01/04/2007

CONFLITOS:RUIM COM ELES?PIOR SEM ELES! POR OSNI GOMES


Conta uma fábula que dois cavaleiros, ao se depararem com uma estátua quecarregava um escudo, travaram uma forte discussão, pois um afirmava que oescudo era de prata enquanto o outro insistia que era de ouro. O tempo foipassando e a intransigência dos dois cavaleiros só aumentando, onde cada umdefendia a todo custo o seu ponto de vista. Como conseqüência passaram paraagressões físicas e o resultado foi um morto e o outro bastante ferido. O que eles não perceberam, por não terem respeitado o ponto de vista do outro,é que o escudo tinha um lado de ouro e o outro de prata.O ritmo quase sempre alucinante em que vivem as empresas colocaconstantemente as pessoas em situações que geram pontos de vista diferentese muitas vezes conflitantes, exigindo bastante equilíbrio das partesenvolvidas para que não tenham o mesmo fim dos cavaleiros. Problemas comunsàs partes acabam gerando posições pessoais e todo o vigor, qualificação,tempo, dinheiro, enfim, todos os recursos disponíveis para serem usados deforma positiva e saudável são deixados de lado e as "guerrinhas" sãodeclaradas.Os conflitos são muito benéficos para as empresas e para as pessoas que asintegram desde que usados como ferramenta de análise crítica, comdiscernimento, proporcionando mudanças, crescimento individual e coletivo,principalmente se estiverem ocorrendo em benefício de metas e objetivos quesejam entendidos e almejados por todos.Rejeitar o conflito significa rejeitar o diálogo e isso não é bom poisprovoca sentimentos que ficam reprimidos e se isso durar muito tempo oresultado final para as partes envolvidas pode até não ser tão cruel quantoo dos cavaleiros, mas sem dúvidas deixará manchas difíceis de seremapagadas.Por outro lado, se o conflito for declarado como combate, as partes só severão com insatisfação, informações e ações de diversas naturezas e dediferentes graus de importância serão distorcidas e mal interpretadas,agressões verbais (e em alguns casos até físicas) começarão a aparecer e o risco da organização perder cavaleiros aumentará. Encarar o conflito como umestado que tem que ser trabalhado e os problemas resolvidos pelas partes deforma a beneficiar os envolvidos diretamente e toda a empresa é um caminhocom menos espinhos e mais probabilidade de manter um maior número de sobreviventes.Como já foi mencionado, os conflitos corporativos, se tratados com sabedoria, sem dúvidas são benéficos. Percebe-se que muitos passam dias edias pensando, pensando e pensando em busca de uma forma de acabar oureduzir os conflitos, o que é uma tarefa bastante árdua e praticamenteimpossível. A tendência num cenário corporativo altamente competitivo éjustamente o contrário, ou seja, os conflitos aparecerem com maisfreqüência.Portanto é melhor investir na educação dos que formam a empresa para queconsigam mais facilmente perceber e tratar de forma positiva os conflitos.Sonhar com a eliminação dos conflitos seria sonhar com a estagnação daempresa e das pessoas. Sendo bem objetivo, o que quero dizer é que cada vez mais temos que preparar as pessoas para olharem para os dois lados do escudo.

RABISCADO POR MIM, GABI GABRIELA

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