigação da empresa em desenvolver ações sociais, mas como incentivo e motivação de seus próprios empregados para a realização de trabalhos voluntários para atender às carências da sociedade. As praticas de Responsabilidade Social vão além dos pagamentos de impostos, tributos e comprimento da legislação trabalhista e ambiental”. Benefícios “Melhoria da imagem da empresa perante a sociedade e órgãos governamentais”; “Maior produtividade dos empregados”; “Transparência nas ações com os clientes, empregados, acionistas, fornecedores e a sociedade”; “Participação do crescimento socioeconômico da população”; “Preservação do meio ambiente”. “Do ponto de vista organizacional, essa filosofia deve ser praticada com o objetivo de melhorar as condições de trabalho, criando um ambiente de motivação, onde as pessoais possam transformar seus potenciais em realizações”. (1) SILVA, José Ailton Baptista da. Implementando o Programa 10S nas empresas. In: Falando de Qualidade, Gestão, Processo de Meio Ambiente – Banas – Ano XIV. |
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