Essa premissa deveria levar as empresas a
investir mais no desenvolvimento da
capacidade de iniciativa e de ousadia do seu pessoal responsável tanto pela
criação e realização de programas internos, quanto pelo desenvolvimento e
lançamento de novos produtos e serviços.
Na maioria das empresas, muitas coisas deixam
de ser feitas por não se tentar fazê-las. E assim, ótimos negócios abortam
antes de serem propostos, produtos deixas de ser fabricados, serviços deixam de
ser oferecidos, projetos não saem do papel, boas idéias perdem-se em palavras
entusiasmadas, mas logo esquecidas.
Por que isso acontece, quando sabemos da ferrenha competitividade do mercado e da ânsia geral das empresas em lançar novidades?
Por que isso acontece, quando sabemos da ferrenha competitividade do mercado e da ânsia geral das empresas em lançar novidades?
A este respeito, gostaria de fazer alguns
comentários.
Alguns profissionais – apesar de altamente
competentes – têm como forte característica de personalidade o excesso de
cautela, de prudência - o que, não raro, deixa-os a um passo do tradicionalismo
e do convencionalismo. Tais profissionais limitam-se a fazer o óbvio, o lógico
e o convencional. Enquanto isso, outros profissionais pecam pelo extremo
oposto: são também competentes, mas inconseqüentemente ousados, aventureiros e
jogadores, correndo ou fazendo a empresa correr riscos desnecessários.
Bom, nem tanto ao céu, nem tanto à terra. Bom
senso e equilíbrio não fazem mal a ninguém.
Claro que aquela primeira e tímida postura não favorece em nada nenhum tipo de crescimento ou desenvolvimento. Nada teria sido inventado ou descoberto ao longo de toda a história da humanidade – em qualquer área e segmento da vida humana – se arrojados pioneiros não tivessem tentado ações consideradas como "absurdas" e "impossíveis". Eu penso nisso toda vez que vou colocar minhas lentes de contato. Já pensaram na reação da equipe daquele "louco" quando, pela primeira vez, teve a "absurda" idéia de propor a fabricação de "pequenos círculos de vidro" para serem aplicados diretamente sobre nossos sensíveis olhos?
Claro que aquela primeira e tímida postura não favorece em nada nenhum tipo de crescimento ou desenvolvimento. Nada teria sido inventado ou descoberto ao longo de toda a história da humanidade – em qualquer área e segmento da vida humana – se arrojados pioneiros não tivessem tentado ações consideradas como "absurdas" e "impossíveis". Eu penso nisso toda vez que vou colocar minhas lentes de contato. Já pensaram na reação da equipe daquele "louco" quando, pela primeira vez, teve a "absurda" idéia de propor a fabricação de "pequenos círculos de vidro" para serem aplicados diretamente sobre nossos sensíveis olhos?
Para dar um exemplo mais atual: até há pouco
tempo, alguém pensaria ser possível, viável ou lucrativo fabricar uma máquina
fotográfica sem filme? E,
no entanto, estão aí as câmeras digitais vendendo que nem água (a propósito,
água vende muito?). É por essas e outras que acriatividade anda em alta nas empresas. O mercado está
apinhado de livros,
consultores, cursos e palestras sobre o tema. E isso é muito bom, porque ainda
tem muita coisa para ser renovada, recriada, repensada e mesmo criada nos
processos administrativos e operacionais das empresas. E há principalmente
muita coisa para ser descoberta ou inventada e oferecida a um mercado sempre
receptivo a novidades interessantes ou úteis.
Nos meus tempos de consultor, eu me divertia
muito falando sobre criatividade.
Até porque criatividade é algo intimamente relacionado com alegria e bom humor. Não existem
pessoas mal-humoradas que sejam criativas – e vice-versa. Pessoas mal-humoradas
costumam ser formais; pessoas formais têm o pensamento essencialmente linear. E
a criatividade movimenta-se através de caminhos tortuosos e imprevisíveis.
Loooogo...
Como estava dizendo, desde que as aprendi,
sempre usei e até hoje recomendo três
perguntas "mágicas" para ajudar no desabrochar da
criatividade. Acho mesmo que todo profissional que trabalha com propaganda, marketing, pesquisa, criação, desenvolvimento de
projetos, produtos e serviços, deveria imprimir estas três perguntas em letras
garrafais e afixá-las em sua sala de trabalho, em lugar bem visível.
PRIMERA PERGUNTA:
"E SE...?" – Tudo aquilo que um dia criou-se e se
inventou começou por essa pergunta. E se... fabricássemos um carro que voa?
Veio o primeiro e rudimentar avião. E se fabricássemos uma caixa através da qual a gente pudesse
ouvir e ver imagens? Veio a televisão. E se fossemos até Marte? E se desintegrássemos o átomo? E se misturarmos "a" com "b"? E se adicionarmos...? Faça uma
experiência prática na sua casa: nestes dias chuvosos de inverno, quando toda a
família está sem poder sair, reúna o pessoal e convide todo mundo a dar idéias
a respeito de como preencher criativamente o tempo, começando a sugestão sempre por E se...?.
SEGUNDA PERGUNTA:
"E POR QUE NÃO?" - A melhor idéia do mundo não resultará
em nada se a reação interior de quem a propõe não for "E por que não?". Ou seja, a
própria pessoa precisa acreditar no seu taco. A mesma reação é esperada da
equipe de trabalho: "E por que
não?". Repito: num processo criativo, após você expressar sua
idéia, é absolutamente indispensável que a reação da sua equipe seja: "E POR QUE NÃO?". Esta reação
significa um voto de confiança na
sua idéia. Significa: "Sim, por
que não tentar?" ou então, "Ok, vamos examinar melhor essa idéia e ver no que dá!". Sem
esta postura receptiva, a boa idéia "morre" ali mesmo. É muito fácil "matar" uma boa idéia. Basta
alguém retrucar, secamente, com uma das frases abaixo:
* Não dá.
* Não pode.
* Não funciona.
* Não dá certo.
* Não acredito nisso.
* Não tem mercado.
* Não é possível.
* É muito difícil.
* Não compensa.
* Não faz sentido.
* Não pode.
* Não funciona.
* Não dá certo.
* Não acredito nisso.
* Não tem mercado.
* Não é possível.
* É muito difícil.
* Não compensa.
* Não faz sentido.
TERCEIRA PERGUNTA:
"E QUE MAIS?" - Não basta apenas uma ótima idéia. Precisamos de
várias. Dezenas, centenas, um monte delas. Quanto mais, melhor. Depois, que seja feita uma lista delas e
sejam definidas prioridades.
O passo seguinte deste processo de resposta
às três perguntas, é aação. É o fazer acontecer. Idéias maravilhosas
que não resultam em ações, não passam de brincadeira de "vamos ver quem é mais gênio?".
Finalizando: quantas vezes você não já se
surpreendeu diante do anúncio de um produto ou serviço inovador e se
perguntou:"Caramba! Como ninguém
pensou nisso antes?. Se isso acontece com relação a um produto ou
serviço que não tem nada a ver com o que se fabrica na sua empresa, menos mal.
Chato mesmo é quando se trata de um produto da concorrência. Você não vai
esperar que isso aconteça, vai?
Floriano Serra
Floriano Serra, psicólogo, consultor de empresas para processos comportamentais, palestrante e articulista, autor de vários livros sobre comportamento humano. É especializado em Análise Transacional e Programação Neuro Linguística. Tem pós-graduação em Marketing. Já foi Diretor Corporativo de Recursos Humanos de várias empresas nacionais e multinacionais. Em 1996, pela sua atuação inovadora em RH, recebeu o Prêmio Destaque RH do Ano, outorgado pela revista Gestão Plus & RH em Síntese. Atualmente Floriano é diretor-presidente do IPAT - Instituto Paulista de Análise Transacional (www.ipat.com.br) e da SOMMA4 Consultoria para Desenvolvimento Pessoal e Organizacional. Com frequência, ministra palestras e seminárioscomportamentais"in company" em todo o Brasil, presta consultoria em Recursos Humanos e Processos Comportamentais, realiza "coatching" e aconselhamento para executivos e continua escrevendo livros e artigos - inclusive mantendo colunas fixas em algumas revistas e sites.
Floriano Serra, psicólogo, consultor de empresas para processos comportamentais, palestrante e articulista, autor de vários livros sobre comportamento humano. É especializado em Análise Transacional e Programação Neuro Linguística. Tem pós-graduação em Marketing. Já foi Diretor Corporativo de Recursos Humanos de várias empresas nacionais e multinacionais. Em 1996, pela sua atuação inovadora em RH, recebeu o Prêmio Destaque RH do Ano, outorgado pela revista Gestão Plus & RH em Síntese. Atualmente Floriano é diretor-presidente do IPAT - Instituto Paulista de Análise Transacional (www.ipat.com.br) e da SOMMA4 Consultoria para Desenvolvimento Pessoal e Organizacional. Com frequência, ministra palestras e seminárioscomportamentais"in company" em todo o Brasil, presta consultoria em Recursos Humanos e Processos Comportamentais, realiza "coatching" e aconselhamento para executivos e continua escrevendo livros e artigos - inclusive mantendo colunas fixas em algumas revistas e sites.
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