16/01/2014

livro “O monge e o Executivo”



O livro conta a história de John Daily, um executivo aparentemente bem sucedido que aos poucos vê a sua vida declinar, e não consegue saber o por que. 
John Daily é casado, pai de um casal de filhos e gerente de uma grande empresa, passa por muitas dificuldades tanto no trabalho quanto em sua vida familiar. Depois de sua mulher insistir muito, ele decide participar de um retiro em um mosteiro cristão para refletir sobre seus erros e colocar a sua vida em ordem.
John tinha um receio, receio de mudar, de admitir que não está no caminho certo. O conflito interno do executivo passa a ser o plano de fundo da obra, que tem como tema principal o significado da liderança.
Toda a historia é contada num mosteiro, através de uma espécie de exílio que por sua vez acontece de forma estruturada e segue uma programação cheia de treinamentos, atividades religiosas e momentos de reflexão, onde a humildade, a atenção e a paciência são os principais ingredientes para um bom aproveitamento de seus participantes.
O retiro, o vivenciado na obra, conta com seis participantes cada um com características e funções diferentes  diante a sociedade, porém com uma característica em comum, cada um é líder na sua função.  

O grupo é incentivado a discutir seus problemas e a realizar atividades em equipe para resolver seus próprios problemas .
O grande mediador desse processo é Leonard Hoffman, um famoso empresário que abandonou sua brilhante carreira para se tornar monge, Hoffman é uma verdadeira lenda do mundo dos negócios e desperta o interesse de John, que busca inspiração no mesmo para desenvolver suas próprias habilidades. A maior referência deste monge é um homem que não ocupou cargo algum e não fez faculdade, sua referência é Jesus Cristo.
Sabendo de que as pessoas rendem mais quando estão felizes e fazem aquilo que gostam, o autor mostra os valores morais, a partir da criação de um ambiente favorável para este desenvolvimento, sendo assim ele  se utiliza estrategicamente de um ambiente muito interessante para passar lições de liderança. Um mosteiro onde todos os monges possuem o mesmo status, ninguém é melhor ou pior que ninguém, onde a presença de um líder serve apenas como lembrança ao cumprimento de atividades habituais, mantendo assim a harmonia e a ordem no ambiente, não sendo necessário utilizar de poder ou arrogância, isso desperta uma preocupação constante em cumprir as ordens, como os deveres que os monges têm em fazer as refeições juntos. Dessa forma, é fácil perceber que no mosteiro, além de um local muito calmo, todos trabalham e vivem em equipe.
Um dos principais objetivos de O monge e o Executivo é o desenvolvimento e aprimorar as relações entre as pessoas nas organizações públicas, privadas e familiares, abordando a liderança como um processo complexo que por sua vez compreende diversas atividades na gestão de pessoas. A base do texto é a motivação e o compartilhamento de objetivos, onde a participação do trabalho em equipe passam a ser os fatores fundamentais para as atividades empresariais.
A obra pretende esclarecer o que vem a ser liderança e a sua importância para as relações, mostrando possíveis soluções aos gerentes administrativos e questionando sobre o as lideranças existentes atualmente.
A motivação passa a ser o ponto chave para o desenvolvimento das atividades de cada organização, o líder enquanto gestor conquista o respeito de seus liderados a partir do momento em que consegue valorizar a sua equipe e democratiza os processos de produção e tomadas de decisão do grupo.
A temática sobre liderança vem sendo recorrente na atualidade, e um termo constante nas esferas sociais, empresariais e organizacionais, tendo como característica principal o fato de que ao invés de utilizar-se de um poder majoritário e ditador o líder é alguém capaz de exercer autoridade, porém de forma sintonizada com os interesses do grupo e orientada para a solução de problemas através da percepção dos valores pessoais de cada membro da equipe.
Estas questões são discutidas na obra de James Hunter, que através de uma ficção muito bem colocada consegue abordar os principais conceitos de liderança, abordando variáveis como o ambiente, o processo organizacional, o grupo e o individual.                                                                                                                                                      Os líderes tem uma grande importância no processo de motivação e interação social dos indivíduos, focando-se no processo de satisfação e contentamento de seus colaboradores, reforçando o conceito de que quem está feliz rende mais, e que a grande competência do administrador não é mandar e sim servir, o serviço não só dignifica as pessoas como também as torna mais felizes e mais produtivas. 
Hunter coloca que a valorização das pessoas e de suas habilidades potenciais e não de produtos e serviços, uma gestão ações voltadas para o bem estar humano e não somente para a produção de bens.
Simeão, nome adotado por Hoffman ao tornar-se frade, conduz a turma para que ela própria chegue às conclusões do que seja ser um líder, quais as qualidades intrínsecas a essa função e o significado de cada uma dessas qualidades. Explica e exemplifica a diferença entre dois pilares muito distintos de liderança: poder, forma coercitiva de liderança, e autoridade, liderança através da confiança. Esta última é o tipo de liderança ideal para Simeão, e para ele ninguém representa melhor esse tipo de liderança que Jesus Cristo, que arrastou e arrasta multidões através do simples exemplo de servir autoridade. 

Como último ensinamento, o livro prega que para iniciar a ser um líder servidor basta um ato: decidir-se por ser, em uma jornada que o próprio autor garante que não será fácil, porém certamente compensatória.

Tudo na vida gira em torno dos relacionamentos, com Deus, conosco e com os outros, sem pessoas não há negócios. Os lideres verdadeiramente grandes tem essa capacidade de construir relacionamentos saudáveis. Em suma, os relacionamentos saudáveis com os clientes, empregados, donos e fornecedores asseguram um negócio estável. Em algumas pesquisas o tratamento digno e respeitoso, a capacidade de contribuir para o sucesso da organização, o sentimento de participação sempre apareceu acima do dinheiro. As pessoas estão mais preocupadas em obter e manter relacionamentos que sobrevivam fora da empresa onde trabalham colegas que possam se tornar amigos, a liderança apesar de exigir uma responsabilidade grande não deve ser tido com superioridade na vida, o líder tem que ser um companheiro, agindo com respeito com os funcionários. A liderança não é somente aplicada numa empresa ou organização, mas na vida pessoal em relação a família, e as pessoas que se convive, um líder não deve ser um carrasco, mas sim alguém com autoridade baseada no amor e na confiança.

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