Na categoria Conselhos
Práticos
Publicado a 5 de Novembro de 2013
Chama-se zona de conforto aos
comportamentos, atitudes, pensamentos frequentes a um individuo. Não lhe
causando nenhum tipo de desconforto, medo, ansiedade ou risco. Provocando um
sentimento de segurança e consequentemente acomodação.
Quando as pessoas se situam na zona
de conforto, ficam “viciadas” na segurança que essa zona lhe proporciona.
Realizando sempre um mesmo conjunto de ações e pensamentos, proporciona-lhes
desempenho constante, porém limitado.
Como se constrói a zona de conforto?
A zona de conforto é construída por
essencialmente dois grandes fatores: constância ou estabilidade das variáveis
externas, isto é, durante algum tempo as variáveis externas (as variáveis que o
individuo não controla), mantiveram-se estáveis e constantes, levando o individuo
a um pensamento ingénuo que nunca mudarão, o que não é verdade.
O outro fator responsável pela
construção da zona de conforto é o “medo da frustração”. Isto é, ao longo do
tempo os objetivos do individuo são sempre os mesmos, e/ou não muito ambiciosos.
O individuo não quer correr riscos e deixa de sonhar alto, ou de definir
objetivos altos, já que requerem risco e desconforto. Assim este define
objetivos que considera sempre atingíveis.
A combinação da constância das
variáveis externas e o “medo da frustração”, permite assim ao individuo
encontrar uma serie de comportamentos, pensamentos, atitudes e ações, que lhe
proporcionam uma alta eficácia a atingir os seus objetivos “pouco ambiciosos”.
Permitindo-o realizar os seus objetivos com o mínimo de esforço e sem correr
riscos, acreditando que nunca mais necessitaram de alterar o seu desempenho.
Porque é importante sair da zona de
conforto?
Estar na zona de conforto, não é
“mau”, nem prejudica diretamente os indivíduos. Contudo a segurança e a
evitação de riscos, proporciona uma falta segurança.
Determinado comportamento, ação ou
pensamento é eficaz e eficiente, devidamente “encaixado” e contextualizado por
um conjunto específico de fatores externos. Podemos falar em contexto
socio-económico-temporal-geográfico, etc. Determinado comportamento e/ou ação
só tem sentido e é eficaz/eficiente quando estão presentes um conjunto de
fatores externos. Quando esses fatores se alteram, esses comportamentos, ações
e pensamentos tornam-se obsoletos e desprovidos de sentido.
Por mais constante e estáveis que
sejam os fatores externos, um dia vão mudar, acredite! Por isso o melhor é
acompanharmos essa mudança, com comportamentos, ações e pensamentos diferentes.
Além disso, atualmente as mudanças surgem a uma velocidade vertiginosa, logo a
necessidade se sermos flexíveis.
Os “grandes sonhos” implicam
necessariamente riscos! Se o seu sonho não implica riscos, possivelmente é
porque não é “grande”. E os “grandes sonhos” proporcionam uma motivação extra,
bem como um prazer extra quando atingidos. Logo, ninguém atinge “grandes
sonhos” sem sair da zona de conforto.
Porque esperemos resultados
diferentes, quando se faz sempre o mesmo?
Em cada uma das dimensões da nossa
vida, existe uma zona de conforto. Na dimensão profissional, relacional, da
saúde, entre outras, existem sempre uma zona de conforto.
Na dimensão da saúde por exemplo, em
muitos casos é fundamental alterar o estilo de vida, mais que o próprio
medicamento, para atingir a “cura” ou controlo da “doença”. Porém muitas vezes
a pessoa está tão “viciada” à zona de conforto que evita e combate toda e
qualquer mudança no estilo de vida.
Quando confrontadas com as
consequências da acomodação à zona de conforto. Surgem as questões: “Até
parece que eu quero estar doente?” ou “Até parece que eu quero estar
desempregado?”. É óbvio que não querem, porém o conjunto de
comportamentos, pensamentos e ações, acredite ou não, são responsáveis mais de
50% do seu estado atual.
O que é necessário para ser “sucesso”
nestas áreas da vida?
Há coisas que não podemos alterar,
como referi, porém controlamos o nosso comportamento e esse é possível de
mudar. Quando as coisas correm mal e necessitamos de resultados diferentes,
porque não agir ou pensar de forma diferente. Mesmo assim sem não conseguir? Questione-se
se foi o suficiente!
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