27/10/2008

PARAPSICOLOGIA - EXISTE DE FATO O PODER DA MENTE?

Parapsicologia - Existe de fato o poder da mente?
Por Eguinaldo Helio de Souza
“Amados, não creiais a todo o espírito, mas provai se os espíritos são de Deus, porque já muitos falsos profetas se têm levantado no mundo” (1Jo 4.1)Acontece com a parapsicologia algo muito semelhante ao que acontece com a ufologia. Enquanto alguns cientistas se debruçam sobre telescópios tentando descobrir o mínimo vestígio de vida fora da terra sem nada encontrar, outros ditos ufólogos passeiam de disco voador, têm relações sexuais com extraterrestres e conversam abertamente com esses seres por telepatia sempre que desejam.Na parapsicologia o fato se repete. Ao mesmo tempo em que estudiosos sérios evitam qualquer veredicto sobre o assunto, outros parecem ter encontrado na parapsicologia a “VERDADE” (com letras maiúsculas) que os permite resolver todos os mistérios do mundo.O que é parapsicologia?É difícil dizer aquilo que a parapsicologia pretende ser, uma vez que pessoas executando ou exibindo fenômenos estranhos se apresentam em programas televisivos como parapsicólogas. Como é comum no Ocidente, qualquer coisa que carregue o rótulo de “ciência” torna-se aceitável. Dessa forma, a parapsicologia tem sido um apoio para todo tipo de crença e charlatanismo ou, ainda, para todo tipo de cepticismo, como no caso do padre Quevedo.Em seu livro Parapsicologia e psicanálise, Gastão Pereira da Silva consegue dar uma idéia do que seria esta ciência em sua concepção pura e o quanto ela sofre distorção por parte de todo tipo de pessoas: “A Parapsicologia vem despertando ultimamente o maior interesse entre os cientistas [...] Mas infelizmente a divulgação que se faz é quase sempre unilateral. Se é um padre, defende o ponto de vista católico, se é espírita, inclui todos os fenômenos paranormais nos estudos de Allan Kardek, se é materialista, ou iogue, explica-os segundo os princípios que adota [...] Livre de quaisquer credos, ou preconceitos, [o verdadeiro parapsicólogo] apenas observa e registra o resultado das investigações que faz. Nada conclui, quer sob o aspecto religioso ou científico.O que Rhine (pesquisador de fenômenos parapsicológicos) revelou até agora, com segurança, é que há uma força ‘extrafísica’ que atua sobre todos nós, sem a participação dos sentidos. “Essa força existe. É real. Incontestável. Mas totalmente misteriosa quanto à natureza, à origem [...] Dizer que ela se incorpora ou que é apenas uma forma de energia é afirmação aleatória [...] Mas é preciso esclarecer, logo de início, que a parapsicologia não tem qualquer relação com o ocultismo, ou com falsos credos, ou sistemas religiosos organizados. Não está, por outro lado, no domínio do misticismo”1 (grifo do autor).Como podemos ver, sem negar a existência de fenômenos que vão além dos conceitos da ciência normal, este posicionamento exclui quaisquer tentativas do ocultismo de escudar-se na parapsicologia para confirmar suas afirmações. Quando alguém se diz apoiado na parapsicologia para justificar contatos extraterrestres, levitação, reencarnação, aparecimento de espíritos, telecinésia, telepatia ou qualquer fenômeno deste tipo, está tentado obter um endosso que a parapsicologia não lhe dá.A parapsicologia admite não ser de sua competência formular respostas, mas apenas elaborar perguntas. Investiga efeitos, mas não aponta a causa. Sabe que ser dogmático neste assunto é cometer um erro imperdoável na ciência — postular em cima de fatos impossíveis de se provar. Os que querem ir além disto não estão, de modo nenhum, nos domínios da parapsicologia, mas de seu próprio misticismo.A parapsicologia sob o foco bíblicoO que nós, evangélicos, que cremos na Bíblia como revelação divina ao homem e infalível em quaisquer áreas que se pronuncie, pensamos da parapsicologia? Diríamos que é uma tentativa do pensamento científico para explicar fatos não científicos. Como sabemos, a única realidade admitida pela ciência ortodoxa é a realidade material tangível, alcançada pelos sentidos e passível de ser quantificada.Mas nós, que cremos nas Escrituras Sagradas, sabemos que nem toda realidade existente é limitada ao universo material. Em Colossenses 1.16, lemos: “Porque nele (Jesus) foram criadas todas as coisas que há nos céus e na terra, visíveis e invisíveis, sejam tronos, sejam dominações, sejam principados, sejam potestades. Tudo foi criado por ele e para ele” (grifo do autor). Logo, a Criação no sentido bíblico é a criação de toda a realidade existente, mesmo daquelas que não podem ser captadas pelos sentidos físicos. Paulo ainda diz em sua Segunda Epístola aos Coríntios: “Não atentando nós nas coisas que se vêem, mas nas que se não vêem; porque as que se vêem são temporais, e as que se não vêem são eternas” (2Co 4.18).Esta esfera metafísica não pode ser medida e analisada com os mesmos critérios que a ciência usa para a realidade material. A verdade, e isto todos têm de admitir, é que, por longos anos, a realidade espiritual foi “oficialmente” negada pela ciência porque esta não conseguia explicá-la dentro dos padrões de conhecimento que ela mesma havia estabelecido. Era mais fácil dizer que não existiam realidades como alma, anjos, demônios ou mesmo Deus do que admitir limitações para o pensamento científico em sua explicação ao mundo em relação a essas realidades.Mas a parapsicologia nasceu porque inúmeros fenômenos nunca puderam ser explicados cientificamente. Na esfera religiosa, principalmente, muita coisa ocorreu sem que a psicologia, embora tentasse de todas as formas, apresentasse uma explicação satisfatória. Pessoas sérias viram que, além das fraudes, certos fenômenos eram reais e precisavam de uma explicação “científica”.Nossa pergunta é: “A ciência pode explicar assuntos que vão além de sua esfera de ação, que são regidas por leis alheias ao mundo físico? A parapsicologia pode entrar em contato com certos fenômenos que sabemos ser de origem maligna e captar objetivamente o sentido deste fenômeno? Ela tem condições de fornecer respostas satisfatórias e infalíveis com respeito a assuntos tais como vida após a morte, aparições de espíritos, hipnotismo, telecinésia e outros assuntos afins?”.A parapsicologia, para advogar sua validade científica, rejeita certamente as afirmações bíblicas ou busca explicá-las atribuindo um sentido alegórico ou meramente cultural às mesmas. Isso, com certeza, a torna ineficaz para explicar, de forma válida, certos fenômenos. As Escrituras Sagradas são a revelação inspirada pelo Espírito Santo à humanidade a fim de que esta venha a aprender certos fatos que seriam impossíveis de conhecer de outro modo. A rejeição das Escrituras como forma de conhecimento válido torna impossível aceitar as colocações de certos estudiosos de parapsicologia.“A explicação dos fenômenos misteriosos sempre foi uma preocupação da humanidade. De um lado, encontramos as explicações supersticiosas que vão atribuir tais fenômenos ao sobrenatural (demônios, espíritos de mortos etc); do outro, encontram-se aqueles que estudam cientificamente tais fenômenos; este último é o campo de estudo da Parapsicologia”2 (grifo do autor). Como vemos na declaração acima, qualquer explicação considerada de cunho não científico é rotulada como “superstição”. Nós nos perguntamos por que o fato de alguém aceitar a existência de “seres malignos desencarnados” como os verdadeiros agentes por trás de fenômenos incomuns deve ser classificado como “superstição”. Isto é preconceito. Há algum motivo pelo qual se possa afirmar categoricamente que estes seres não existem? Entretanto, a parapsicologia apenas diz que eles não podem existir.Os poderes psíquicos e os métodos científicosBaralho de Zener — É um conjunto de cartas utilizadas para testes parapsicológicos. Elas apresentam cinco símbolos diferentes: uma estrela, linhas onduladas, uma cruz, um círculo e um quadrado. Com elas são feitos testes de telepatia, clarividência e precognição.No caso da telepatia, uma pessoa (emissor) pensa em um dos símbolos, enquanto a outra (receptor) tenta “adivinhar” qual é este símbolo. Na clarividência as cartas são expostas em determinado local e a pessoa distante tenta “ver com a mente” quais as cartas ali apresentadas. E, por fim, no caso da precognição, a pessoa tenta adivinhar qual a próxima carta que será retirada do montante.De uma maneira bem simplificada, estes são os testes “científicos” realizados pelos parapsicólogos a fim de detectar e confirmar a existência de poderes paranormais no homem.Apesar dos inúmeros testes realizados em todo o mundo, os resultados nunca convenceram a comunidade científica. No verbete “parapsicologia”, assim registrou a Enciclopédia Britânica: “Parapsicologia em ciência contemporânea — Para muitos cientistas profissionais, parapsicologia é de pouco interesse; muito pouco é alcançando com as pesquisas [...] A maioria dos psicólogos americanos não aceita o psi (força psíquica) como um fato. Dentro do movimento parapsicológico, há disputas para estabelecer critérios para a validade dos fenômenos paranormais. Para alguns, a convicção está baseada em casos espontâneos (ex.: Conhecimento paranormal aparece no curso da vida diária); eles não estão convencidos pelos testes de laboratório. Muitos cientistas continuam sem uma boa impressão e desprezam os métodos estatísticos utilizados pela parapsicologia. Outra dificuldade séria para muitos cientistas é a quase completa falta de qualquer padrão teórico plausível para delinear o processo [...] A rejeição (por parte dos cientistas) é reforçada pela objeção de violar as regras básicas do método científico”.3Como vemos, mesmo em sua forma mais objetiva, não houve aceitação irrestrita para os fenômenos estudados pela parapsicologia. Embora esta citação seja do final da década de 60, análises realizadas mais recentemente continuam no mesmo impasse, recusando-se a aceitar cientificamente a parapsicologia, como publicou a revista Superinteressante de março de 2003: “A má notícia é que, apesar do dinheiro e de mais de 130 anos empregados em pesquisas, ainda não é possível afirmar que existem fenômenos parapsicológicos (ou fenômenos psi, como costumam dizer os parapsicólogos). O pior é que também não dá para dizer que eles não existem. Parte da culpa por esta situação é dos próprios parapsicólogos. É incontestável que há pouca pesquisa científica sobre o assunto. Das que existem, boa parte é descartada no primeiro escrutínio por problemas metodológicos ou por negligência na conduta da experiência. Outra parte acaba desacreditada por análises estatísticas. Por fim, das pesquisas que sobram, uma fatia está impregnada de conceitos esotéricos, que não podem ser analisadas por método científico. E é comum ler artigos de parapsicólogos tentando se salvar do naufrágio”.4Em outras palavras, a parapsicologia, como ciência, não é conclusiva de modo nenhum. Não tem autoridade para definir com exatidão nem mesmo o objeto de seu estudo, muito menos questões que envolvem religiões. Em suma, telepatia, clarividência, premonição e fenômenos semelhantes não estão esclarecidos pela ciência e qualquer pessoa que alegue o contrário não deve ser acatada.Quando a parapsicologia se torna religiãoAlguns supostos parapsicólogos acabam assumindo posições que, com certeza, são rejeitadas por esta mesma ciência. Na maioria dos casos, uma linha muito tênue passou a existir entre a parapsicologia e o esoterismo. Muitos dos chamados “canalizadores”, isto é, pessoas que dizem servir de instrumento para canalizar certas entidades, escudam-se dessa forma. John Ankerberg e John Weldon, dois pesquisadores dessa área do ocultismo, mostram até que ponto ocultismo e ciência chegam a se misturar: “Muitos canalizadores declaram que seus espíritos-guias fazem parte de seu inconsciente criativo. Eles dizem isso por não se sentirem à vontade com a idéia de que espíritos reais os estão possuindo. Preferem acreditar que os espíritos simplesmente fazem parte dos poderes recém-descobertos de suas mentes ou talentos humanos [...] É interessante notar como a parapsicologia moderna (estudo ‘científico’ do ocultismo) propiciou apoio para a renomeação das atividades de espíritos [...] Pessoas que jamais aceitariam ser possuídas por espíritos, acolhem muito bem o tom científico da idéia de que estariam na verdade contatando seu suposto ‘consciente superior’ ou sua ‘mente divina’. Uma vez que a ação desses espíritos tenham sido disfarçadas de poderes psíquicos, ou poderes da mente inconsciente, torna-se impossível reconhecer a sua atividade pelo que ela realmente é: contato real com espíritos”5 (grifo do autor).Com este disfarce, atividades mediúnicas camuflam-se em poderes mentais, aprisionando os praticantes e espalhando influência demoníaca. Com este recurso, a falsa parapsicologia tem conseguido popularizar práticas que eram comuns apenas entre bruxos e feiticeiros. Se os limites dos seres humanos estão sendo vencidos, isto acontece por meio de envolvimento e influência do mundo dos espíritos. A busca pelo “poder mental”, o “eu superior” ou o “potencial divino” tem posto o homem em contato com fontes maléficas.Quando a parapsicologia erra o alvoExiste ainda um outro desvio que precisa ser verificado com mais atenção. É quando a parapsicologia tenta explicar todos os fenômenos espirituais negando os fundamentos bíblicos. É a ciência tentando entrar no campo da religião e dar um veredicto infalível no mesmo nível que faz com outras áreas do conhecimento humano.Um exemplo claro deste tipo de procedimento vem do chamado padre Quevedo (padre?), fundador do Centro Latino Americano de Parapsicologia (CLAP) www.clap.org.br, que vê na parapsicologia dados suficientes para explicar quaisquer fenômenos espirituais.A seu ver, cabe à parapsicologia explicar os milagres, e não outra autoridade qualquer. Nem mesmo a Bíblia é reconhecida como uma autoridade para fornecer explicação aceitável a esse respeito. Quevedo declara: “Outro aspecto da importância da parapsicologia é o estudo do milagre. A ninguém escapa a importância científica, social e pastoral que a Parapsicologia pode alcançar do estudo do Milagre. Dado que os milagres têm um aspecto histórico e fenomenológico, em nosso mundo, também é objeto de estudo da parapsicologia, que precede ao estudo da teologia. E o cientista, por sua parte, não deve se afastar do estudo do milagre por receio das possíveis conseqüências religiosas ou pelo ambiente religioso que cerca o possível milagre. Os milagres são de tal categoria, importância e transcendência que seu estudo deveria ser tomado muito a sério por qualquer pessoa que tivesse interesse e capacidade científicas, por todo sábio consciente de suas responsabilidades individuais e sociais”.Em outras palavras, Quevedo tenta estabelecer a ciência como padrão para o estudo do sobrenatural, antes mesmo que a teologia. Isto o tem levado a negar a existência dos demônios e de outros seres espirituais claramente revelados na Palavra de Deus. Sua presença na mídia geralmente tem sido para negar fatos espirituais, num ceticismo extremista que busca explicar manifestações divinas e demoníacas como atuações mentais. É um outro beco sem saída trilhado pelos “parapsicólogos”.Em seu texto, Possessão demoníaca, o chamado “padre” Quevedo coloca a parapsicologia como a chave que desvenda este mistério, atropelando a revelação bíblica de uma forma céptica: “No Ritual Romano se lê: ‘Os sinais de possessão demoníaca são [...] falar várias línguas desconhecidas [...] revelar coisas distantes ou ocultas [...] manifestar forças superiores à idade ou aos costumes. Nenhum destes sinais hoje é válido. A Parapsicologia explica como perfeitamente naturais a xenoglossia6, a adivinhação e o sansonismo”7 (grifo do autor).Com certeza, nenhum cientista sério concordaria com ele. E, considerando o que ele pensa a respeito da Bíblia e possessão demoníaca — Foi a Bíblia a causa do erro da possessão demoníaca... — nenhum teólogo sério concordaria com ele também. Sua fama é produto mais de marketing pessoal do que legítima autoridade científica ou religiosa.* Ver em nosso site www.icp.com.br o testemunho de um médico que questiona a validade científica de um curso de parapsicologia ministrado pelo Pe. Oscar Quevedo.Nem tudo que reluz é ouroAo lidar com os poderes psíquicos, como telepatia, telecinese, clarividência e outros, o fato que se levanta é: este poder, exibido por algumas pessoas, tem origem em suas próprias mentes ou deriva de uma fonte externa? É a manifestação de algum poder oculto do ser humano ou o ser humano é apenas um “canal” para a manifestação de tais poderes?Na parapsicologia séria, geralmente a exibição de tais poderes é atribuído à própria mente do indivíduo. Mas o mesmo não se dá quando manifestações semelhantes ocorrem com pessoas de alguma religião específica. No caso do espiritismo, a pessoa é apenas um “médium”, ou seja, um meio, um veículo pelo qual um espírito exibe poderes paranormais. O movimento Nova Era dá o nome de “canalização” a um fenômeno que, igualmente, faz da pessoa um mero “canal” de forças alheias a ela mesma. Tal força pode ser chamada de “mestre ascencionado” ou energia cósmica.Assim, mesmo que alguém não professe alguma crença religiosa, a semelhança dos poderes manifestados não impede que o mesmo esteja sendo também um mero canal. Logo, o maior problema com as manifestações psíquicas não é, para nós, cristãos, se elas são ou não fatos verdadeiros, mas o poder que está por trás delas. Os apóstolos, que realizaram grandes milagres como curas, conhecimentos de fatos ocultos (como no caso de Ananias e Safira, em Atos 5), nunca atribuíram este poder a si mesmos. Ao curar o paralítico à porta do Templo de Jerusalém, Pedro disse: “Ou, por que olhais tanto para nós, como se por nossa própria virtude ou santidade fizéssemos andar este homem?” (At 3.12). Pedro sabia que o poder curador não pertencia a ele, antes, que tinha sido apenas um canal. Paulo também se expressou de maneira semelhante: “Porque não ousarei dizer coisa alguma, que Cristo por mim não tenha feito [...] pelo poder dos sinais e prodígios, na virtude do Espírito de Deus...” (Rm 15.18,19).Temos em Atos 16.16-19 uma amostra dos poderes envolvidos em casos como este, só que se tratando de poderes provenientes de espíritos malignos. Esta passagem se refere a uma jovem que tinha “um espírito de adivinhação” (v.16). Pessoas pagavam para ouvir “seus dons”, o que resultava em lucro financeiro para os senhores desta jovem, que era uma escrava (v.16). Embora não seja possível especificar o tipo de adivinhação manifestado por ela, é óbvio tratar-se de algo semelhante à telepatia ou à clarividência estudada pelos parapsicólogos. É justamente este tipo de pessoas que são estudadas e analisadas.Todavia, esta mulher foi confrontada pela autoridade do nome de Jesus pelo apóstolo Paulo, o qual disse: “Em nome de Jesus Cristo, ordeno-te que saias dela” (v. 18), e na mesma hora o espírito saiu. Como resultado disso, ela perdeu “seus poderes” (v. 19) de adivinhação. Isto deixa inconteste que não era ela a fonte.As Escrituras Sagradas são bem claras, tanto no Antigo quanto no Novo Testamento, em mostrar duas fontes de poder que podem vir a agir por meio do homem. Uma é o Espírito de Deus e a outra, os espíritos malignos, liderados por Satanás. Por isso, quando se trata de poderes sobrenaturais, é importante conhecer o que diz a Bíblia.A Palavra de Deus proibiu a feitiçaria, a necromancia e a adivinhação (Lv 19.26; Dt 18.12). Todas estas práticas produzem fenômenos muito parecidos com aqueles estudados pelos parapsicólogos. Neste caso, as Escrituras não alegam tratar-se de fraudes ou de superstição, mas de algo que possui uma natureza nociva.No livro de Êxodo, temos o confronto de Moisés com os magos do Egito. Pelo menos três milagres efetuados por Moisés pelo poder de Deus foram imitados pelos magos: a vara que se transformou em cobra (Êx 7.10-12), a água do rio que virou sangue (Êx 7.20-22) e a praga das rãs (Êx 8.6,7).As Escrituras mostram claramente que o libertador dos hebreus foi um instrumento nas mãos de Deus. O Senhor era a fonte de todas as realizações de Moisés. Se os magos egípcios que se opunham a Moisés e praticavam a adoração a falsos deuses realizaram milagres semelhantes, isto significa que o fizeram dependendo de outra fonte. Visto que se opunham aos propósitos divinos, tal fonte só podia ser maligna.Em Deuteronômio 13.1-6, temos uma amostra de que a fonte de manifestações psíquicas pode ser de origem maligna. Uma pessoa pode fazer premonição, seja em forma de profecia ou de sonho, e isto não proceder do Senhor. A fonte, neste caso, era maligna, e aquele que fizera o “sinal” ou “prodígio” não fora inspirado por Deus.O Novo Testamento é ainda mais explícito quanto à questão de milagres e maravilhas satânicos. Jesus disse que surgiriam muitos falsos profetas que fariam tantos sinais e maravilhas que se possível fosse enganariam até os escolhidos (Mc 13.22).Tivemos, na História recente, pessoas que foram fenômenos na área de previsão de futuro e clarividência, como Edgar Cayce e Jane Dixon. Seus feitos nesta área espantaram cientistas e parapsicólogos do mundo todo. Nada impede de classificá-los no grupo predito por Cristo. Paulo, em sua segundo epístola aos tessalonicenses, fala da “eficácia de Satanás, com todo poder, e sinais, e prodígios de mentira” (2Ts 2.9) e em Apocalipse 16.14 a Bíblia fala de “espíritos de demônios, que operam sinais”. Logo, os poderes psíquicos não precisam derivar necessariamente do homem, mas de uma fonte maligna externa a ele.O uso destes poderes para o bemHá a alegação de que muitos dos que manifestam poderes paranormais o utilizam para fins benéficos, sendo, portanto, precipitado julgar a fonte de suas capacidades como sendo maléfica. Alguns paranormais já foram até utilizados pela polícia a fim de encontrar pessoas desaparecidas e resolver certos crimes. Ou como no caso de Edgar Cayce e outros paranormais famosos que forneceram solução para doenças e problemas quando se encontravam em estado de transe.Mas não há registros de acompanhamento posterior das pessoas “beneficiadas” por meio dessas operações psíquicas. Não há nada que ateste resultados permanentes ou se houve “efeitos colaterais”. O alívio imediato alcançado por esses métodos não representa uma prova de que no geral é uma experiência benéfica.Temos, porém, um registro biográfico de Joseph Milard, referente à vida de Edgar Cayce. Ele foi sem dúvida um dos maiores paranormais registrados na história. Mas, segundo o seu biógrafo, sua vida foi marcada por tormentos posteriores inexplicáveis, caso se imagine que o poder que operava nele fosse algo bom. Segundo conta Milard, “Cayce era um homem forte e robusto, mas morreu na miséria com 27 kg, ao que tudo indica, ‘consumido’ fisiologicamente pelo número excessivo de preleções mediúnicas que realizou. Os males que as atividades de Cayce lhe causaram foram diversos, como ataques psíquicos a incêndios misteriosos, perda periódica, mudanças erráticas de personalidade, tormentos emocionais, constante ‘má sorte’ e reveses pessoais, assim como culpa induzida por preleções mediúnicas que arruinaram a vida de outras pessoas”.8Existe, ainda, a questão da verdade. As ações de Deus produzem bons frutos, tanto no sentido de ajudar definitivamente as pessoas quanto nas questões destas se aproximarem mais de Deus. Deuteronômio 13.1-6, já citado, mostra que alguém poder realizar um sinal ou prodígio, até mesmo um sonho revelador, e com isso ganhar crédito para levar as pessoas para longe do Deus verdadeiro, envolvendo-as em práticas escusas. E 2Tessalonicenses 2.9, também já citado, diz que Deus permite a operação do erro para que as pessoas creiam na mentira, uma vez que não aceitaram o amor à verdade para se salvarem.Hoje, aquilo que se chama de poder mental busca tão-somente a glorificação do homem, a exaltação do ego, a negação das verdades bíblicas. “Pelos seus frutos os conhecereis” (Mt 7.16). Não procedem de Deus e, por isso, não levam o homem para mais perto dele. Tornaram-se mais um incentivo à antropolatria9, além dos já existentes.Poderes involuntáriosCabe-nos também tentar fornecer uma explicação sobre as pessoas que apresentam fortes poderes psíquicos sem que tenham se envolvido com qualquer prática oculta ou mesmo sem qualquer envolvimento religioso. Para alguns, isto nada mais é do que uma prova de que algumas pessoas podem possuir poderes “mentais” inatos. O “dom”, neste caso, seria involuntário ao possuidor.Temos, porém, um caso nas Escrituras em que uma criança, desde cedo, fora atormentada por espíritos malignos (Mc 9.21). Mesmo que não saibamos porque ela começou a manifestar aquele espírito, é óbvio que não foi uma escolha sua. Foi algo involuntário. Mas nem por isso deixou de ser algo demoníaco (Mc 9.25).Embora saibamos que tal manifestação era algo obviamente mal, não podemos esquecer, no entanto, que tais pessoas eram vistas pelo paganismo antigo como especiais, sendo utilizadas, muitas vezes, como oráculos dos deuses. Até hoje certas culturas veneram crianças e adultos possessos por acreditarem tratar-se de pessoas especiais. É bem possível que a jovem de Filipos estivesse na mesma situação (At 16.16-19).Como ver a parapsicologia e os fenômenos psíquicos?Como vimos, a parapsicologia, em sua versão mais séria e científica, não conseguiu ir muito longe. Aqueles que nela se apóiam para justificar suas práticas esotéricas e ocultistas estão querendo lançar mão de algo que ainda não encontrou explicação ou mesmo autenticidade para fenômenos mais simples. Nestes casos, o que era inexplicável continua inexplicável para a parapsicologia.Temos, então, um grupo de “parapsicólogos” que tem endossado e tentado colocar aprovação científica sobre toda sorte de práticas espíritas e ocultas. Como é comum no pensamento ocidental, conseguem ir para qualquer lugar e provar a veracidade e o benefício de qualquer prática, desde que, no pacote, venha o selo “aprovado pela ciência”. É neste ramo também que surgem os parapsicólogos cépticos que tentam explicar fenômenos espirituais usando termos e idéias que a parapsicologia séria nem de longe sanciona.Resta-nos, então, apoiar-nos na revelação divina, isto é, nas Sagradas Escrituras, onde parâmetros são estabelecidos para descrever semelhantes fenômenos. As pessoas se impressionam facilmente com tudo que é “milagroso” e descuidam de investigar a origem desses poderes. Paranormais são pessoas que foram além do normal, não por causa de algum poder inerente, mas por conta de um poder externo que se utiliza deles para realizar suas manifestações. Os chamados “parapsicólogos” que desejam ir “além das fronteiras da ciência” caem no mundo obscuro do ocultismo, tornando-se vítimas de espíritos malignos e arrastando consigo outros.Vale a exortação de Paulo a Timóteo, que também enfrentou problemas semelhantes — pois ninguém pode dizer — “Vê, isto é novo” (Ec 1.1): “Ó Timóteo, guarda o depósito que te foi confiado, tendo horror aos clamores vãos e profanos e às oposições da falsamente chamada ciência” (1Tm 6.20).Notas:1 Gastão Pereira da Silva, Parapsicologia e psicanálise, p. 9-11.2 Jayme J. Roitman e Sérgio Gobetti — Núcleo de Estudos e Pesquisas do CLAP.3 Encyclopédia Britannica, vol.17, 1969.4 Revista Superinteressante, março de 2003, p. 34.5 John Ankerberg e John Weldon, “Os fatos sobre os espíritos-guias”, Chamada da meia-noite, p. 31, 32.6 Fala espontânea em língua (s) que não fora (m) previamente aprendida (s) [Cf. glossolalia].7 Manifestar forças superiores à idade ou aos costumes.8 John Ankerberg e John Weldon, “Os fatos sobre os espíritos-guias”, Chamada da meia-noite, p. 68.9 Adoração ao homem.

25/10/2008

MUDAR É PRECISO

Mudar é preciso
Por que tantas pessoas têm medo de fazer mudanças e enfrentar o novo?
Marina, 32 anos, é formada em administração e trabalhava na área, mas decidiu largar o emprego e, com o apoio do marido, voltou aos bancos universitários. Estudou mais quatro anos e, hoje, professora, sente-se realizada dando aulas. Já Leila*, 34 anos, secretária de uma empresa, cursou pedagogia, fez cursos de especialização, mas não quer largar o emprego atual para começar a trabalhar como pedagoga. Diz que não trocaria um ambiente de trabalho em que já conhece a todos e a rotina como secretária para se aventurar em uma nova função.
Você já deve ter ouvido ou conhecido pessoas que passaram por situações semelhantes - as que mudaram o rumo de suas vidas sem grandes dificuldades e aquelas que, mais "conservadoras", preferem manter as coisas como estão. O que difere um tipo do outro, de acordo com o psiquiatra e psicanalista Luiz Alberto Py, é a coragem (ou a falta dela) para mudar. Ele explica que as pessoas são diferentes e reagem de maneiras diversas às situações da vida. "Todos temos medo do novo e, frente a ele, as pessoas se acovardam ou não", complementa.
Todos temos medo do novo e, frente a ele, as pessoas se acovardam ou não

O psiquiatra afirma que algumas pessoas percebem a mudança como algo ameaçador e, diante desta ameaça, deixam escapar oportunidades melhores de emprego, a possibilidade de conhecer novas pessoas e culturas ao ir morar em outro lugar, e até mesmo de serem mais felizes vivendo novos relacionamentos amorosos. As mudanças, no entanto, fazem parte da vida e devem ser encaradas como algo positivo e enriquecedor. É claro que o receio e as dúvidas são comuns quando há uma novidade ou uma quebra de paradigma. Porém, é a forma como valorizamos os prós e contras de uma possível mudança que fazem com que a enfrentemos ou nos acovardemos.
Medo de errar
As diferentes experiências de vida e alguns fatores inatos, como a iniciativa, a coragem e a autoconfiança, podem explicar por que as pessoas agem de diferentes maneiras diante de situações parecidas. Luiz Alberto Py deixa claro que podemos nascer com essas características de valentia e ousadia, mas, por outro lado, a formação também tem papel importante na aquisição delas. "Se um pai ou uma mãe diz para um filho: ‘não faz isso', ‘é perigoso' a todo momento - ou seja, o proíbem o tempo inteiro - a criança entenderá a mudança como algo ruim, absorverá o medo de experimentar, de ousar. No entanto, se ele é estimulado a enfrentar, torna-se mais valente, passa a encarar as mudanças com facilidade", esclarece o psiquiatra.
Na atual sociedade, o erro é encarado como algo ruim, que não pode acontecer em hipótese alguma. Por isso temos tanto medo de errar no trabalho e sermos demitidos, por exemplo, ou medo de não corresponder aos sentimentos uma pessoa, ou medo de tomar uma decisão prejudicial etc. Luiz Alberto Py, entretanto, garante que as falhas são fundamentais no processo de aprendizagem. "O medo de errar é patológico; o erro é bem-vindo, pois aprendemos errando. O medo ocorre quando há uma deturpação do que seria um erro. O erro é fundamental, sem ele não existe progresso", destaca.
O psicanalista também defende que devemos experimentar sempre e errar, sim, para aprender a fazer qualquer atividade. "Uma pessoa que tem medo de errar em alguma tarefa no trabalho deve ter a consciência de que não seria aceita no emprego se não tivesse condições de realizá-la", exemplifica. Py sugere que a cobrança seja minimizada: "Não temos que acertar, mas fazer o melhor que pudermos", completa.
Como combater o medo?
Então, como deve agir quem se sente com um medo exagerado de mudar - seja de atitude, seja de rumo na vida? Luiz Alberto Py recomenda que se procure ajuda. "A covardia é doentia. As pessoas devem buscar ajuda para serem menos medrosas e aflitas com o perigo. Qualquer modificação abala a gente, exige esforço, mas essa transformação é enriquecedora", argumenta. Ele recomenda a terapia e diz que, em alguns casos específicos, até remédios anti-depressivos podem ser usados - com prescrição médica, é claro.
O psiquiatra lembra, ainda, que o estímulo familiar e de amigos também auxilia neste processo de enfrentamento. O apoio é muito importante para que o processo de evolução ocorra. Não deixe que o medo de mudar te impeça de seguir em frente e aproveitar boas oportunidades.
(AUTORIA DESCONHECIDA)

02/10/2008

AS 21 LEIS DA LIDERANÇA

AS 21 LEIS DA LIDERANÇA

1 – A Lei da Tampa

A capacidade de liderança é a tampa que determina a eficácia de uma pessoa. Quanto menor a
capacidade que a pessoa tem de liderar, mais baixa ficará a tampa sobre o seu potencial. Quanto maior a liderança, maior a eficácia. Se a liderança é forte, a tampa é alta. Caso contrário, a organização fica limitada. É por isso que em tempos de dificuldades, as organizações naturalmente procuram uma nova liderança. A eficácia das pessoas e das organizações está na força do líder.

2 – A Lei da Influência

A verdadeira medida da liderança é a influência; nada mais, nada menos. Se você não tem
influencia, nunca conseguirá liderar os outros. Títulos não valem muito quando o assunto é liderança. A verdadeira liderança não pode ser concedida, nomeada ou atribuída. Deriva somente da influência; precisa ser conquistada. A única coisa que um título pode lhe render é um pouco de tempo – seja para aumentar o seu nível de influencia junto aos outros, seja para apaga-lo. “Não é a posição que faz o líder; é o líder que faz a posição” (Stanley Huffty).
Exemplos de pessoas, que em posições diferentes, souberam angariar tremenda influencia:
Madre Teresa de Calcutá e Princesa Diana.
Se você é empresário, e realmente quer saber se o seu pessoal é capaz de liderar, mande-os
fazer trabalhos voluntários na comunidade. Se eles conseguirem que as pessoas sigam suas idéias em organizações não governamentais como a Cruz Vermelha, ou na igreja, aí você pode ter certeza de que eles realmente têm influencia e capacidade de liderança.

3 – A Lei do Processo

Liderança se cultiva dia-a-dia, não num só dia. Para liderar amanhã, aprenda hoje. “O segredo
do sucesso na vida é o homem estar pronto quando chegar o seu momento”. (Benjamin Disraeli).
A lenda do basquete Larry Bird se tornou um excelente arremessador de lances livres
praticando 500 arremessos toda manhã. Diz um antigo ditado: os campeões não se tornam campeões no ringue – ali são meramente
reconhecidos.

4 – A Lei da Navegação

Qualquer um pode pilotar o barco, mas só um líder sabe traçar o percurso. Os navegadores
vislumbram a viagem com antecedência . “O líder é aquele que vê mais do que os outros, que vê mais longe do que outros. Que vê antes dos outros” (Leroy Eims). Quanto maior a organização, mais claramente o líder tem de ser capaz de enxergar as coisas com antecedência. Isso porque quanto maior as dimensões, mais difíceis são as correções no meio do caminho. É difícil equilibrar otimismo e realismo, intuição e planejamento, fé e fatos. Mas o navegador
precisa faze-lo para ser um líder eficaz. O navegador cuidadoso deve fixar diretrizes fáceis de memorizar. Exemplo:
• Determinar com antecedência um plano de ação.
• Definir as metas.
• Estabelecer as prioridades.
• Informar as pessoas-chave.
• Dar tempo para a aceitação.
• Partir para a ação.
• Administrar os problemas. Apontar os êxitos.
• Revisar diariamente o plano.
As principais barreiras ao planejamento bem sucedido são o medo da mudança, a ignorância, a
incerteza acerca do futuro e a falta de imaginação. O segredo da lei da navegação é a preparação e a disposição para se chegar ao porto desejado.

5 – A Lei de E.F. Hutton

E. F. Hutton foi um respeitado corretor financeiro americano. Anos atrás, em matéria de
investimentos, o pensamento corrente era: “Quando E.F. Hutton fala, todos ouvem”.
Quando o verdadeiro líder fala, as pessoas ouvem. Em todos os lugares existem os líderes pró-
forma e os verdadeiros líderes. Descubra quem é o verdadeiro líder em qualquer situação. Por
exemplo: participe de uma reunião de grupo de pessoas que você nunca viu antes, e observe os
presentes por cinco minutos. Você vai saber quem é o líder. Quando alguém faz uma pergunta, para quem olham as pessoas? Quem elas esperam ouvir? As pessoas para quem elas olham é o verdadeiro líder.

6 – A Lei da Base Sólida

A confiança é o fundamento da liderança. Para conquistar confiança, o líder precisa se tornar
modelo das seguintes virtudes: competência, coerência e caráter. O general H. Norman Schwarzkopf ressalta a importância do caráter: “Liderança é uma potente combinação de estratégia e caráter. Mas se você tiver de abrir mão de um dos dois, descarte a estratégia.” Caráter e credibilidade de liderança sempre caminham lado a lado. “As pessoas toleram erros honestos, mas se você trai a confiança delas, é muito difícil recupera-la”. (Craig Weatherup – presidente da PepsiCo). O caráter possibilita a confiança. E a confiança possibilita a liderança. Essa é a Lei da Base Sólida. Viole essa lei e seus dias de líder estarão contados.

7 – A Lei do Respeito

As pessoas não seguem os líderes por acaso. Seguem aqueles cuja liderança é respeitada. As
pessoas são atraídas por líderes melhores do que elas. Se os homens respeitam alguém como pessoa, admiram-na. Se a respeitam como amiga, amam-na.. Se a respeitam como líder, seguem-na. “O líder precisa saber, precisa saber que sabe e precisa ser capaz de deixar isso bem claro para os outros.” (Clarence B. Randall) O maior teste para o respeito vem quando o líder implanta uma mudança importante numa organização.

8 – A Lei da Intuição

A lei da intuição se baseia em “fatos” mais instinto e outros fatores imponderáveis. E a
realidade é que a intuição é muitas vezes o fator que diferencia os líderes excelentes dos meramente bons. O tipo de intuição que técnicos e jogadores tem, inclusive armando jogadas em pleno jogo, é semelhante ao que um líder exerce. Os líderes enxergam tudo pela ótica da liderança, e sabem quase
que instintivamente o que fazer.
Três níveis de intuição na liderança:

1) Aqueles que naturalmente enxergam as coisas.
Têm uma intuição inata, desenvolvem-na e se transformam em líderes de gabarito
internacional.
2) Aqueles que são treinados para enxergar as coisas.
A capacidade de pensar como um líder é a intuição instruída, treinada. As pessoas que não
desenvolvem a sua intuição são condenadas à limitação da sua liderança.
3) Aqueles que jamais irão enxergar nada.
Porque não tem interesse em aprender as técnicas necessárias para liderar. Essas pessoas
sempre vão pensar como meros subordinados.
Liderança é realmente mais arte que ciência.

9 – A Lei do Magnetismo

Quem você é define quem você atrai. Os líderes eficazes estão sempre de olho em bons
profissionais. Eles traçam o perfil e selecionam gente com tais e tais qualidades. Mas na verdade, não é o que você quer que determina as pessoas que você consegue. Quem determina isso é o que você é. Na maioria das situações você atrai pessoas que possuem as mesmas qualidades suas. Igual atrai igual. Os bons alunos gostam da companhia de outros bons alunos. Um pastor que tenha excelentes dotes na área da música atrairá músicos talentosos. Se for forte na área da liderança a igreja se transformará num imã para pessoas dotadas de capacidade de liderança.
As pessoas que você atrai, terá mais semelhanças com você do que diferenças. Os líderes e os
subordinados normalmente tem em comum:

A) Atitude
Pessoas positivas não combinam com pessoas negativas. As pessoas que encaram a vida com
otimismo não querem ouvir os outros falando o tempo todo que as coisas estão ruins.
B) Geração
Tendemos a atrair pessoas de nossa própria faixa etária
C) Passado
As experiências passadas e o meio em que vivemos contarão peso a nossa liderança. (Ex: Davi
e o gigante).
D) Valores
As pessoas são atraídas por líderes cujos valores são semelhantes aos seus; não importando se
esses valores são positivos ou negativos.
Adolf Hitler era um líder forte, mas seus valores eram absolutamente nocivos. Que tipo de
gente ele atraiu? Líderes que defendiam valores parecidos. Homens com forte liderança e perversos.
E) Experiência de Vida
É outro fator de atração para as pessoas, gera expectativa e motivação.
Se você acha que as pessoas que você atrai poderiam ser melhores, então é hora de você
mesmo melhorar.

10 – Lei da Ligação

(2 Sm.19 : 11-14)
Os lideres tocam o coração antes de pedir ajuda.Os lideres eficazes sabem que você primeiro
tem de tocar o coração das pessoas antes de lhes pedir ajuda. Você não pode estimular as pessoas à ação a menos que primeiro as estimule com a emoção.O coração em primeiro lugar, depois a cabeça. Uma das chaves para estabelecer ligações com os outros é perceber que mesmo num grupo você precisa se relacionar com cada pessoa individualmente. O general Norman Schwarzkopf Comentou: “já vi lideres competentes que, diante de um pelotão, só viam um pelotão. Mas os grandes lideres,quando diante de um pelotão,enxergam 44 pessoas distintas,cada qual com suas aspirações,cada qual querendo viver,cada qual querendo ser
bom.” Jamais subestime a importância de travar bons relacionamentos entre você e as pessoas que você comanda.Diz um antigo ditado: para liderar a si mesmo,use a cabeça; para liderar os outros , use o coração. Essa é a natureza da lei de ligação.

11 – Lei do Circulo Intimo

O potencial do líder e determinado pelas pessoas mais próximas dele.Se essas pessoas são
fortes, o líder pode realizar grandes coisas.Se são fracos,nada se fará.”O líder encontra grandeza no grupo,e ajuda os membros a encontra-la em si mesmos.” Warren Bennis. O sucesso do evangelista Billy Graham veio como resultado de um fantástico circulo intimo: Ruth Bell Graham, Grady Wilson, Cliff Barrow e George Beverly Shea.Eles fizeram melhor do que ele jamais poderia ser sozinho. Para compor o circulo intimo do líder, deve o líder procurar colaboradores com o seguinte perfil:

1) Valor Potencial – Com capacidade para liderar e motivar
2) Pessoas com valor positivo – Que levantam a moral da organização e ate mesmo de
pessoas na organização.
3) Pessoas com valor pessoal – que animam e levantam o líder.

12 – A Lei da Delegação do Poder

Só lideres seguros delegam poder aos outros. “O melhor executivo é aquele que tem percepção suficiente para escolher homens competentes que façam o que ele quer que se faça, e autodomínio suficiente para não de intrometer no trabalho deles.” Theodor Roosevelt
O líder deve desenvolver o seu liderado,dar-lhe recursos,autoridade e responsabilidade e
garantir liberdade para que ele faça o seu trabalho.É inaceitável que por causa de insegurança pessoal, o líder tenha duas formas de agir: Ora encoraja o liderado, ora pratica a sabotagem.
A capacidade que as pessoas têm de realizar é determinada pela capacidade que tem o seu líder
de delegar poder.

Por que alguns líderes violam a lei da delegação do poder?
1) Desejo de segurança no cargo
O líder fraco pensa que, se ajudar os subordinados,acabara se tornando dispensável.Há aqui um
paradoxo:
“O único modo de se tornar indispensável é se fazer dispensável” .
(Certa fez estava vendo o filme “Por amor de um filho”,e uma frase me marcou: “Talvez o
maior trabalho de um pai seja tornar-se desnecessário”) Pr. Sila Rabelo.
2) Resistência a mudança
“É da natureza,do homem a medida que envelhece,protestar contra a mudança,especialmente
contra a mudança para melhor”.John Steinbeck - prêmio Nobel de Literatura.Delegação de poder gera
crescimento e inovação e a mudança é o preço do pregresso.
3) Falta de auto estima
Há os que extraem o seu valor de seu trabalho ou da sua posição.Esses são suscetíveis as
mudanças.
Há os que têm confiança em si mesmos.Para esses a mudança é um estimulo.

13 – A Lei da Reprodução

Só um líder pode treinar outro líder.
O autor fez uma pesquisa informal sobre como as pessoas se tornaram líderes.Os resultados
foram:
Talento natural – 10%
Conseqüências de crises – 5%
Influência de outro líder – 85%
As pessoas não podem outros o que elas mesmas não possuem.Seguidores simplesmente não
podem treinar lideres. Uma história apropriada para ilustrar a lei da reprodução é a de Davi e Golias...Mas essa historia de matados de gigantes se encerrou ai?Não.Davi ficou adulto tornou-se guerreiro e acabou como rei.Com o tempo,treinou um grupo d grandes guerreiros que ficou conhecido como “os valentes de Davi”.Nada menos do que cinco deles também se tornaram matadores de gigantes,como o seu líder.Será que Saul,o rei anterior,Chegou a fazer isso? Não.Ensinamos o que sabemos.Reproduzimos o que somos. A única forma de você conseguir treinar outros lideres é se tornar você mesmo um líder melhor. Eis os desafios:

a) Ter ampla visão
Ter no treinamento de outros lideres a sua prioridade.O potencial de sua organização depende
do aperfeiçoamento das lideranças.Quanto mais lideres,maior a chance de sucesso.
b) Atrair possíveis líderes
“Líderes não andam em bandos.Você não tem de achar um por vez” - Ross Perot
Quanto mais você desenvolver a sua capacidade de liderança,conquistara credibilidade,
respeito das pessoas e atraíra pessoas com potencial de liderança.
c) Criar um ambiente perspicaz
Um ambiente onde a liderança é valorizada e ensinada se torna um valioso bem para o instrutor
de liderança.
O ambiente perspicaz é aquele em que o líder propõe os objetivos, oferece incentivos, encoraja
a criatividade, admite riscos e cobra responsabilidade. Isso a longo prazo criará uma cultura de
liderança onde as águias começarão a se agrupar.

14 – A Lei da Aceitação

As pessoas aceitam o líder, depois os seus planos.
As pessoas, de início, não seguem causas dignas. Seguem líderes dignos que promovem causas
dignas. Se um líder não cultivar a credibilidade junto aos seus comandados, pouco importa se os
planos são excelentes ou ruins. As pessoas procuram seguir líderes com os quais têm afinidade.
Dê tempo para que as pessoas o aceitem, e se tiver um grande projeto, não o lance antes de ter
conquistado a credibilidade de todos.

15 – A Lei da Vitória

Quando Adolf Hitler se insurgiu contra a Europa e a Inglaterra, o primeiro-ministro britânico
Sir. Winston Churchil, fez o seguinte discurso:
“Se vocês me perguntarem qual a nossa meta, responderei com uma só palavra: vitória. Vitória
a qualquer custo, vitória apesar de todo o terror, vitória por mais longa e difícil que seja a estrada; pois sem a vitória não há sobrevivência”.
É em tempos de tensão que os grandes líderes se revelam
Três fatores facilitadores da vitória:

1) Unidade de plano
Uma equipe não chega a vitória se seus membros têm interesses diferentes.
2) Diversidade de dons
As organizações precisam de talentos diversos para alcançar sucesso, cada integrante fazendo a
sua parte.
3) Um líder comprometido com a vitória

Tem a meta e sabe utilizar o potencial da equipe.
Não tem apenas vontade de sobreviver, mas vontade de vencer.
Você pretende ter a lei da vitória ao seu lado durante a luta, ou vai logo jogar a toalha quando
as coisas ficarem difíceis? A resposta a essa pergunta pode determinar o seu fracasso ou sucesso como líder.

16 – A Lei do Grande Impulso

O impulso é o melhor amigo do líder. Quando você não tem impulso, até as tarefas mais
simples podem parecer problemas insuperáveis. Se há impulso suficiente, praticamente qualquer tipo de mudança se torna possível.

17 – A Lei das Prioridades

Os líderes sabem que atividade não representa necessariamente realização.
Há duas diretrizes que ajudam a medir o nível de atividade e a determinar as prioridades:
1ª) Princípio de Pareto (Vilfredo Pareto, 1848 – 1923) – foi um economista italiano. Do seu
universo de atividades separar 20% que sejam as mais importantes e concentre a atenção nelas. Terá 80% de retorno de seu trabalho.
Exemplos: se você tem 10 empregados, deve dar 80% do seu tempo e atenção aos 2 melhores.
Se tem 100 clientes, os 20 melhores lhe proporcionarão 80% de seus negócios.
Se a sua lista de afazeres tem 10 itens, os dois mais importantes lhe darão 80% de retorno do
seu tempo.
2ª) A segunda diretriz são os três “erres”: Requisitos, Retorno e Recompensa. Para ser
eficaz o líder precisa organizar sua vida em torno destas três perguntas:
1 – Quais os requisitos?
Isso requer mesmo a minha presença? Qualquer requisito que você não precise cumprir
pessoalmente deve ser delegado ou eliminado.
2 – Qual o maior retorno?
Como líder você deve dedicar a maior parte de seu tempo a trabalhar nas áreas em que é mais
competente.
Tarefas devem ser repassadas a pessoas que possam dar o retorno de pelo menos 80%. Pessoas
devem ser treinadas para cuidar de tarefas específicas.
3 – O que lhe traz a maior recompensa?
As coisas que trazem a maior recompensa pessoal são os luzeiros na vida do líder. Nada anima
mais a pessoa do que a paixão.
O líder não pode confundir as muitas atividades com realização. O importante não é estar
espalhado demais, mas, sim, concentrado no que pode lhe dar o maior retorno.

18 – A Lei do Sacrifício

Os líderes de sucesso têm de manter uma atitude de sacrifício para transformar uma empresa
ou alavancar um empreendimento. A verdadeira natureza da liderança é na realidade o sacrifício.
Exemplos bíblicos:
Paulo – I Co. 4:9-13 , At. 20:31
Jesus: “A minha comida consiste em ... (João 4:34)
“Liderança significa dar o exemplo. Quando você se encontra em posição de liderança as
pessoas imitam os seus atos”. Ex: Quando Lee Iacocca assumiu a Chrysler, a empresa beirava a falência. Depois de cortar o próprio salário, ele pediu que os outros também fizessem sacrifícios, a começar dos executivos... “Você tem de abrir mão de alguma coisa para subir”. As vezes a nossa renda precisa cair determinado momento para que a tenhamos aumentada mais tarde.
Sempre que você souber que o passo é certo, não hesite em fazer um sacrifício. Líderes
eficazes sacrificam muitas coisas boas para se dedicar a coisas melhores.

19 – A Lei da Oportunidade

Os grandes líderes sabem que identificar o momento certo é tão importante quanto saber o que
fazer e aonde ir. Sempre que o líder toma uma decisão, só há na verdade quatro conseqüências
possíveis:
1) A decisão errada no momento errado provoca desastre.
Nesse caso o líder sofre as repercussões negativas e colhe os prejuízos.
2) A decisão correta no momento errado gera resistência.
Uma coisa é identificar o que precisa ser feito; outra é saber quando agir.
3) A decisão errada no momento certo é um erro.
Às vezes o momento é oportuno, mas o erro está no formato do nosso empreendimento ou
nosso produto.
4) A decisão certa no momento certo leva ao sucesso.
Quando os líderes fazem as coisas certas no momento certo, o sucesso é quase inevitável.
Pessoas, princípios e processos convergem para causar um incrível impacto.
Os resultados atingem não só o líder, mas também os subordinados e toda a organização.

20 – A Lei do Crescimento Explosivo

A chave do crescimento é a liderança. São os bons recursos humanos. É formar uma equipe de
líderes.

Matemática do Subordinado:
Os líderes que desenvolvem subordinados fazem a sua organização crescer ao ritmo de uma
pessoa por vez.

Matemática do Líder:
Os líderes que desenvolvem outros líderes multiplicam o seu crescimento, pois cada líder que
lapidam, ganham todos os subordinados desse líder. Some 10 subordinados à sua organização, e terá a força de 10 pessoas. Some 10 líderes à sua organização, e terá a força de 10 líderes vezes todos os subordinados e líderes que eles influenciam. Essa é a diferença entre soma e multiplicação. É como fazer a sua organização crescer por equipes, não mais por indivíduos.
Quanto melhores os líderes que você desenvolver, maior a qualidade e a quantidade de
seguidores. Um enfoque diferente Tornar-se um líder que desenvolve líderes é algo que exige um enfoque e uma atitude totalmente diferentes daquela do líder que desenvolve subordinados. Desenvolver líderes é complicado porque é mais difícil encontrar e atrair pessoas dotadas de
potencial de liderança. São também pessoas mais difíceis de lidar depois que você as encontra, pois
diferentemente dos subordinados são cheias de energia e empreendedoras, e tendem a querer seguir o
seu próprio caminho. Desenvolver líderes dá também muito trabalho. O desenvolvimento da liderança
não é algo imediato. Consome tempo, energia e recursos.

21 – A Lei do Legado

“É na sua sucessão que se revela o valor duradouro do líder”.
Poucos executivos, líderes ou pastores ajudam a desenvolver, lapidar e preparar os seus
sucessores na organização.
Normalmente, pessoas que vieram de um começo difícil e foram “apadrinhadas” e tiveram um
mentor que confiou e nela investiu, também reproduzem isto,investindo e treinando alguém.
Os líderes que praticam a lei do legado agem assim:

1) Eles enxergam longe
Estes lideram não só para o presente, mas também para o futuro.
2) Eles criam uma cultura de liderança
A única forma de disseminar o conceito de liderança é introduzir na organização o
desenvolvimento de líderes; para que dos quadros da própria organização, saiam os seus líderes.
Quem não consegue aperfeiçoar o seu pessoal, tem de procurar bons profissionais no mercado.
3) Eles investem hoje para garantir o sucesso de amanhã
Não existe sucesso sem sacrifício. O líder que queira ajudar a sua organização precisa se dispor
a pagar esse preço para garantir um sucesso duradouro.
4) Eles valorizam mais a liderança de equipe do que a liderança individual
Por melhor que seja, líder nenhum pode fazer tudo sozinho. Quanto maior a organização, mais
forte, maior e mais arranjada precisa ser a equipe de líderes.
5) Eles saem da organização com integridade Preparam o ambiente para este momento. Agem com integridade para fazer uma transição favorável ao novo líder. Permite que o seu sucessor tome as rédeas, sem interferências. “O sucesso não se mede pelo motivo da sua saída, mas pelo que você deixa atrás de si”. (Chris Musgrove).
resumo do livro “ As 21 irrefutáveis Leis da Liderança.
John C. Maxwell. Editora Mundo Cristão.São Paulo.1999

17/09/2008

FACILIDADE AO MONTAR SEU CURRICULUM(DICAS):

Siga as seguintes dicas:
1 - Nada de pressa. Prepare-se para dedicar algum tempo à tarefa de criar o seu currículo - ele não vai ficar pronto em 10 minutos, e certamente será um tempo bem empregado.
2 - Faça um diagnóstico. Procure se informar (no site da empresa, na imprensa ou de outra forma) sobre o que fazem as empresas para as quais você vai entregar o currículo, e que tipo de profissionais elas procuram. Escreva os currículos dando destaque às características que você tem e que se adequem ao perfil que a empresa deseja.
3 - Seja original. Para se inspirar, não há problema em ver modelos de currículos divulgados na imprensa ou em sites especializados, mas não os copie. Lembre-se que o seu avaliador provavelmente vai receber vários outros iguais a aquele modelo, e tudo o que você NÃO quer é ser apenas “mais um”
4 - Seja localizável. As informações de contato são essenciais. Elas devem vir no alto, em destaque, na primeira folha. Não procure ser mais extensivo do que o necessário: para a minha análise, basta ter o nome completo, telefone fixo, telefone celular e e-mail (todos devem estar atualizados e corretos). Informar múltiplos telefones fixos ou múltiplos e-mails deve ser evitado, a não ser que você tenha uma boa justificativa - o mínimo que se espera de um possível contratado é que ele consiga decidir qual o seu telefone e o seu e-mail de contato.
5 - Tenha um foco. Se você está procurando ao mesmo tempo uma colocação como professor de violão clássico e como programador web, faça um currículo separado para cada uma das vagas, sem misturar neles as aptidões tão diferentes entre si. Mas não tenha medo de mencionar (mas aí como nota adicional, sem destaque) no currículo para uma vaga técnica as suas aptidões artísticas ou humanas, ou vice-versa - as empresas não contratam robôs, e muitas vezes têm interesse em saber desde cedo como é a pessoa (e não apenas o profissional) que está contratando. O mesmo vale para atividades extra-curriculares, trabalhos voluntários e outros “extras”.
6 - Seja claro, direto e verdadeiro. Um ponto essencial é incluir a informação correta e completa, de forma direta e concisa. Tentar mascarar informações que a empresa vá descobrir depois é um risco desnecessário, e pode levar a uma posterior avaliação negativa simplesmente pelo fato de você ter tentado.
7 - Escreva de maneira informal, mas corretamente. Leia e releia, remova os erros de ortografia e gramática. Pontue, acentue. Entregue para alguém revisar, e verifique inclusive os dados e números. A última coisa que você quer é que o seu telefone de contato esteja errado. A penúltima coisa que você quer é que a presença de erros de digitação levem o seu avaliador a acreditar que você não é zeloso, ou que escreve mal.
8 - Seja seletivo. Dificilmente o seu avaliador desejará saber onde você fez o pré-escolar, ou o estágio obrigatório para se formar no segundo grau. É provável que ele queira saber se você fez cursos de informática ou de formação profissional em alguma área, mas o número de vagas para as quais é relevante a informação de que você fez curso de piano quando tinha 12 anos é bastante limitado. Incluir este tipo de detalhe no currículo é praticamente uma confissão de que o candidato não tem nada de mais relevante para informar, ou que não tem discernimento do que é importante. Duas boas razões para sair da pilha dos currículos que serão chamados para a entrevista…
9 - Inclua o essencial. Em um bom currículo, não podem faltar as informações de contato atualizadas, uma caracterização sobre você (nome completo, data de nascimento, cidade onde mora, estado civil, se tem filhos) dados sobre as experiências profissionais recentes (empregos, estágios - incluindo período e atividade desempenhada em cada um deles, no mínimo), a formação acadêmica (com detalhes apenas sobre as mais relevantes), e outras atividades e fatos que possam ajudar a definir você como profissional: participação em cursos e eventos, atividades como instrutor, atividades comunitárias, domínio de idiomas, aptidões adicionais (exemplo: dirigir, ter carro próprio…) e outros itens, desde que sejam relevantes para a vaga pretendida!
10 - Capriche no visual. Claro que a parte mais importante do seu currículo é o conteúdo, mas você definitivamente não deseja causar má impressão. Imprima com capricho, e entregue originais (e não xerox) do seu currículo em cada empresa. Se você tiver que corrigir alguma coisa, simplesmente edite e imprima de novo, nada de alterar escrevendo com esferográfica sobre o seu original desatualizado. Lembre-se que se você caprichar, o seu currículo pode ser o primeiro contato que a empresa terá com você. Mas se você não caprichar, é provável que ele seja o último.
E lembre-se sempre: nada de excessos. A sabedoria está no equilíbrio!

13/08/2008

UM MUNDO SEM VIOLÊNCIA, HÁ CONDIÇÕES?
EU DIGO, QUE HÁ POR QUE AINDA....
PRECISA-SE DE LOUCOS...

De loucos uns pelos outros!
Que em seus surtos de loucura espalhem alegria; com habilidades
suficientes para agir como treinadores de um mundo melhor, que olhem a ética,
respeito às pessoas e responsabilidade social não apenas como
princípios organizacionais, mas como verdadeiros compromissos com o Universo.
Precisa-se de loucos de paixão, não só pelo trabalho, mas
principalmente por gente, que vejam em cada ser humano o reflexo de si mesmo,
trabalhando para que velhas competências dêem lugar ao brilho no olhar e a
comportamentos humanizados.
Precisa-se de loucos por novas tendências, mas que caminhem na
contramão da história, ouvindo menos o que os gurus têm a dizer sobre
mobilidade de capitais, tecnologia ou eficiência gerencial e ouvindo mais seus
próprios corações.
Precisa-se de loucos poliglotas que não falem inglês, espanhol, francês
ou italiano, mas que falem a língua universal do amor, do amor que
transforma, modifica e melhora, pois, palavras não transformam empresas e
sim atitudes.
Precisa-se simplesmente de loucos de amor; de amor que transcende toda
a hierarquia, que quebra paradigmas; amor que cada ser humano deve
despertar e desenvolver dentro de si e pôr a serviço da vida própria e
alheia; amor cheio de energia, amor do diálogo e da compreensão, amor
partilhado e transcendental.
As Organizações precisam urgentemente de loucos, capazes de implantar
novos modelos de gestão, essencialmente focados no SER, sem receios de
serem chamados de insanos, que saibam que a felicidade consiste em
realizar as grandes verdades e não somente em ouvi-las.
SE VOCÊ PRECISA DE UM: ESTOU A DISPOSIÇÃO.
(Autoria Desconhecida)

12/08/2008

COMO CONQUISTAR SEU PRIMEIRO EMPREGO.


por Ari Lima

Existe uma preocupação importante para muitos jovens: como conseguir seu primeiro emprego! Por diversos motivos, a maioria deles gostaria, o quanto antes, de entrar no mercado de trabalho. Seja um estudante que precisa ajudar a família ou custear seus estudos, seja um c buscando estágio, seja um recém formado que esta “batalhando” para entrar no mercado e descobre surpreso, que seu suado diploma não é garantia de uma boa colocação profissional. O certo é que neste momento bate aquela insegurança, a falta de confiança, à dúvida e a incerteza de qual o melhor caminho deve seguir para vencer tamanho desafio.
Como fazer para ultrapassar esta barreira? Por onde começar? Como enfrentar uma entrevista de emprego sem tremer? E o currículo, como preencher? O que devo falar quando me perguntarem sobre minha experiência anterior? Demora muito pra conseguir um emprego? Será que vou me adaptar? Estas e muitas outras dúvidas surgem e são absolutamente normais. Vamos ajudá-los a respondê-las a partir de agora.
No curso que ministramos para jovens que buscam o primeiro emprego, percebemos muita aflição, insegurança, falta de orientação, mas, sobretudo grande vontade de iniciar este processo.
Em geral, sugerimos aos candidatos ao primeiro emprego, que busquem começar sua vida profissional em funções mais simples, para poderem adquirir certa experiência profissional, e terem a chance de mostrar seu valor e seu potencial, para em seguida aspirarem a cargos de maior desafio. O processo desta forma fica mais simples e de fácil conquista.
É possível desenvolver um plano básico de marketing pessoal em dez etapas para conquistar seu primeiro emprego. Vamos apresentar o passo a passo de um plano simples, prático e de fácil implantação.
Etapa 1 - conhecer o mercado em que pretende atuar.
Etapa 2 - elaboração do currículo.
Etapa 3 - preparação para a entrevista.
Etapa 4 - desenvolvimento de competências comportamentais.
Etapa 5 - desenvolvimento de competências técnicas.
Etapa 6 - construir uma networking – rede de relacionamentos.
Etapa 7 - definir os meios para buscar uma vaga.
Etapa 8 – traçar objetivos e metas a serem alcançadas.
Etapa 9 - elaborar um planejamento.
Etapa 10 - iniciar a execução do plano.
Etapa 1 - conhecer o mercado em que pretende atuar
O conhecimento do mercado que pretende trabalhar, será fundamental para traçar uma estratégia de sucesso na conquista de um emprego. Estas informações ajudarão na elaboração do currículo, na preparação para a entrevista, e em praticamente todas as etapas deste plano de marketing pessoal.
Escolha o setor de atividade que pretende trabalha. Se já estiver na universidade ou fazendo um curso técnico, descubra tudo que puder sobre as empresas da área. Pesquise na internet, leia revistas do setor, converse com professores, enfim aprofunde seu conhecimento sobre estas empresas e sua realidade, este será um grande diferencial competitivo que você vai conquistar.
Para o jovem que ainda não tem uma profissão, busque uma colocação nos setores de atividade ou empresas em que sinta uma atração especial. Por exemplo, se gosta de contato com o público, procure trabalha com atividades de atendimento. Se gostar de informática, procure buscar setores relacionados a este ramo. Em todos os casos, escolha as empresas que irá buscar emprego e procure pesquisar e obter o maior número de informações possíveis sobre estas empresas e setores.
Uma coisa importante. Escolha um tipo de atividade que realmente combina com sua maneira de ser, com suas habilidades, com sua personalidade. Esta decisão será fundamental, pois despertará grande motivação da sua parte e este fator contará pontos importantes para você, durante o processo de contratação.
Etapa 2 - elaboração do currículo
A elaboração de um currículo é uma tarefa relativamente simples e fácil, basta observar algumas regras básicas e incluir as informações contidas nos principais modelos pré-existentes. Estes modelos podem ser conseguidos na internet, em sites de recolocação, e até mesmo comprados em papelarias.
Como se trata de seu primeiro emprego, provavelmente você não terá muito a falar sobre sua experiência profissional anterior. Talvez algum trabalho temporário que tenha realizado informalmente.
No entanto, o mais importante é incluir em seu currículo informações sobre suas habilidades e competências pessoais que irão ser importantes para seu futuro empregador.
Como você pesquisou bastante o setor de atividade e as empresas que está tentando uma vaga, é importante relacionar as habilidades que você possui, com as necessidades destas empresas.
Por exemplo, um jovem que vai tentar uma vaga para trabalhar numa livraria, precisa deixar claro ao seu futuro empregador que tem o hábito de leitura, que gosta de assuntos relacionados à cultura e arte, que visita frequentemente bibliotecas, que participou de feiras de livros, etc.
Destaque os cursos de curta duração que tenha feito, e que estejam relacionados a esta atividade, e realce também suas competências na escola que estejam relacionadas ao ramo de atividade da livraria.
O objetivo é deixar claro ao futuro empregador que você não apenas tem as qualificações para desempenhar as funções do cargo, como também tem um grande potencial de crescimento.
Criamos um site (blog), que contem modelos de currículos, questionário para treinar uma entrevista, diversos artigos sobre empregos e sobre competências essenciais a serem desenvolvidas, sites de empregos, sites de ONGs de emprego, um curso de marketing pessoal e muitas outras informações importantes, sugerimos aos jovens que visitem esta página, o endereço é http://primeiro-emprego.blogspot.com/
Etapa 3 - preparação para a entrevista
Hoje, as empresas em geral estão valorizando muitos aspectos comportamentais relacionados à inteligência emocional do candidato. Portanto é preciso se preparar, e destacar na entrevista suas habilidades comportamentais mais importantes.
A inteligência emocional de uma pessoa está relacionada à sua capacidade de auto-motivação, seu bom humor, sua empatia, sua capacidade de comunicação interpessoal, sua pró-atividade e capacidade de trabalhar em equipe e seu relacionamento interpessoal.
Portanto o candidato que tiver deficiência em alguns destes aspectos comportamentais, deve procurar desenvolvê-los antes de se apresentar para uma entrevista.
Quanto maior conhecimento o candidato demonstrar sobre a empresa, suas características, os principais concorrentes, as principais competências necessárias para desempenhar bem as funções, e sobre o setor de atividade, maiores serão suas chances de influenciar positivamente o entrevistador.
Sugerimos que o candidato elabore um questionário de perguntas e respostas e treine uma entrevista fictícia com algum parente ou amigo, para que na hora da apresentação esteja mais bem preparado.
Em geral o entrevistador esta preocupado em descobrir se o candidato poderá ser útil à empresa, se conseguirá desenvolver bem as funções, se conseguirá se relacionar adequadamente com os colegas de trabalho e se é uma pessoa motivada e bem humorada.
Portanto o candidato precisa preparar-se para demonstrar ao entrevistador que possui todas estas condições mencionadas. Etapa 4 - desenvolvimento de competências comportamentais
As principais competências que precisam ser desenvolvidas e que são bastante valorizadas pelas empresas são:
auto-motivação – que é a capacidade de se motivar continuamente, independente das situações adversas ou contratempos que possam ocorrer em suas vidas. Hoje é mais importante para as empresas os profissionais que se motivam sozinhos, independente de qualquer bônus no salário, encorajamento dos superiores ou mesmo de palestra motivacionais;
humor – que é a arte de gerenciar o próprio estado de espírito, para enfrentar o trabalho do dia a dia e a vida pessoal, mantendo harmonia interior e alegria de viver;
produção de conhecimento – capacidade de crescer profissionalmente, adquirindo conhecimentos relativos a sua profissão, e que sejam relevantes para a organização em que trabalha, como também para sua carreira em particular;
liderança – capacidade de dirigir pessoas e tirar o melhor delas, levando-as a serem competentes e motivadas por trabalharem em equipe;
relacionamento interpessoal – capacidade de se comunicar com as pessoas em geral de forma eficaz, fazer amigos e influenciar pessoas - poder de persuasão;
criatividade – capacidade de criar e perceber coisas novas, gerar novas maneiras de fazer tarefas, e reinventar métodos, produtos, formas de trabalhar;
capacidade de sonhar – exercício de imaginar coisas impossíveis e criar condições para realizá-las. Fazer o impossível tornar-se realidade pela imaginação, pela persistência e pela fé.
Etapa 5 - desenvolvimento de competências técnicas
É preciso que o candidato tenha uma preparação técnica mínima para poder ser aceito pela empresa, de acordo com o cargo que almeja. Como estamos falando sobre o primeiro emprego, esta competência terá de ser adquirida através de cursos técnicos ou formação universitária.
Durante a pesquisa que o candidato fizer sobre seu futuro empregador, é fundamental descobrir quais as competências técnicas que são mais importantes para este tipo de empresa.
Esta empresa precisa que o candidato tenha conhecimentos de informática? Conhecimentos de língua estrangeira? Telemarketing? Contabilidade? Que outras competências técnicas são necessárias ao cargo que busca?
É preciso descobrir as principais competências requeridas por esta empresa, e procurar preparar-se nestas competências. Pode ser feito algum curso de curta duração, caso seja necessário.
Etapa 6 - construir uma networking – rede de relacionamentos
A networking, ou rede de relacionamentos, poderá desempenhar papel importante para conquistar seu primeiro emprego, e também ao longo de toda sua vida profissional.
Relacione todas as pessoas que conhece. Crie um arquivo no computador, ou mesmo numa agenda específica para este assunto. Comece pelos familiares e parentes para em seguida incluir os amigos e conhecidos. Depois faça a seguinte pergunta: que parente meu ou amigo pode contribuir, ou conhece alguém influente que poderia me ajudar neste processo de conquistar meu primeiro emprego?
Às vezes você não conhece ninguém próximo que poderia lhe ajudar diretamente, no entanto tem um amigo cujo pai trabalha em uma empresa que poderia ser uma boa opção de emprego ou estágio para você. Neste caso você tem um bom contato, um ótimo “cartão de visita”, que poderá lhe abrir as portas daquela empresa.
Após criar sua networking, escreva um breve resumo da situação profissional e das possibilidades de cada pessoa de sua rede de contatos, eles podem lhe ajudar no presente ou futuro, e procure manter contato com todas estas pessoas da maneira mais freqüente possível.
Para as pessoas que você não convive com freqüência, procure mandar mensagens por e-mail, ou fazer contatos telefônicos. Mostre às pessoas que está buscando emprego, explique as razões e peça que, caso saibam de alguma oportunidade, busquem avisá-lo.
É importante que você também se coloque a disposição destas pessoas para atendê-las no que for possível, e seja sincero em sua afirmação.
Mesmo depois que estiver empregado, é necessário continuar cultivando sua rede de contatos. É como uma lavoura que plantamos, regamos e adubamos para colhermos os frutos no futuro.
Etapa 7 - definir os meios para buscar uma vaga
Atualmente existe diversas forma para buscar uma colocação no mercado, vamos apresentar as principais:
Anúncios em jornais.
Anúncios de estágios em escolas e faculdades.
Sites de emprego na internet.
Através de sua networking.
Envio de currículo diretamente a uma empresa.
Quadro de aviso de empresas.
Órgãos do governo como sine/agit, etc.
Empresas de recursos humanos.
Empresas de recolocação.
ONGs especializadas em captar empregos.
Algumas outras possibilidades.
O candidato poderá utilizar todas estas opções, pois assim aumentarão suas chances de sucesso. Algumas pessoas vivem dizendo que estão buscando emprego, no entanto pouco fazer para conquistar esta posição. Talvez acreditem que o emprego sozinho virá bater em sua porta. Isto raramente acontece, a não ser que tenha nascido em “berço de outro”, ou que tenha um padrinho importante.
Sugerimos para todos aqueles que buscam um emprego, que tornem esta tarefa uma prioridade em suas vidas, até que consigam seu objetivo. Incluam nos seus hábitos diários diversas tarefas relacionadas a esta busca.
Diariamente procure responder anúncios de jornais, enviar currículo, acessar a internet para buscar novas oportunidades de emprego on line, e quando tiver disponibilidade de tempo, visitarem locais como sine, ONGS e outros órgãos.
Principalmente a internet, está se tornando uma poderosa forma de conquistar uma colocação no mercado, mas nunca se esqueçam de que normalmente a networking é um dos caminhos mais curto para seu primeiro emprego.
Etapa 8 – traçar objetivos e metas a serem alcançadas
Como diz o escritor inglês Lewis Carol, através de um personagem, na clássica história, Alice no país das maravilhas, “Se você não sabe para onde vai, qualquer caminho serve”.
É preciso ter objetivos, traçar metas bem específicas para podermos avaliar periodicamente se estamos obtendo ou não sucesso em nossa vida pessoal e profissional.
Por exemplo, uma jovem universitária, que ainda está no meio do curso, pode definir como objetivo conseguir um estágio em uma grande empresa, com reais possibilidades de ser contratada ao final de seu curso. No entanto, como este objetivo pode ser um pouco difícil de alcançar imediatamente, esta estudante deverá buscar atingir algumas metas intermediárias, através de colocações mais modestas inicialmente, adquirindo experiência e se preparando adequadamente para, no momento certo, conquistar o objetivo de médio prazo que é uma colocação em uma grande empresa.
Portanto, defina e escreva no planejamento, seus objetivos de curto, médio e longo prazo, e utilize todos os seus recursos motivação e energia para alcançar estes objetivos, com entusiasmo e força de vontade.
Etapa 9 - elaborar um planejamento
Agora chegamos à fase de transformar todas as informações apresentadas em um plano de ação. Este plano é fundamental, e será seu projeto de vida nos próximos dias, semanas ou meses, ele terá um grande impacto em sua vida daqui pra frente.
Um engenheiro não pode construir uma casa sem um projeto, uma empresa não pode ser criada sem um plano de negócios, um carro ou avião não poderão ser construídos sem seu projeto técnico. Portanto, é essencial que sua carreira também tenha um projeto para deslanchar e obter sucesso.
Elaborar um projeto é simples, ele será baseado em todas as informações e etapas que sugerimos. Simplesmente crie um documento no computador ou mesmo num caderno, adaptando estas informações genéricas que mencionamos ao seu caso específico, colocando nele seus dados pessoais, a pesquisa de informações que sugerimos, com os dados conseguidos, sua rede de relacionamento, enfim, todo o passo a passo que abordamos anteriormente. Este será seu planejamento, seu plano de ação.
Etapa 10 - iniciar a execução do plano
Como diz o futurista Joel Arthur Barker: "Visão sem ação é um mero sonho. Ação sem visão só nos faz perder tempo. A visão e a ação juntos podem mudar o mundo”.
De fato, agora seu plano precisa ser colocado em ação. Com garra, com motivação, com entusiasmo, com determinação. Por isto, gostaria de transcrever aqui, um pequeno texto que segundo o autor do livro “As 5 Grandes Regras do Bom Vendedor”, P. WHITTING, estava escrito na lareira do lendário HENRY FORD.
“Você conseguirá fazer tudo, se tiver entusiasmo. O entusiasmo é a varinha de condão que eleva sua esperança até as estrelas. O entusiasmo é o ritmo de seu andar, é o brilho de seu olhar, é o aperto de sua mão. É o irresistível volume de sua força de vontade e de sua energia para a concretização de suas idéias. Os entusiastas são combativos, eles têm fortaleza, possuem qualidades permanentes. Com ele haverá realização, sem ele, existirão apenas álibis.”
Gostaria de concluir este texto conclamando aos jovens a uma reflexão sobre estas propostas apresentadas. Algumas dessas idéias servirão como uma luva para sua vida, outras precisarão de adaptações para o seu caso. Algumas são mais fáceis de serem implantadas, outras mais difíceis. Algumas são mais eficazes, outras nem tanto. Mas o que importa, é que vocês chegaram aqui, no final deste texto, e isto já é uma primeira e importante vitória.
Quem aqui chegou, conseguiu vencer o primeiro grande obstáculo, que foi descobrir que caminho trilhar, e já tem um sucesso relativo. Peço que se gostarem destas idéias possam transmiti-las a seus amigos e conhecidos. Enviem esta mensagem a tantos quantos puderem. Eu mesmo gostaria de ter lido um texto destes quando estava procurando meu primeiro emprego a vinte e cinco anos atrás. Teria me ajudado muito. Agora só me resta torcer para que todos vocês possam conseguir rápido um ótimo emprego. Boa sorte!

04/02/2008

LIDERANÇA



O tema liderança é muito amplo e abrange áreas diversas, dos quais podemos citar dois, o pessoal e o profissional.
Pessoalmente, tratamos a questão como sendo uma virtude em nosso caráter, porque o tema é forte e ao mesmo tempo traz incurtido em si, valores bastante positivos. Se visualizarmos um líder, teremos a visão de uma pessoa que possui algumas características, tais como: confiança, solidez, sensatez, sobriedade, ético, inspirador, potencializador e etc.
Dentro das organizações, a historia não é diferente no tocante às qualidades pessoas dos líderes. A estrutura de uma organização exige que se adote, grupos, seções ou departamentos ou qualquer divisão que distribua as tarefas dos mais variados tipos, a serem executadas por diversas pessoas em suas respectivas categorias de cargo.
Estes "funcionários" compõem, cada um, uma peça de engrenagem para funcionamento total da organização a que se deparam com os mais variados tipos de situações à que estão submetidos no seu cotidiano. De acordo com o grau de instrução, elas não conseguem sair de algumas situações às quais não conhecem ou não estão preparadas. Neste movimento, é que entra o trabalho de uma liderança, porque temos nele uma diretriz para qualquer situação, onde podemos encontrar soluções ou orientação de como resolve-los.
A liderança se faz presente dentro de uma organização, para uma melhor eficiência e agilidade nos processos administrativos, no atendimento com os clientes internos e externos, nas relações interpessoais, na condução da política comercial/administrativa e etc.
Definição
Liderança é um termo carregado de conotações enviesadas que evoca a idéia de comando ou controle de um indivíduo sobre os seus seguidores, tendo como base um conjunto de traços pessoais. Se o poder é visto como algo negativo, a liderança tende a ser considerada como uma qualidade. Essa colocação tem sido um dos fatores que impedira, através dos tempos, uma análise neutra e sistemática desse fenômeno que surge toda vez que pessoas se reúnem em grupo, seja esse formal ou informal.
A questão da liderança atraiu principalmente a atenção dos estudiosos da psicologia e da administração no afã de se compreender a emergência e estabelecer a sua eficácia nas organizações produtoras de bens ou serviços. Apesar do acúmulo de estudos nessa área, cujo número tem-se multiplicado nos últimos oitenta anos, os resultados têm sido pouco conclusivos. O conceito de liderança tem um status ambíguo na prática organizacional, da mesma forma como na teoria. As primeiras investigações sistemáticas sobre a liderança centraram-se na procura de um conjunto de traços universais que distinguiram o líder dos seus seguidores. Essas características procuradas variavam desde fatores físicos e constitucionais até habilidades, traços de personalidade, história de vida etc. Os resultados dessa linha de investigação acabaram por redirecionar o foco para análise da interação mais como uma forma de relacionamento e com a definição de categorias ou fatores que captassem as características do líder eficaz e permitisse encontrar fórmulas ou prescrições universais para a liderança ideal.
Os estudos pioneiros isolaram duas variáveis ou dimensões que determinariam a liderança eficaz, a consideração e a estrutura, sintetizando duas tendências bastante claras das ciências da administração, ou seja, os aspectos humanos (consideração) e sós aspectos técnicos (estrutura). O estilo ideal seria aquele em que o líder apresentasse alta consideração (relacionamento e comunicação) e alta estruturação (papel ativo no planejamento e direcionamento do grupo).
Com inspiração neste modelo bastante simples, surgiram outros com outras variáveis, todas elas com um ponto em comum: a busca de estilos ideais. As diferenças eram a introdução de variáveis intervenientes situacionais ou contingências tais como: características, necessidades, motivação do liderado, natureza da atividade, condições do meio ambiente, e etc. Todos esses modelos focalizavam a relação chefe/subordinado dentro do contexto da organização, partindo do pressuposto de que o líder pode adquirir as habilidades requeridas pela liderança eficaz através do treinamento.
As evidências empíricas indicam a ausência de dados suficientes que comprovem a validade total de vários modelos, embora cada um deles tenha contribuído para esclarecer alguns aspectos da questão.
Tipos de Liderança
Liderança Coercitiva
Baseia seus atos influenciais predominantemente no poder de coerção e de posição. Definem a coerção como a habilidade de influenciar através da potencial punição.
Liderança Controladora
Esse estilo de liderança se apóia mais no poder de posição e de recompensa, embora use episodicamente o poder de coerção. Esse é utilizado de forma mais sutil, sob a forma de manipulação material ou emocional.
A filosofia básica da liderança controladora é a falta de confiança nas pessoas, a crença de que existe apenas uma maneira de fazer as coisas certas de que as pessoas são incompetentes, não tem vontade de trabalhar, daí a necessidade de controlar suas atividades.
Liderança Orientadora
É um estilo raramente abordado na literatura especializada por possuir alguma conotação paternalista. Utiliza episodicamente o poder da posição &emdash; portanto a autoridade do cargo, de recompensa, de conhecimento e de conexão. Ao contrário dos estilos coercitivos e controlador, que limitam o âmbito de seus atos influenciais no sentido vertical, de cima para baixo, a liderança orientadora os expande também na direção de baixo para cima e horizontalmente, permitindo assim que as barreiras estruturais sejam ultrapassadas, tendendo a incentivas a sinergia organizacional.
Objetivos
A liderança potente é uma questão de estar consciente do que está acontecendo no grupo e agir apropriadamente. Ações específicas são menos importantes do que a clareza e a consciência do líder. É por essa razão que não existem exercícios ou fórmulas que garantam uma liderança bem-sucedida.
A importância de cada funcionário para a empresa alcançar seu objetivo;
Proporcionar aos funcionários satisfação pessoal;
Estimular o funcionário em relação à importância de sua função na empresa;
Treinar líderes para que possuem passar aos funcionários sua importância no crescimento da empresa e conseqüentemente no desempenho pessoal.
Fatores Chaves
Na liderança podemos dizer que o fator chave é:
Ressaltar a divisão do trabalho
Os objetivos
O poder como forma de controle dos esforços integrados visando objetivos e variedade mutabilidade dos papéis atribuídos às pessoas que fazem parte da organização
Suas normas
Distribuição de autoridade
Sistema de incentivos ou recompensas.
Fatores Críticos
Alguns fatores críticos:
Todos que estão envolvidos diretamente ou indiretamente no projeto de crescimento tem que participar e se dedicar mesmo sendo contra e se não houver a participação de todos neste projeto não alcançaremos o objetivo esperado;
Saber trabalhar com as opiniões contraditórias;
Se um funcionário não for liderado, ele pode se deixar levar por outros objetivos que não seja de interesse da empresa, não saberá qual direção o seguimento da empresa, com isto poderá prejudicar a parte operacional;
O líder não muda as pessoas que fazem parte do sistema e não querem mudar; enquanto os seres humanos não decidirem alterar sua forma de trabalho, melhorando sua ação e assumindo responsabilidade pessoal e a liberdade de crescimento, prevalecerão as velhas hierarquias e os velhos estilos de liderança.
Influenciar mais, influenciando menos
Os que ocupam posições de liderança não são independentes, capazes, por si sós, de determinar o curso dos acontecimentos. São parte integrante de um sistema mais amplo de interações que envolvem variáveis das mais diversas. Dentre essas destacam-se características, necessidades e reações dos liderados, a natureza do relacionamento com outros líderes, o clima organizacional, as políticas administrativas, a natureza da atividade e seus objetivos, a estrutura organizacional e as condições do meio ambiente onde a organização está inserida.
Todos esses aspectos interferem na criação de padrões de comportamento e relacionamento entre as pessoas, de valores, expectativas, normas formais e informais e de reações que se combinam dinamicamente e se cristalizar num conjunto que se convencionou chamar de cultura da organização.
Essa por sua vez estimula ou restringe a utilização das várias formas de poder existentes. Cada organização desenvolve determinadas características culturais próprias e procura selecionar pessoas, cuja maneira de ser e atuar sejam compatíveis com essas características. Quanto mais o comportamento do indivíduo se assemelhar ao "ideal" de uma determinada organização, maiores serão as suas chances de ascender posições hierarquicamente mais elevadas, reforçando, desta forma, a cultura organizacional existente. Por essa razão, certos estilos de liderança são mais valorizados do que outros.
Uma Liderança Eficaz
Embora não haja consenso entre os estudiosos a respeito da liderança eficaz e das múltiplas variáveis que nela intervêm, todos concordam num ponto central: sua importância para o desenvolvimento e a sobrevivência das empresas produtoras de bens ou serviços, sejam elas públicas ou privadas.
A história, grande mestra da humanidade, tem demonstrado que a utilização abusiva e inadequada do poder contextual através da coerção, autoritarismo e distribuição de recompensas manipulativas que oprimem e despersonalizam os seres humanos, começa a criar reações individuais e coletivas em vários setores da sociedade, particularmente nas organizações.
O modelo de gerenciamento militar comanda pela autoridade; a liderança empresarial precisa obter lealdade, alcançar comprometimento e merecer respeito. Só assim poderá exercer atos influenciais que integrem os indivíduos ao redor de objetivos comuns e ações coletivas.
Liderança, como já foi visto, é um fenômeno relacional, os atos influenciais geram reações nos liderados e essas, por sua vez, estimulam respostas nos líderes. O relacionamento entre líder e liberado não se dá, entretanto, no vácuo, mas sim numa determinada realidade social que envolve situações e contingência das mais variadas. Líder e liderados atuam num cenário dinâmico de interações, permeadas por intenções e finalidades limitadas em algum tipo de estrutura, como ó o caso da empresa. Uma das alternativas para a análise da eficácia dos estilos de liderança considerados é verificar como os atos de influências em termos da energia despendida pelo líder e grau de controle que esse tem sobre o liderado, atuam no grau de envolvimento desse último.
A liderança coercitiva, como aqui considerada, baseia-se no uso do poder de coerção e posição, que depende alta quantidade de energia, procurando o maior controle possível sobre as ações e reações do liberado, o que tende a gerar passividade, alienação, despersonalização e reações lentas e estereotipadas aos atos influenciais. Ameaças, punições e pressões por parte do líder se multiplicam num esforço de vencer a barreira da indiferença e da ausência de comportamento que caracteriza a atuação do liberado. Isso significa atenção contínua no sentido de evitar desvios dos padrões rigidamente estabelecidos e presença física constante de uma figura de autoridade para assegurar o cumprimento estrito das diretivas, impedindo o envolvimento que é um ato voluntário e consciente.
A repressão transforma as pessoas em máquinas ou coisas, destituídas da capacidade de decidir, irracionalidade e a ineficiência do trabalho, escravo ou forçado, de pessoas esmagadas pelo temor das represálias ou morais.
Nenhuma organização que atua num mercado competitivo, onde a qualidade e o custo dos bens ou serviços são essenciais para a sua sobrevivência, pode se dar o luxo de desperdiçar energia humana, seja de líderes, seja de liderados. Lideranças coercitivas disperdiçam cronicamente essa energia, controlam desnecessariamente, impedindo o envolvimento das pessoas. Os diferentes tipos de poder usados pelo líder têm efeitos marcadamente diversos nos subordinados (liderados).
No caso da liderança controladora, embora a energia despendida seja menor e a forma de controle mais formal e impessoal, baseada em normas e procedimentos, há uma pressão difusa que impede o livre pensar e iniciativa. É a padronização de atividades em busca da eficiência mecânica. Esta liderança também gera subcondutividade, pois, ao procurar reduzir a realidade e padrões estáveis e repetitivos de atuação, não consegue lidar com a impresivibilidade dos acontecimentos. A energia despendida no esforço da padronização, permite, entretanto, a possibilidade de um controle menos próximo, sem a constante presença física do líder, que é constituída pela figura de autoridade onipresente e onisciente que cobra, controla e busca erros, evitando os contatos face a face e preferindo a pura e simples aplicação das regras, normas e procedimentos formais fornecidos pelo poder contextual que a organização lhe atribui.
Padrões de controle encorajam a participação mínima, levam o funcionário a cumprir regras e nada mais. Além disso, atender aos instrumentos de controle tende a se tomar o objetivo dos subordinados, pois é assim que esses administram suas próprias inseguranças e evitam sanções, controle encoraja o funcionário a atuar segundo o manual de normas e procedimentos, impedindo o seu envolvimento com os resultados e objetivos da organização.
Na liderança orientadora, a energia distendida é menor do que nas anteriores, sendo o mesmo verdadeiro para o grau de controle exercido sobre os liderados. Essa assume a forma de acompanhamento, supervisão, orientação e esclarecimentos periódicos. Os relacionamentos face a face tendem a ser mais freqüentes, baseando-se mais no poder de conhecimento e conexão do que na posição de recompensa.
O liderado, por sua vez, goza de um espaço confortável para atuar, desde que não ameace a autoridade, experiência, prestígio e conhecimento dos que ocupam posições de liderança. As normas, regras e procedimentos normais são reduzidos, embora existam padrões informais, considerados tacitamente, que valorizam o respeito, a colaboração e a harmonia, mesmo que superficiais. Isso libera o líder da necessidade de exercer um controle maior sobre o liderado, uma vez que esse tem consciência dos limites tolerados pelo contexto social. Essas condições resultam numa maior probabilidade de se elevar o nível de envolvimento do liderado com os resultados e objetivos da organização.
A liderança integradora utiliza pouca energia para exercer atos influenciais, uma vez que atua por emulação, identificação, exemplo, absorvidos voluntariamente pelo liderado, eliminando assim a necessidade de controle do líder. A ausência de controle tende a facilitar e a estimular a elevação do nível de envolvimento do liderado. O exercício do controle pode influenciar o grau de envolvimento dos membros de uma organização, e os indivíduos podem variar sua amplitude de envolvimento desde a alienação (envolvimento negativo) até o compromisso (envolvimento positivo). Uma outra alternativa para avaliar a eficácia dos vários estilos de liderança proposta diz respeito à duração dos atos influenciais do líder em relação ao liderado e ao grau de resistência provocado no mesmo.
A qualidade relacional entre líder e liderados poderá ser baixa quando a duração dos efeitos do ato influencial for curta e o grau de resistência do liderado for alto. Isso equivale a dizer que a eficácia será baixa, obrigando o líder a repetir o ato influencial cada vez que pretender obter uma determinada reação.
Esse caso típico da liderança coercitiva que atua através da ameaça, punição ou sofrimento. Tende a gerar no liderado a resistência passiva, caracterizada pela lentidão, interpretação distorcida do ato influencial, sabotagem, desinteresse, além da submissão. São essas reações que provocam a escalada do poder de coerção e o abuso do poder de posição como justificativas "aceitáveis" para as punições, gerando, em conseqüência, mais resistência que poderá desembocar na violência.
Quanto os atos influenciais são exercidos através da lideração de estilo controlador, a sua duração tenderá a ser média, gerando um grau semelhante de resistência. Por essa razão, a eficácia pode ser considerada mediana, levando o líder à necessidade de reforçar seus atos influenciais com controles indiretos apoiados em formas formais, cobrança periódicas e medidas disciplinares, além de manipulação através de prêmios, recompensas e vantagens, que acabam por estimular a competição entre os liderados, inibindo assim a integração e a confiança tanto entre esses últimos quanto entre líderes e liderados. Isso gera uma lealdade interesseira e contingencial que prejudica a moral do grupo.

Referências Bibliográficas
BERGAMINI, Cecília W. & CODA, Roberto. Psicodinâmica da Vida Organizacional: Motivação e Liderança. São Paulo: Atlas, 1997.
KONDO, Yoshio. Motivação Humana. São Paulo: Gente, 1994.
REVISTA HSM MANAGMENT. São Paulo: HSM, ano 4, jan-ago de 2000.
REVISTA Você S.A. São Paulo: Abril, ano 2000. Diversas.
TANNEMBAUM, Arnald S. Psicologia Social da Organização do Trabalho. n.d.
WARREN, Bennis. A Formação do Líder. São Paulo: Atlas, 1996.

21/01/2008

OS TRÊS "QIs" DE NOSSAS VIDAS


(Baseado numa entrevista da Profa. Dana Zohar, publicada na Revista Exame)
Adalgiza Pacheco

Um tipo de organização neural (dos nervos, neurológica) permite ao homem realizar um pensamento racional lógico. Este pensamento dá ao homem o seu
QI, ou inteligência intelectual.
Outro tipo de organização neural dá ao homem o seu QE, ou inteligência emocional, permite realizar o pensamento associativo, afetado por hábitos, reconhecedor de padrões, emotivo. É o responsável pelo QE, ou inteligência emocional.
Um terceiro tipo permite o pensamento criativo, capaz de “insights”, formulador e revogador de regras. É o pensamento com que se formulam e transformam os tipos anteriores de pensamentos, medidos através de quocientes, ou Q’s. Esse tipo lhe dá o QS, ou inteligência espiritual.
Para identificarmos o Q precisaríamos responder três perguntas:
QI – Como é?
QE – Para que?
QS – Porque?
Ao conhecer a realidade exterior, o homem tenta criar uma correspondente realidade interior, e dentro de si terá um reflexo das coisas que o circundam. São seus pensamentos, expressos por suas opiniões lógicas. Por exemplo: Como é uma flor? Como ela se apresenta, em que partes? A haste é comprida e dura (o galho), a flor em si é menos compacta, tem cores, odor? Ao responder estas simples perguntas o homem estará revelando o seu QI, ou inteligência intelectual, situando dentro de uma estrutura mental os valores lógicos, como por exemplo, o menor cabe dentro do maior, mas o maior não cabe dentro do menor, etc. De sua capacidade intelectual se estabelece um índice que mede o seu QI.
Outra estrutura neural facilitará a análise da utilidade de uma flor, para que ela serve (por exemplo, como “útero” em que serão depositados os elementos germinativos, o pólen, etc., outro exemplo, como identificador de beleza, etc). Isso possibilitará fixar um índice de QE, inteligência emocional, cujos componentes são como já o dissemos os hábitos, os padrões e as emoções produzidas pela realidade.
Finalmente uma terceira estrutura neural (o ponto de Deus no homem), leva-lo-á a formular a inevitável pergunta “Porquê?”. A tentativa, ou tentativas de responder esta pergunta, tem um poder transformador. O QS, inteligência espiritual, permite-me perguntar se quero ver, gostar, presentear, criar, criar diversidades, etc, divulgar uma flor, se quero trabalhar nos limites da situação proposta pelo meu QI e QE? O QS daria a finalidade última para o conhecimento de um realidade, e seria o reconhecimento de nossas possibilidades mais altas de, pelo exemplo acima, como utilizar uma flor a serviço de uma boa relação com as pessoas, o meio ambiente, a espiritualidade, etc.
O QS – quociente espiritual tem a ver com o que algo (QI) significa para mim, e não apenas como as coisas afetam minha emoção (QE) e como eu reajo a isso. A espiritualidade (QS) sempre esteve presente na história da humanidade.
O mundo material, dos negócios, atravessa uma crise de sustentabilidade. Suas atitudes e práticas atuais, centradas apenas em dinheiro, estão devastando o meio ambiente, consumindo recursos esgotáveis, criando desigualdade global, conduzindo a uma crise de liderança nas empresas e destruindo a saúde e o moral das pessoas que trabalham ou cujas vidas são afetadas por elas. Espiritualidade nos negócios significaria simplesmente trabalhar com um sentido mais profundo de significado e propósito na comunidade e no mundo, tendo uma perspectiva mais ampla, inspirando os funcionários de uma empresa a produzir mais e melhor, por lhe dar um sentido para o que faz. Isto seria, por exemplo, a aplicação do QS na vida econômica das pessoas.
A situação atual, sem QS desenvolvido, não nos permite saber qual é o jogo que jogamos nem quais as regras. Falta-nos um sentido profundo de objetivos e valores fundamentais. Essa crise de significado é a causa principal do estresse na vida moderna e também das doenças. A BUSCA DO SENTIDO É A PRINCIPAL MOTIVAÇÃO DO HOMEM. Quando esta necessidade deixa de ser satisfeita, a vida nos parece vazia. No mundo moderno a maioria das pessoas não está atendendo esta necessidade.
Podemos detectar os sintomas de uma crise atual, pois desde que surgiu o capitalismo há 200 anos, tudo que importa é o lucro imediato. Isso criou uma cultura destituída de significado e de valores mais profundos. Nós apenas queremos mais dinheiro. Mas para quê? Para quem? Trabalhamos para consumir. É uma vida sem sentido. Isso afeta o moral tanto de dirigentes como de dirigidos, a produtividade e a criatividade das pessoas caem. E também afasta dos negócios preocupações mais amplas como o meio ambiente, a comunidade, o planeta, a sustentabilidade. O mundo corporativo é um monstro que se autodestrói porque lhe falta uma estrutura mais ampla de significado. Há uma profunda relação entre a crise da sociedade moderna e o baixo desenvolvimento do nosso QS, ou seja, a inteligência espiritual.
Um homem espiritualmente inteligente, com alto QS, é inspirado pelo desejo de servir, uma pessoa responsável por trazer visão e valores mais altos aos demais, e mostrar como usar tais valores. Pessoas com alto QS são gente como o Dalai Lama, Nelson Mandela, Mahatma Ghandi, Chico Xavier, e outros. Eles todos estão preocupados com a comunidade, todos tem muita espontaneidade, visão e valores com uma perspectiva mais ampla.
Segundo Dana Zohar existem 10 (dez) qualidades essenciais para se ter um alto QS – quociente de espiritualidade:
1 – Praticar e estimular o auto – conhecimento profundo.
2 – Ter valores morais. Ser idealista.
3 – Ter capacidade de encarar e utilizar a adversidade.
4 – Ser holístico (pacificador, solidário, amigo).
5 – Aceitar a diversidade (diferenças) de seres e pessoas.
6 – Procurar a independência.
7 – Perguntar sempre “porquê?”.
8 – Ter capacidade de colocar as coisas num contexto mais amplo.
9 – Ter espontaneidade.
10 – Ter compaixão.
Conclusão:- Não basta saber como é uma coisa. Não basta ter emoções sobre esta coisa. É preciso perguntar porquê, e tornar esta coisa socialmente útil.
Conclusão espírita (proposta):- Não basta conhecer o Espiritismo, se bem que é necessário conhecer o Espiritismo. Não basta se sentir melhor com isso. É preciso utilizar o conhecimento para propagar educação, saúde, proteção ao meio ambiente e principalmente desenvolver a fraternidade (a caridade) que ajude nossos irmãos em suas caminhadas. Sobre o Espiritismo não basta ter bom QI – quociente de inteligência intelectual, nem grande QE – quociente de inteligência emocional, é preciso também ter dilatado o QS – quociente de inteligência espiritual. Três são as inteligências: A intelectual, a emocional e a espiritual. Pesquisas divulgadas recentemente e divulgadas por cientistas de várias partes do mundo, noticiam a descoberta do chamado “Ponto de Deus”, no cérebro humano, uma área que seria responsável pelas experiências espirituais das pessoas. É uma terceira inteligência, que coloca nossos atos e experiências num contexto mais amplo de sentido e valor, tornando-os mais efetivos. Ter alto QS implica ser capaz de usar o espiritual para ter uma vida mais rica e mais cheia de sentido, adequado senso de finalidade e direção pessoal. O QS aumenta nossos horizontes e nos torna mais criativos. É uma inteligência que nos impulsiona. O QS está ligado à necessidade humana de ter propósito na vida. É ele que usamos para desenvolver valores éticos e crenças que vão nortear nossas ações.

RABISCADO POR MIM, GABI GABRIELA.

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