29/11/2007

A EVOLUÇÃO DOS RECURSOS HUMANOS


A Evolução do RH - da década de 30 até o século XXI

por Juliana Ricci
Reflexão e crítica sobre o universo de Recursos Humanos desde o início da proliferação das empresas no Brasil até os tempos atuais. Esse foi o conteúdo da palestra ministrada em São Paulo pelo especialista Joaquim Patto, consultor da Mercer Human Resource Consulting e profissional com 40 anos de experiência na área.
Durante 2 horas, Patto falou sobre "A Evolução do RH: da década de 30 do século XX até a 1º década do século XXI" e mostrou o quanto essa área já mudou de perfil - e as consequências dessas mudanças.
Em seu primeiro dia de trabalho como selecionador, na Light - nome da empresa estadual de energia elétrica na época -, em agosto de 1965, o especialista recebeu a seguinte orientação de seu chefe: ficar atento à carteira profissional do candidato e ao número de anos que ele tinha permanecido em cada empresa; fazer a entrevista bem de perto, para ver se o candidato não cheirava a pinga e contar uma boa piada para fazê-lo rir e avaliar sua saúde a partir da qualidade de seus dentes.
Desde então, realmente muita coisa mudou nos processos de Recursos Humanos, porém o foco central - administrar pessoas - continua sendo o eterno desafio. Como fazer isso cada vez melhor? A evolução da área ao longo do tempo levou Patto ao conceito de "pensar o RH de forma diferente". Conheça aqui as principais características do setor de Recursos Humanos desde a década de 30 e conheça a nova forma e pensar o RH:
Década de 30

O RH era constituído pelos donos das empresas. Inspirados no Fascismo, utilizavam-se da máxima "manda quem pode, obedece quem tem juízo". Apesar da tirania, era uma área centrada nos resultados.
Década de 40

O RH era constituído por advogados, especialistas em entender as leis para não cumprí-las. Getúlio Vargas promulga a CLT, inspirada na carta fascista de Mussolini. Surgem as primeiras juntas trabalhistas e as primeiras reclamações. É um momento marcado pelo antagonismo entre as partes.
Década de 50

O RH era constituído por engenheiros. Fase de industrialização do País onde o Rh se resume a estudos de tempo e movimento. Para as empresas, os Recursos Humanos não são pessoas, mas sim processos. Taylor e Fayol, autores da Teoria Geral da Administração e estudiosos da Administração como ciência são os gurus da época.
Década de 60

Costuma-se chamar de década perdida, já que a filosofia "Paz e Amor" dos hippies transformou-se no Brasil em "Paz dos sindicatos e amor da polícia", brincou Patto numa referência ao surgimento dos sindicatos e à repressão da ditadura. As empresas descobrem o trabalho em equipe e pela primeira vez não fazem RH pensando só em si mesmas mas principalmente no sindicato patronal e no de funcionários.
Década de 70

O RH é constituído por Administradores de empresas e segundo o palestrante, muitos deles cometeram vários erros. "Eles mediam o próprio poder pelo tamanho da estrutura que tinham para gerenciar, então os organogramas das corporações eram imensos e inchados desnecessariamente", conta Patto.
Década de 80

O RH é constituído por psicólogas, em princípio capazes de gerenciar a crise existencial que abate os profissionais do setor. A origem dessa crise está no nascimento de um RH revolucionário, preocupado com os parceiros internos, descobridor das pessoas como os verdadeiros recursos humanos e dos interesses dos acionistas, mas ao mesmo tempo incapaz de lidar com tudo isso e com processos, leis e sindicatos ao mesmo tempo.
Década de 90

Surgem novas idéias e a contradição RH mocinho X RH bandido. Década das fusões, aquisições e terceirizações. Nasce o serviço de Outplacement como tentativa de minimizar os efeitos das demissões. Os profissionais de RH buscam, muitas vezes equivocadamente, metodologias para integrar as pessoas, aliviar o stress, testar os limites e abrir cada ser humano por completo diante de seus colegas. Algumas dessas ferramentas provocaram uma superexposição nada benéfica das pessoas em seus ambientes de trabalho. Com isso, o comprometimento e a credibilidade da área ficam abalados e a crise continua.
1º década do século XXI

É o momento de pensar o RH de forma diferente. Para isso, Joaquim Patto sugere 6 esferas de excelência:
1. Excelência na liderança:Essa é a década dos líderes e se o profissional de RH não for reconhecido como líder, a atuação do RH certamente será fraca. Ele tem 2 caminhos para conseguir isso: por imposição ou por conquista - e isso independe de formação acadêmica porque é algo ligado ao carisma. Somente com liderança o RH terá credibilidade e conquistará o comprometimento dos profissionais.
2. Excelência nos resultados:É preciso ficar provado que a ação do RH tem alto impacto nos negócios da empresa e que o RH também é um setor "fazedor" de negócios. A área, assim como as outras, também compra soluções, vende idéias e terceiriza operações. Joaquim Patto lembrou que profissionais da área de Humanas geralmente não se dão bem com os números, por isso alguns psicólogos da área de RH não conseguem ou não descobrem como medir resultados. "Também por isso os profissionais de outras áreas, os engenheiros e administradores, por exemplo, estão voltando a atuar em Recursos Humanos", disse o consultor.
3. Excelência nas Transações"Tudo o que você puder colocar na prateleira, tire de suas mãos e deixe seu tempo livre para pensar", aconselhou Patto. Ele garantiu que muitos gerentes e diretores passam a maior parte de seu tempo cuidando de transações burocráticas ou que poderiam estar nas mãos de outras pessoas. Com isso, jogam fora o tempo que poderiam usar para planejar as estratégias da área. As pesquisas salariais foram um exemplo utilizado para para demonstrar essa situação.
O palestrante lembrou que diretores de RH não precisam perder tempo respondendo pesquisas salariais, já que podem treinar alguém para fazer isso e depois se ocuparem apenas com a análise dos resultados. "Alguns profissionais enxergam as transações como símbolo de poder. Assinar uma promoção ou autorizar uma modificação é algo que os engrandece. Mas muitas empresas que pensam o RH de forma diferente já colocaram processos inteiros na Internet, por exemplo, e customizam suas transações para otimizar seu tempo", disse ele.
4. Excelência nas ParceriasA organização precisa estar alinhada internamente para que isso se reflita nas parcerias externas. Patto afirmou que é preciso derrubar urgentemente o mito do "Todos somos iguais", porque os diferentes perfis profissionais exigem tratamento diferenciado. "Somente os valores devem ser únicos dentro das empresas. As políticas de salário e outros tipos de recompensa devem ser próprias para o perfil dos profissionais de cada área, porque seus interesses são diferentes", garantiu ele.
5. Excelência nas soluçõesA sugestão para a definição de soluções para a empresa ficou por conta dos Comitês Multi-disciplinares. Para Patto, os especialistas nas diversas área do RH desaparecerão e a decisões serão tomadas por um grupo que reunirá profissionais generalistas (atuantes em RH mas conhecedores da área que precisa ser atendida) com parceiros internos interessados (profissionais das áreas que estão sendo atendidas naquele momento) e parceiros externos, além dos parceiros internos de outras áreas que estejam envolvidas na decisão. São visões diferentes que contribuirão para a tomada de decisão.
6. Excelência em TalentosO RH que pensa diferente é aquele que lapida os talentos da empresa. É preciso, segundo o consultor da Mercer, enxergar os talentos que se sobressaem, que garantem e vão continuar garantindo o diferencial da empresa, e tratá-los com muita atenção, inclusive oferecendo coaching constante. Isso porque caso não sejam reconhecidos e estimulados em seus planos profissionais, esses talentos serão perdidos.

RELAÇÕES HUMANAS DE ALTO NÍVEL.



Estamos todos tão juntos e, no entanto, estamos morrendo de solidão. Nós temos escolha: podemos escolher a alegria em vez da tristeza, a felicidade em lugar do desespero, o riso em lugar das lágrimas, o trabalho em lugar da apatia.
Para mantermos um relacionamento interpessoal de alto nível, é importante valorizar as pessoas com as quais mantemos contato. Se Você desejar ser líder, ou mesmo, uma pessoa bem relacionada e de sucesso na vida, é fundamental desenvolver uma personalidade positiva, bem como aplicar diariamente os princípios abaixo expostos:


Cumprimente as pessoas com um sorriso, ficando feliz ao vê-las.
Chame as pessoas pelo seu nome.
Interesse-se realmente pelos outros.
Faça as pessoas sentirem que elas têm valor.
Incentive as pessoas para o sucesso.
Elogie as pessoas pelo que elas têm de bom.
Escute as pessoas com atenção, procurando fazer com que elas falem sobre si mesmas.
Seja humilde e esteja disposto a aprender mais com todos que encontrar.
Considere os sentimentos e opiniões das outras pessoas, nunca se envergonhe.
Fale de seus próprios erros e limitações.
Ajude as pessoas a superarem seus problemas, e a conseguirem o que elas querem.
Mantenha o seu bom humor em todas as circunstâncias, mesmo em frente às dificuldades.
Seja cordial, alegre e otimista, faça com que sua presença seja bem vinda.
Descubra em primeiro lugar os pontos em comum, e após veja as divergências.
Seja cauteloso ao criticar.
Não leve tudo tão a sério, simplifique.
Agradeça tudo o que receber.
Torne-se uma pessoa interessante.
Aprenda a se divertir, a valorizar seu corpo e a si mesmo.
Desenvolva uma personalidade positiva.

28/11/2007

5 S PARA MELHORAR A SUA VIDA.



Melhorar a qualidade significa, antes de mais nada, "arrumar a casa" ou fazer "hausekeeping", como se diz em inglês. As empresas japonesas descobriram um modo prático e objetivo de arrumar a casa, utilizando um recurso de memorização: 5 S, iniciais de 5 palavras japonesas que amparam o programa de arrumação. Você pode aplicar os 5 S para arrumar sua vida. Veja como, nessas dicas extraídas de orientações do professor D. H. Lorenzetti, consultor especializado em produtividade e em cultura gerencial japonesa, titular do INPG - Instituto Nacional de Pós Graduação. E maneira sucinta podemos dizer que o SEIRI refere-se às atividades de eliminação do que é supérfluo, o SEITON às atividades de ordenação das coisas (arrumação em seus lugares devidos), o Seixo às atividade de limpeza e arrumação do lugar de trabalho, o SEIKETSU à higiene e à aparência pessoal e SHITSUKE às atividade de desenvolvimento e manutenção da disciplina e do profissionalismo no ambiente de trabalho.
Seiri - Senso de Utilidade
Fazer "SEIRI" significa descartar o que não apresenta utilidade. Muitos de nós temos um tendência quase "psicopata" de acumular quinquilharias e inutilidades que acabam por ocupar nosso espaço, nosso tempo e nosso dinheiro! Pior: desvia a atenção do essencial e contribui para abaixar o moral. A dificuldade de se encontrar um documento ou uma ferramenta, o desânimo que o aspecto carregado de determinadas áreas cheias de peças e equipamentos acaba por gerar na força de trabalho, a necessidade de se custear maiores áreas para a guarda de materiais, documentos, livros e equipamentos desnecessários são exemplos nas quais o SEIRI deve ser aplicado.
Na prática: Escolha uma área de sua vida para iniciar o trabalho do SEIRI - iniciando por uma área bem crítica para que todos percebam claramente os resultados.
Classifique objetos - documentos, roupas, máquinas, móveis, instrumentos - segundo uma escala de 1 a 5:
Absolutamente necessários
Necessários
Pouco necessários
Não necessários
Absolutamente desnecessários.
Defina então:
O que deve ser mantido - deixe tudo isso em perfeita ordem e limpeza.
O que deve ser doado ou jogado fora.
Faça isso pelo menos uma vez por ano.
Seiton - Senso de arrumação
Fazer "SEITON" significa organizar, colocar as coisas em ordem, arrumar tudo em seu devido lugar. Tudo deve ser sempre disponível e com acesso fácil próximo ao local onde ocorre a ação ("gemba"), onde é efetivamente necessário.
Na prática: Defina com racionalidade os lugares em que os objetos deverão ficar. Movimentos deverão ser reduzidos, no usos, bem como no esforço.
Defina a quantia ideal para cada coisa - ela deve ser reduzida ao mínimo.
Tudo o que for usado deve voltar ao lugar certo imediatamente após o uso.
Seiso - Senso de limpeza
Fazer "SEISO" significa manter limpo e arrumado o ambiente de trabalho. Muitas donas-de-casa costumam cozinhar, e concomitantemente, limpar e guardar panelas e utensílios, limpar o chão da cozinha etc. Visam garantir a limpeza e o aspecto geral do local de trabalho. Antes, durante ou depois de uma dia de trabalho a limpeza e a ordem devem ser priorizadas para que tenhamos um bom ambiente físico e qualidade de vida no trabalho.
Na prática:
Crie normas e procedimentos para a manutenção de tudo limpo e em ordem;
Envolva as outras pessoas nesse processo;
Reserve algum tempo do dia para a limpeza e ordenação das coisas.
Seiketsu - Senso de asseio pessoal
Fazer "SEIKETSU" significa preocupar-se e cuidar do asseio aparência pessoal.
Na prática:
Atente para todos os detalhes de sua aparência pessoal - e mantenha uma rigorosa disciplina de cuidados diários;
Mantenha a regularidade na visita ao cabeleireiro, dentista;
Cuidados especiais e rigorosos com mãos e pés, escovação de dentes, asseio das roupas, barba.
Shitsuke - disciplina, consciente, autodisciplina
Fazer "SHITSUKE" significa, criar, educar, treinar, disciplinar. Só se consegue um bom desempenho e uma boa atitude profissional através de constante prática e aperfeiçoamento.
Na prática:
Incorpore os princípios dos 5 S, como uma filosofia de vida;
Invista em sua mudança pessoal rumo ao aperfeiçoamento constante;
Busque desenvolver, assumir e manter padrões éticos de conduta e focalize seu conhecimento sem visar resultados imediatistas.
Através desses mecanismos simples a pessoa consegue manter sua mente mais arejada e sua produtividade aumenta.

5 S




PROGRAMA 5 S
O programa “5 S” nasceu em maio de 1950 com o Dr. Kaoru Yshikawa e foi introduzido nas empresas japonesas no fim da década de 50, com excelentes resultados.
1.SEIRI (Descarte)
Distinguir o necessário do desnecessário e eliminar o
desnecessário:
Reduz a necessidade de espaço, estoque, gastos com sistemas de armazenamento e transporte;
Facilita o transporte interno, o arranjo físico, o controle da produção e a execução do trabalho no tempo previsto;
Evita a compra de materiais e componentes em duplicidade e também os danos a materiais ou produtos armazenados;

2. SEITON (Arrumação ou Organização)
Menor tempo de busca do que é preciso para operar
Definir um arranjo simples que permita obter apenas o que você precisa, na hora certa
“Um lugar para cada coisa e cada coisa em seu lugar”

2. SEITON (Arrumação ou Organização)
Evita a compra de matérias-primas e componentes desnecessários e os danos a materiais ou produtos armazenados;
Aumenta a produtividade das pessoas e equipamentos;
Maior racionalização do trabalho, menor cansaço físico e mental, melhor ambiente.

3. SEISO (Limpeza)
Eliminar o lixo, a sujeira e os materiais
estranhos, tornando o local de trabalho
mais limpo. Limpeza como uma forma de inspeção
de equipamentos e materiais:
Aumenta a produtividade das pessoas e equipamentos e permite maior aproveitamento das matérias-primas;
Facilita a credibilidade nos serviços;
Evita perdas e danos de matérias-primas e produtos;
É fundamental para a imagem interna e externa do laboratório.

3. SEISO (Limpeza)
Um ambiente limpo é direito de todos.
É portanto dever de todos participar da limpeza, com zelo e atenção.
Cada um é responsável pelo seu equipamento e pelo seu local de trabalho.
Cantinhos não devem ficar fora.
A partir desse momento cada um é responsável pela conservação do local limpo e combater as fontes de sujeira.

4.SEIKETSU (Higiene, saúde e asseio)
Manter as coisas organizadas, arrumadas e limpas, incluindo os
aspectos pessoais e os relacionados à poluição:
Facilita a segurança e o melhor desempenho das pessoas;
Evita danos à saúde do funcionário e do cliente;
Melhora a imagem do laboratório para os clientes internos e
externos;
Eleva o nível de satisfação e motivação do pessoal para com o trabalho e o laboratório.

5.SHITSUKE
(Auto-disciplina e Ordem mantida)
Fazer naturalmente a coisa certa:
Reduz a necessidade de controle;
Facilita a execução de toda e qualquer tarefa ou operação;
Evita perdas oriundas do não surgimento de rotinas;
Traz previsibilidade do resultado final de qualquer
operação;
Permite que os produtos fiquem dentro dos requisitos de qualidade, reduzindo a necessidade de controles etc.

“5 S” na área administrativa
Reduzir o número de livros contábeis, formulários,materiais e afins.
Eliminar todo o acervo desnecessário.
Livrar-se de todos os documentos, arquivos, materiais desnecessários e descobrir uma melhor forma de
guardar as coisas.
As pessoas devem ser capazes de encontrar
qualquer coisa de que precisem em 30
segundos.
RABISCADO POR MIM, GABI GABRIELA.

ESPINHA DE PEIXE


Diagrama de Ishikawa ou Espinha-de-peixe é uma ferramenta gráfica utilizada pela Administração para o Gerenciamento e o Controle da Qualidade (CQ) em processos diversos. Originalmente proposto pelo engenheiro químico Kaoru Ishikawa em 1943 e aperfeiçoado nos anos seguintes. Também é conhecido como: diagrama causa-efeito, diagrama 4M, diagrama 5M e diagrama 6M.
Este diagrama é conhecido como 6M pois, em sua estrutura, todos os tipos de problemas podem ser classificados como sendo de seis tipos diferentes:
* Método
* Matéria-prima
* Mão-de-obra
* Máquinas
* Medição
* Meio ambiente
Este sistema permite estruturar hierarquicamente as causas de determinado problema ou oportunidade de melhoria, bem como seus efeitos sobre a qualidade. Permite também estruturar qualquer sistema que necessite de resposta de forma gráfica e sintética.
O diagrama pode evoluir de uma estrutura hierárquica para um diagrama de relações, uma das sete ferramentas do Planejamento da Qualidade ou Sete Ferramentas da Qualidade por ele desenvolvidas, que apresenta uma estrutura mais complexa, não hierárquica.
Ishikawa observou que embora nem todos os problemas pudessem ser resolvidos por essas ferramentas, ao menos 95% poderiam ser, e que qualquer trabalhador fabril poderia efetivamente utilizá-las. Embora algumas dessas ferramentas já fossem conhecidas havia algum tempo, Ishikawa as organizou especificamente para aperfeiçoar o Controle de Qualidade Industrial nos anos 60.
Talvez o alcance maior dessas ferramentas tenha sido a instrução dos Círculos de Controle de Qualidade (CCQ). Seu sucesso surpreendeu a todos, especialmente quando foram exportados do Japão para o ocidente. Esse aspecto essencial do Gerenciamento da Qualidade foi responsável por muitos dos acréscimos na qualidade dos produtos japoneses, e posteriormente muitos dos produtos e serviços de classe mundial, durante as últimas três décadas.
Os seis grupos de causas geralmente utilizados são os 6M’s : método, máquina, medida, meio ambiente, mão-de-obra e matéria prima.
Em alguns casos nem todos estes grupos estarão presentes, mas com certeza alguns deles serão utilizados. Para homogeneizar os termos, abaixo estão as definições adotadas pelo BIM para cada grupo de causas :
MÉTODO : a forma como o processo analisado é realizado, a organização das informações e do trabalho.
MÁQUINA : todos os equipamentos e sistemas (informática, telecomunicações, etc.) utilizados para a realização do trabalho.
MEDIDA : de que forma o resultado é medido, a supervisão do comportamento do processo.
MEIO-AMBIENTE : características físicas do ambiente de trabalho (temperatura, ruídos, iluminação, etc.) , bem como a relação as pessoas da organização (motivação, remuneração, relação entre diferentes níveis hierárquicos).
MATÉRIA-PRIMA : característica dos insumos necessários para a realização do processo.
RESULTADO : o efeito do conjunto de fatores, desejáveis e não-desejáveis, listados acima.
O nível de detalhamento do diagrama de causa-efeito dependerá da aplicação e dos dados que se possui.
Aplicação:
O diagrama de causa-efeito permite que sejam sugeridas possíveis causas de um problema para que sejam posteriormente confrontadas com os dados coletados.
Na estrutura o diagrama de causa-efeito é utilizado, portanto, na determinação das causas das barreiras que foram identificadas previamente.
Etapas de Construção:
1. Determinar o resultado ou efeito indesejado do processo que se deseja investigar.
2. Buscar opiniões para possíveis causas de cada um dos 6 grupos (6M’s).
3. Desmembrar as causas em sub-causas (espinhas menores) , até o nível desejado.
4. Desenhar o diagrama de causa-efeito.


RABSISCADO POR MIM, GABI GABRIELA.

27/11/2007

Ciclo PDCA para melhorias:


Ciclo PDCA para melhorias:
É necessário lembrar que:
A melhoria contínua ocorre quanto mais vezes for executado o Ciclo PDCA, e otimiza a execução dos processos, possibilita a redução de custos e o aumento da produtividade.
A aplicação do Ciclo PDCA a todas as fases do projeto leva ao aperfeiçoamento e ajustamento do caminho que o empreendimento deve seguir;
As melhorias também podem ser aplicadas aos processos considerados satisfatórios; e
As melhorias gradativas e contínuas agregam valor ao projeto e asseguram a satisfação dos clientes. Fonte:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ciclo_PDCA, acessado em 25/09/07.
http://paginas.terra.com.br/negocios/processos2002/ciclo_pdca.htm, acessado em 25/09/07
http://pmies.org.br/v2/centraladm/artigos/arquivos/20-09_Ciclo_PDCA_-_Um_instrumento_para_melhoria_continua.pdf , acessado em 25/09/07

Ciclo PDCA



O ciclo PDCA , ciclo de Shewhart ou ciclo de Deming , foi introduzido no Japão após a guerra, idealizado por Shewhart, na década de 20, e divulgado por Deming, em 1950, quem efetivamente o aplicou. O ciclo de Deming tem por princípio tornar mais claros e ágeis os processos envolvidos na execução da gestão, como, por exemplo, na gestão da qualidade , dividindo-a em quatro principais passos.
O PDCA é aplicado principalmente nas normas de sistemas de gestão e deve ser utilizado (pelo menos na teoria) em qualquer empresa de forma a garantir o sucesso nos negócios, independentemente da área ou departamento ( vendas , compras , engenharia , etc...).
O ciclo começa pelo planejamento, em seguida a ação ou conjunto de ações planejadas são executadas, checa-se o que foi feito, se estava de acordo com o planejado, constantemente e repetidamente (ciclicamente) e toma-se uma ação para eliminar ou ao menos mitigar defeitos no produto ou na execução.
Os passos são os seguintes:
Plan (planejamento) : estabelecer missão, visão, objetivos (metas), procedimentos e processos (metodologias) necessárias para atingir os resultados.
Do (execução) : realizar, executar as atividades.
Check (verificação) : monitorar e avaliar periodicamente os resultados, avaliar processos e resultados, confrontando-os com o planejado, objetivos, especificações e estado desejado, consolidando as informações, eventualmente confeccionando relatórios.
Act (ação) : Agir de acordo com o avaliado e de acordo com os relatórios, eventualmente determinar e confeccionar novos planos de ação, de forma a melhorar a qualidade, eficiência e eficácia , aprimorando a execução e corrigindo eventuais falhas
Passo 1: PLANEJAR (PLAN)
Este passo é estabelecido com bases nas diretrizes da empresa. Quando traçamos um plano, temos três pontos importantes para considerar:
a) Estabelecer os objetivos, sobre os itens de controle;
b) Estabelecer o caminho para atingi-los;
c) Decidir quais os métodos a serem usados para consegui-los.
Após definidas estas metas e os objetivos, deve-se estabelecer uma metodologia adequada para atingir os resultados.
Há dois tipos de metas:
Metas para manter;
Metas para melhorar;
Metas para manter
Exemplos de metas para manter : Atender ao telefone sempre antes do terceiro sinal . Estas metas podem também ser chamadas de "metas padrão". Teríamos, então, qualidade padrão, custo padrão, prazo padrão, etc.
O plano para se atingir a meta padrão é o Procedimento Operacional Padrão (POP) . O conjunto de procedimentos operacionais padrão é o próprio planejamento operacional da empresa.
O PDCA utilizado para atingir metas padrão, ou para manter os resultados num certo nível desejado, pode então ser chamado de SDCA (S de standard).
Metas para melhorar
Exemplos de metas para melhorar : Reduzir o desperdício em 100 unidades para 90 unidades em um mês ou Aumentar a produtividade em 15% até dezembro.
De modo a atingir novas metas ou novos resultados, a "maneira de trabalhar" deve ser modificada; por exemplo, uma ação possível seria modificar os Procedimentos Operacionais Padrão .
Passo 2: EXECUTAR O PLANO (DO)
Neste passo pode ser abordado em três pontos importantes:
a) Treinar no trabalho o método a ser empregado;
b) Executar o método;
c) Coletar os dados para verificação do processo;
Neste passo devem ser executadas as tarefas exatamente como estão previstas nos planos.
Passo 3: VERIFICAR OS RESULTADOS (CHECK) -
Neste passo, verificamos o processo e avaliamos os resultados obtidos:
a) Verificar se o trabalho está sendo realizado de acordo com o padrão;
b) Verificar se os valores medidos variaram, e comparar os resultados com o padrão;
c) Verificar se os itens de controle correspondem com os valores dos objetivos.
Passo 4: FAZER AÇÕES CORRETIVAS (ACT)
Tomar ações baseadas nos resultados apresentados no passo 3;
a) Se o trabalho desviar do padrão, tomar ações para corrigir estes;
b) Se um resultado estiver fora do padrão, investigar as causas e tomar ações para prevenir e corrigi-lo;
c) Melhorar o sistema de trabalho e o método.

Os 14 princípios de Deming


Os denominados "14 princípios", estabelecidos por Deming, constituem o fundamento dos ensinamentos ministrados aos altos executivos no Japão, em 1950 e nos anos subseqüentes. Esses princípios constituem a essência de sua filosofia e aplicam-se tanto a organizações pequenas como grandes, tanto na indústria de transformação como na de serviços. Do mesmo modo, aplicam-se a qualquer unidade ou divisão de uma empresa.
São os seguintes:

1º princípio: Estabeleça constância de propósitos para a melhoria do produto e do serviço, objetivando tornar-se competitivo e manter-se em atividade, bem como criar emprego;
2º princípio: Adote a nova filosofia. Estamos numa nova era econômica. A administração ocidental deve acordar para o desafio, conscientizar-se de suas responsabilidades e assumir a liderança no processo de transformação;
3º princípio: Deixe de depender da inspeção para atingir a qualidade. Elimine a necessidade de inspeção em massa, introduzindo a qualidade no produto desde seu primeiro estágio;
4º princípio: Cesse a prática de aprovar orçamentos com base no preço. Ao invés disto, minimize o custo total. Desenvolva um único fornecedor para cada item, num relacionamento de longo prazo fundamentado na lealdade e na confiança;
5º princípio: Melhore constantemente o sistema de produção e de prestação de serviços, de modo a melhorar a qualidade e a produtividade e, conseqüentemente, reduzir de forma sistemática os custos;
6º princípio: Institua treinamento no local de trabalho;
7º princípio: Institua liderança. O objetivo da chefia deve ser o de ajudar as pessoas e as máquinas e dispositivos a executarem um trabalho melhor. A chefia administrativa está necessitando de uma revisão geral, tanto quanto a chefia dos trabalhadores de produção;
8º princípio: Elimine o medo, de tal forma que todos trabalhem de modo eficaz para a empresa;
9º princípio: Elimine as barreiras entre os departamentos. As pessoas engajadas em pesquisas, projetos, vendas e produção devem trabalhar em equipe, de modo a preverem problemas de produção e de utilização do produto ou serviço;
10º princípio: Elimine lemas, exortações e metas para a mão-de-obra que exijam nível zero de falhas e estabeleçam novos níveis produtividade. Tais exortações apenas geram inimizades, visto que o grosso das causas da baixa qualidade e da baixa produtividade encontram-se no sistema, estando, portanto, fora do alcance dos trabalhadores;
11º princípio: Elimine padrões de trabalho (quotas) na linha de produção. Substitua-os pela liderança; elimine o processo de administração por objetivos. Elimine o processo de administração por cifras, por objetivos numéricos. Substitua-os pela administração por processos através do exemplo de líderes;
12º princípio: Remova as barreiras que privam o operário horista de seu direito de orgulhar-se de seu desempenho. A responsabilidade dos chefes deve ser mudada de números absolutos para a qualidade; remova as barreiras que privam as pessoas da administração e da engenharia de seu direito de orgulharem-se de seu desempenho. Isto significa a abolição da avaliação anual de desempenho ou de mérito, bem como da administração por objetivos
13º princípio: Institua um forte programa de educação e auto-aprimoramento
14º princípio: Engaje todos da empresa no processo de realizar a transformação. A transformação é da competência de todo mundo
Fonte: DEMING, W. E. Qualidade: A Revolução da Administração. Rio de Janeiro: Marques Saraiva, 1990.

22/11/2007

5W + 2H - Uma Ferramenta Simples e Útil, Já




Por Carlos Alberto de Faria

De vez em quando você:
- fica inseguro ao executar um trabalho?
- não sabe direito o que fazer?
Se por acaso isto acontece com você, vamos apresentar uma ferramenta simples e fácil, que pode ser usada sempre, só depende de você!
Leia com atenção! Vamos apresentar uma ferramenta de 1001 utilidades. Para qualquer trabalho. Em qualquer campo de atividade. Essa ferramenta pode dar mais segurança para você no seu trabalho do dia-a-dia!
A ferramenta, de 1001 utilidades, é o 5W+2H. Ela não é a pedra filosofal, é uma ferramenta prática e oriunda da área de qualidade.
A ferramenta é simples e fácil; basta responder 7 questões básicas: quem, o que, por que, quando, onde, como e quanto. Essa ferramenta está apresentada no quadro abaixo.
Quadro 1 - A Ferramenta 5W+2H
QUEM?
Who?
O QUE?
What?
POR QUE?
Why?
QUANDO?
When?
ONDE?
Where?
COMO?
How?
QUANTO?
How much?
O nome da ferramenta vem das iniciais das palavras em inglês, conforme pode ser visto no Quadro 1, acima.
Com estas 7 questões respondidas, muitas das dúvidas que temos, em atividades do dia a dia, simplesmente desaparecem.
Vejamos um exemplo prático: uma amiga minha pediu para ajudá-la a definir o que uma professora do 1º grau precisa fazer como planejamento escolar, e, em conjunto, fizemos este quadro:
Quadro 2 - O 5W+2H no esclarecimento do planejamento escolar
O QUE?
Planejamento escolar: Ato ou efeito de planejar as atividades escolares. Trabalho de preparação para atingir objetivos educacionais mensuráveis nos domínios cognitivo, afetivo e psicomotor, segundo roteiros e métodos que estejam de acordo com o perfil da população alvo e com as modernas técnicas de ensino. Elaboração por etapas, com bases técnico-pedagógicas, de planos, ações e programas com objetivos definidos de desenvolvimento, em seu mais amplo espectro, da pessoa humana.
QUEM?
Para toda pessoa ou instituição escolar que queira ou de quem seja exigido um comprometimento no alcance de um ou mais objetivos de desenvolvimento do ser humano.
POR QUE?
Para que se tenha garantia do atingimento dos objetivos principais (desenvolvimento do ser humano). Problemas encontrados no meio do caminho devem ser resolvidos com criatividade, mas essa criatividade e resolução de problemas tem que focar e estar coerente com os objetivos traçados inicialmente. O planejamento é uma ferramenta para se garantir o alcance dos objetivos de desenvolvimento do ser humano. O planejamento escolar ajuda a eliminar soluções impensadas, momentâneas ou pouco aderentes aos objetivos maiores desse planejamento.
QUANDO?
O planejamento deve ser feito a cada período de atividades: semestral, anual, trimestral, conforme o caso, ou ainda quando surgirem novos desafios ou novas situações. O planejamento não é imutável, pelo contrário, sempre que houver mudanças que justifiquem, o planejamento deve ser revisto para que os objetivos do planejamento sejam atingidos, pois a prioridade é alcançar o objetivo, não a manutenção do planejamento.
ONDE?
Em todas e quaisquer atividades escolares que exijam ação coordenada, esforços múltiplos entre um número grande de pessoas, dando consistência entre o discurso e a ação, por exemplo: todo corpo técnico-administrativo de uma instituição de ensino deve conhecer e praticar coerentemente todos os objetivos de desenvolvimento do ser humano da instituição e casar suas atividades interpessoais com a comunidade dentro dos parâmetros a que se propõem a instituição, sob o risco de pregar uma coisa e fazer outra.
COMO?
Iniciando o planejamento escolar, corrigindo rumos, aprendendo com a experiência própria e de outros, lendo outros planejamentos, livros, trabalhos, experimentando.
QUANTO?
O custo do planejamento escolar depende do que se está planejando: um treinamento, um planejamento anual de uma escola, etc. O que se sabe é que o custo do não planejamento é muito maior do que o custo do planejamento, pois quem não sabe para onde vai, qualquer lugar é ponto de chegada, a qualquer custo!
Note que a minha amiga já tinha as respostas dentro do seu conhecimento da área de planejamento escolar, a ferramenta serviu para clarear e sistematizar o seu conhecimento e as suas idéias.
Esta é uma das muitas aplicações possíveis para o 5W+2H. Quando você estiver em dúvida do que fazer ou como fazer, o que quer que seja, utilize-o.

Carlos Alberto de Faria é sócio diretor da Merkatus - Fonte: Merkatus

20/11/2007

O LÍDER E O ESPÍRITO DE EQUIPE


Por Roberto A. Santos
A unidade mínima da relação interpessoal - duas pessoas - já costuma ser fonte de muitos conflitos. A coisa se complica quando se trata de liderar um grupo maior. O líder tem, em seu papel de "coach", um de seus maiores desafios para gerar os resultados dele esperados. Certa vez, refletindo sobre os "mandamentos do espírito de equipe", cheguei a estes seis que tiveram importância fundamental em minha vida:


"Uma equipe é como um organismo vivo."... Um ser composto de partes interdependentes. Se uma delas estiver "doente", ou a interação entre elas estiver com problemas, o organismo como um todo, sofre.
A liderança tem como uma de suas missões mais importantes, desenvolver a empresa como uma equipe. Um grupo de pessoas alinhadas em torno de um objetivo e uma visão comum. Para ser capaz de realizar essa missão, o líder tem que se esforçar para que todos se sintam e ajam como órgãos interdependentes de um mesmo ser.


"O ser humano não é uma ilha".... A comunicação franca, o "feedback" autêntico, construtivo, na hora certa, são essenciais para a sobrevivência dos organismos e principalmente das equipes.
Infelizmente, não somos apenas aquilo que pensamos ou queremos ser, mas muitas vezes somos mais o que parecemos ser para os outros. Por isso, esclarecer sempre o que quisemos dizer e o que o outro entendeu é fundamental para o relacionamento da equipe. Falar o que pensamos de uma pessoa para ela e não dela para outros, é um mandamento, uma condição para não nos afogarmos pela falta de ética.


"Respeito é bom e nós gostamos."... Trate o outro como você gostaria de ser tratado. São tantas as maneiras de se dizer a mesma coisa -- por que é tão difícil praticá-la?
Respeito vem antes da cor, sexo, credo, classe social, escolaridade, título ou nível de cargo. O respeito que temos por escalões superiores de uma organização deve ser idêntico àquele dedicado ao colega do cargo mais simples. Tratar as pessoas diferentemente por estarem num escalão inferior é um pecado mortal para uma equipe.


"Todo mundo é inocente, até prova em contrário."...A rotulação precoce, o julgamento clandestino, a condenação sem provas e a sentença sem um veredicto são erros capitais do direito humano, no entanto, quantas vezes ignorado?
As pessoas são diferentes entre si, têm ritmos diferentes de um dia para o outro, têm prioridades e problemas distintos dos nossos, e nem ficamos sabendo ou procuramos entender -- pessoas diferentes -- rótulos injustos -- conclusões inadequadas, e já se tem uma equipe debilitada.


"Quando um não quer, dois não brigam"....Conflitos em equipes são inevitáveis, de nada adianta ignorá-los. O desafio é enfrentá-los abertamente, com respeito e profissionalismo, para que a equipe alcance seu melhor resultado.
A situação ideal é aquela em que os dois lados ganham. A vitória de um, às custas da derrota do outro, só pode interessar ao jogador individualista. A situação de Ganha-Ganha depende de que uma das partes dê o primeiro passo e proponha uma cooperação em que ambos ganhem um pouco e o coletivo, muito mais. O líder deve sempre reconhecer e celebrar uma realização individual, porém, antes dela, vem o espírito de equipe - deste, não se pode abrir mão.


"Corações, ouvidos, mentes e portas abertas".... Devemos estar sempre prontos para discutir com franqueza os conflitos e diferenças que temos, para não levar um caroço na garganta ou algo podre no estômago para casa.
Nenhuma empresa, chefe ou colega, tem o direito de fazer isso com outra pessoa. Os membros de uma equipe, inspirados pelo exemplo de seu líder, devem se dispor integralmente a dar e receber feedback -- os positivos e os negativos -- sempre com respeito e visando o crescimento da equipe. Esta é a chave para se manter o ambiente de trabalho como fonte de prazer e realização.

Roberto A. Santos é consultor com 28 anos de experiência em Recursos Humanos de organizações multinacionais de grande porte.
RABSICADO POR MIM, GABI GABRIELA.

MANDAMENTOS DO MARKETING PESSOAL


De acordo com Max Gehringer (consultor de carreira):
1º - Liderança
Algumas pessoas têm uma habilidade muito maior de influenciar as outras. "O João está sempre preocupado se a gente precisa de alguma coisa", comenta a caixa Laísa. "Ele socorre a gente", diz a caixa Ester. O João é um formador de opinião, e a empresa percebe isso rapidamente.
2º - Confiança
Quando eu pergunto "Quanto foi o jogo?", eu imediatamente olho para uma pessoa. Eu não falo assim: "quanto foi?", olhando ao redor. Essa é a pessoa em que nós confiamos.
3º - Visão
É alguém entender o que está fazendo e por que está fazendo, e sugerir pequenas mudanças para melhorar o próprio trabalho ou o trabalho dos colegas. Do que nós estamos falando? Pequenas idéias, uma por dia, de R$ 3. Muita gente fica esperando muito para ter uma grande idéia na vida de R$ 200 milhões e perde a oportunidade de ter a pequena idéia de todo dia.
4º - Espírito de equipe
É oferecer ajuda aos colegas, mesmo sem ser solicitado. De coração aberto, quantas pessoas realmente fazem isso?
5º - Maturidade
É saber solucionar conflitos sem provocar mais conflitos. "Ele prefere conversar e não resolver em discussão", diz o repositor de loja William Matias. "Um ajudando o outro é que a gente vai ser uma equipe melhor", acredita o repositor de loja Antônio Raimundo Nascimento.
6º - Integridade
É fazer o seu trabalho sem prejudicar ninguém. Não ser excessivamente ambicioso e atropelar quem aparece pela frente. Pesquisa instantânea de opinião: quem nunca foi prejudicado na carreira? Quem tem vontade de prejudicar alguém? Qual das duas perguntas que eu fiz mostra falta de integridade? A segunda? Se eu tiver o desejo, assim, de me vingar, isso mostra a minha falta de integridade? Não. O desejo não mostra. É por isso que nós temos sentimentos, nós temos emoções e, muitas vezes, no trabalho, nós temos que guardar isso para a gente mesmo. Eu, sinceramente, tenho vontade atropelar um monte de gente, mas eu não vou fazer isso.
7º - Visibilidade
Ser o primeiro a levantar a mão quando o chefe precisa de um voluntário para uma tarefa. O que eu me lembro nos últimos 25 anos da minha vida corporativa, todo mundo que levantou a mão quando eu pedi um voluntário, hoje, ou é gerente, ou é diretor, ou é presidente de empresa. Impressionante.
8º - Empatia
É saber elogiar o trabalho de um colega e reconhecer o mérito dos outros. "Foi o Emerson. Isso foi ontem ainda. Ele montou lá na frente da loja uma exposição de brinquedos que foi muito lindo mesmo. Elogiei, elogiei na hora", disse o fiscal de loja Enedino dos Santos.
9º - Otimismo
Não é um otimismo burro, mas um otimismo com causa. A pressão do trabalho nos leva a imaginar que as coisas são piores do que realmente são.
10º - Paciência
Isso é o que mais acontece com jovens recém-formados no mercado de trabalho. Normalmente, uma pessoa com excelente formação acadêmica entra em uma empresa e, seis horas depois, já está começando a pensar por que ela não foi promovida. De todas as qualidades que nós podemos ter, a paciência é, talvez, a que se a gente não tiver, vai nos prejudicar mais.
Evidentemente, não adianta ter tudo isso se o funcionário não consegue fazer aquilo que ele é pago para fazer, dar bons resultados de curto prazo.
Em uma empresa séria, quem tem marketing pessoal recebe atenção da chefia e apoio dos colegas. Em uma empresa medíocre, a mesma pessoa pode ser vista como uma ameaça. Em um caso assim, não adianta querer mudar a empresa. É mais sábio mudar de empresa.


RABSICADO POR MIM, GABI GABRIELA

PRÁTICAS DAS EQUIPES VENCEDORAS.


Clientes cada vez mais exigentes, concorrência acirrada, guerra de preços, pressões diversas... São palavras muito conhecidas de profissionais e organizações que atuam no mercado em geral.
Nesse cenário competitivo, as empresas buscam, constantemente, novas maneiras de conquistar a preferência dos clientes e realizar as vendas necessárias para a obtenção do lucro. Para isso é importante, entre outros fatores, a qualidade de produtos e serviços, a excelência no atendimento, uma política de preços coerente com a realidade do mercado, a compreensão das necessidades dos clientes e a existência de uma equipe disposta a vencer os desafios e obstáculos que surgem a todo o momento. Mas como desenvolver este espírito de equipe? Por que ele é tão importante? Quais os benefícios para a empresa e os profissionais?
Muitas questões surgem quando se trata desse tema e esse texto tem a finalidade de apresentar aspectos relacionados ao trabalho em equipe.


Práticas das equipes vencedoras


Quando um cliente chega a uma empresa, a diferença proporcionada pela atuação em equipe é sentida já no próprio ambiente, caracterizado por profissionais entusiasmados, otimistas e dinâmicos e reflete-se em todos os processos. Desde a anotação clara de um simples recado, até a busca de auxílio junto a um colega de trabalho, quando não se tem certeza de uma informação a ser passada para o cliente. E essa diferença contribui, e muito, para a realização de negócios. Essa atmosfera de equipe, de confiança e de compartilhamento, é conseguida por um árduo trabalho de liderança, capaz de conciliar os aspectos individuais dos profissionais com as expectativas da empresa e dos clientes. E cada empresa tem o seu estilo, as suas peculiaridades. Assim, não existe uma receita pronta. Entretanto, algumas práticas podem ser inspiradoras para o desenvolvimento de equipes vencedoras:


1- Definição de metas: saber aonde se quer chegar.
Esse é um fator relevante em qualquer organização. As metas são importantes porque definem para a equipe o que se espera dela. Geralmente não são muitas e podemos citar como exemplos: o estabelecimento do faturamento anual, o aumento do número de novos clientes em %, a redução de despesas em %, a abertura de uma filial, a redução do prazo de entrega em "x" dias etc.
As metas de faturamento estabelecerão as cotas dos funcionários da área de vendas e assim por diante. Ou seja, para o cumprimento da meta de faturamento anual, todos os vendedores deverão realizar bons negócios e cumprir suas cotas. Não adianta que apenas um seja excelente, pois o sucesso da empresa é condicionado aos bons resultados de todos.
As metas devem ser passíveis de serem atingidas, desafiadoras e acompanhadas periodicamente. Além disso, a própria equipe pode ser encarregada de encontrar soluções quando as coisas não vão bem. Para isso, também é importante incentivar a participação em encontros e reuniões, que podem ser bem rápidos e constantes, por exemplo, 15 minutos no início do expediente ou da semana. Essa participação contribui para a motivação dos profissionais e para o compartilhamento de informações.


2- Praticar constantemente o "feedback": uma palavra colocada de forma correta faz toda a diferença; comunicação é tudo.
Alguma coisa não deu certo, um cliente reclamou, um balconista não está em condições de desempenhar bem sua função por algum motivo, ou então é preciso dar uma boa notícia. Situações como essas podem ser resolvidas pelo exercício do "feedback", palavra que quer dizer "retorno" e que é a alma da comunicação empresarial. Não é fácil realizá-lo, tanto por quem emite, quanto por quem recebe, mas tudo é uma questão de treino e consciência. O importante é comunicar, de uma forma transparente e honesta, visando melhorias dos processos e das pessoas.


3- Reconhecimento: satisfação pessoal e profissional.
Reconhecer, premiar e investir nos profissionais da empresa é também muito importante. Isso pode ser feito de várias formas: participação nos lucros ou resultados (verificar legislação), homenagens (colaborador do mês), apoio para participação em cursos de atualização e de desenvolvimento pessoal - e também em atitudes simples, como por exemplo, dar os parabéns quando algo tiver sido bem feito. O reconhecimento tem um forte significado para o funcionário, pois dá sentido de utilidade e valorização, aumenta a auto-estima e também cria energias para que ele vença os próximos desafios.


4- Liberdade para pedir ajuda: a importância da confiança.
Quantas vendas são perdidas por falta de uma orientação correta, decorrente de desconhecimento sobre o produto? Uma equipe plena consegue desenvolver um ambiente de confiança, no qual o resultado do conjunto de profissionais é maior do que a soma individual. Pedir ajuda significa a intenção de não errar, e a atenção dispensada por quem pode ajudar significa ensinamento e apoio. Esse efeito se multiplica e reflete-se em processos eficazes e clientes satisfeitos.


5- Delegar responsabilidades e apoiar realizações: autonomia e tomada de decisão.
Em uma equipe vencedora, as funções são distribuídas entre seus integrantes, que assumem a responsabilidade de executá-las. Também são estabelecidos graus de autonomia para tomada de decisão, como por exemplo, as possibilidades de descontos e condições especiais. Essas atitudes facilitam a realização de negócios, além de conferirem transparência e segurança ao negociador. Essas práticas de equipes vencedoras deixam claros os benefícios para a organização, principalmente no que diz respeito à melhoria das condições para realização de negócios, aumento da sinergia entre os funcionários, melhoria no ambiente de trabalho e aumento da satisfação dos clientes.
Por outro lado, as empresas que não atuam com o sentido de equipe têm maior propensão para desenvolverem aspectos como burocracia interna e confusão, em uma atmosfera de desconfiança e individualismo, o que pode influenciar negativamente em seu relacionamento com os clientes, diminuindo as suas condições de competitividade. É por isso que desenvolver equipes nas organizações é tão importante no acirrado mercado contemporâneo.

Renato Fonseca de Andrade


RABISCADO POR MIM, GABI GABRIELA.

13/11/2007

MAGIA DA VOZ


EUNICE MENDES

Que som é este que sai de mim, ora como murmúrio ora como risada?
Que som é este que passa pelas veias da minha pele e se espalha pelo meu corpo como música em noite de festa?
Que som é este que sabe de mim mais do que eu mesmo e conta ao mundo os meus desejos mais secretos?
Que som é este que sendo a minha voz imprime em cada fala o meu traço, o meu riso, a minha dor e o meu compasso?
Que esta voz, que sou eu, me represente com a sensibilidade dos poetas e a alegria das crianças que brincam de roda nas calçadas do mundo!
Que esta voz, tão particular e tão minha, seja a ponte certa até à mente e o coração das pessoas!
A voz é o espelho vocal da personalidade humana. É o símbolo que nos apresenta ao mundo por meio dos sons. É a nossa carteira de identidade vocal. Ela é única em suas vibrações, cor, tons, sabor, textura e musicalidade.
Por meio da voz traduzimos quem somos, o que sentimos e como enxergamos o mundo. Por meio dela é possível detectar as sombras e a luminosidade de cada um. A voz é uma arma poderosa.
Ela é um dos instrumentos de influência mais eficaz nas comunicações humanas, junto com os gestos. É muito poder para ser desperdiçado. Qualquer deslize e as pessoas já percebem alguma característica negativa no apresentador. Uma das mais notadas é a falta de convicção quando o comunicador fala. Perceba que há uma diferença entre asserção e imposição. A primeira é positiva e traduz a certeza baseada no estudo, na reflexão e na comprovação. A segunda, apenas autoritarismo.
Conhecer a própria voz é conhecer um pouquinho da própria alma. A voz desnuda nossas angústias, sonhos, alegrias e intenções. Ela imprime publicamente uma parte do território das características individuais. Quem busca o autoconhecimento tem na voz que o integra ao mundo uma ferramenta especial que mostra traços importantes de seu ser.
Utilizando a voz como instrumento, construímos a nossa fala com todos os matizes que nos distinguem como personagens únicos da nossa história.
Nossa melhor voz, nossa melhor comunicação
Não precisamos permanecer com as vozes que sempre tivemos. Às vezes, por imitação e hábitos nocivos vamos incorporando formas errôneas de falar, pronúncias defeituosas, muletas verbais, que servem de obstáculos às nossas comunicações interpessoais e, conseqüentemente, às nossas vidas.
Reconhecer a voz que temos, identificar seus pontos fortes e frágeis, aperfeiçoá-la em sua expressividade, faz parte da estruturação mais positiva da auto-imagem.
Se a voz que temos hoje não nos agrada por estar desvitalizada e insegura, isso não precisa ser eterno. Somos julgados e avaliados a cada instante da nossa vida, também pelos sons que emitimos. Precisamos buscar uma voz que agrade nossos ouvidos e os ouvidos alheios.
O que falamos é importante, mas o que dá credibilidade à mensagem é a harmonia e a coerência entre o que se diz e a forma como a voz transmite a informação. A qualquer deslize entre conteúdo e forma, o "como" dizemos ganhará muito mais espaço na avaliação do receptor.
A mudança começa, é claro, em nós mesmos, no trabalho voltado à auto-imagem e à auto-estima e isso terá uma conexão direta com a voz. Muda o homem, muda a sua voz! Não temos uma voz. Somos uma voz ! E a nossa imagem social é muito afetada de forma positiva ou negativa pelo som de nossa voz.
Resgatar a voz verdadeira, com todo o potencial que ampliará as habilidades de comunicação, é realizar um inventário pessoal que pode nos fornecer trilhas altamente significativas para o encontro de uma imagem vencedora.
A Voz: um instrumento musical
Pense na voz como um instrumento musical: Você já percebeu o que ocorre quando ouvimos uma boa música ?
É difícil traduzir, pois aquele conjunto harmonioso nos toca e nos sensibiliza a ponto de mudarmos nosso estado emocional, e até mesmo o ambiente em que estamos adquire outras características.
Guardadas as devidas proporções, a voz pode conter alguns dos elementos que caracterizam a boa música. Em primeiro lugar, é necessário a pessoa saber o que vai ser dito, pelo menos em ocasiões formais. É uma obra que precisa ser construída por partes, tal como a música. Além disso, essas partes não podem ser ditas de uma mesma maneira. Como os refrões, há trechos que merecem algum destaque e, em muitos casos, devem ser repetidos.
Em seus discursos procure identificar quais são os momentos que pedem maior ou menor intensidade. Utilize-os para quebrar a monotonia e destacar, por meio da voz, os pontos que considera principais.
Procure interpretar o que você diz, do mesmo modo que ocorre com uma música. Ela nunca é igual quando executada por artistas diferentes. Sempre há um traço que os personaliza. Procure fazer o mesmo com sua voz em seus discursos. Ache um estilo próprio que o destaque no meio da multidão.
Faça uso do silêncio. Coloque ritmo no que você disser, distribuindo pausas em momentos estratégicos. Aproveite-as para não perder o domínio sobre a voz. Pelo contrário, o uso correto desse mecanismo possibilita o controle das ações e a reflexão constante sobre o que está sendo dito.
E, por último, tente deixar sua voz o mais harmoniosa possível. Como na música, harmonia significa dispor de forma adequada as partes de um todo.
Por que cuidar da voz?
Para o profissional que deseja falar em público, muitos são os cuidados que se deve ter para tornar a apresentação agradável.
Muitas vezes, não temos consciência de como a voz é produzida e do que podemos fazer para melhorá-la. Cuidar da voz significa utilizá-la de forma adequada, servindo-se corretamente dos órgãos que produzem o som. Devemos conhecer melhor o processo de criação da voz para podermos corrigir possíveis deslizes.
Cuidar da voz é ir ao encontro do que a natureza quer, é respeitar e seguir o máximo possível a respiração correta e a emissão dos sons, obtendo o melhor rendimento com o mínimo de esforço possível. E isso requer domínio progressivo das emoções, já que estas interferem diretamente na fabricação da voz.
O uso adequado da voz permite que se chame a atenção naturalmente das pessoas ao nosso redor. É um dos elementos que contribuem para facilitar a interação e até mesmo a empatia. Juntamente com o conteúdo e a linguagem corporal, a voz é importante para que a mensagem seja compreendida.
No ambiente profissional, a voz pode nos ajudar em inúmeras situações. Em qualquer circunstância é possível transmitir confiança, liderança, credibilidade, assertividade. Não são raros os profissionais com inúmeras qualidades que não conseguem demonstrá-las por motivos associados à voz.
A excelência na transmissão dos sons propicia o fortalecimento positivo da auto-imagem. Falando bem, percebe-se que as pessoas dão mais atenção ao que dizemos, e conseqüentemente o conteúdo poderá ser avaliado e julgado. Ou seja, estaremos mais presentes nos acontecimentos.
A capacidade de persuasão aumenta consideravelmente quando a voz é clara e bem definida e isso intensifica a compreensão da mensagem.
Cuidemos da voz como quem afina um instrumento precioso, pois investindo no aprimoramento vocal teremos maiores condições de sucesso profissional!

COMUNICAÇÃO, MOTIVAÇÃO E SUCESSO - PEQUENOS SEGREDOS.


EUNICE MENDES


Reveja o mito de que a arte de falar em público é um dom divino
Não se pode negar que algumas pessoas nasceram com o atributo da eloqüência eficaz. Em geral são pessoas carismáticas, persuasivas e envolventes. Mas, são casos raros. Se a maioria quiser comunicar-se bem, deverá buscar subsídios nos treinamentos e dedicar muito esforço pessoal para administrar os medos, traçar objetivos e estratégias, buscar conhecimentos e treinamentos que desenvolvem e aprimoram essa arte.
Não se engane pensando que só os seres privilegiados terão uma atuação inteligente com seus interlocutores. É uma desculpa fácil para quem não quer enxergar que somos responsáveis pelas nossas crenças e mitos, e cabe a nós decidir se queremos ou não realizar nossos sonhos. Muda-se a crença, muda o caminho e muda o resultado. Muda o homem!

Trabalhe o medo conscientemente
É um engano imaginar que se pode eliminar totalmente o medo. Ele é fundamental para a sobrevivência, ao evitar a displicência e o relaxamento em demasia. Mas, se ele conseguir impedir as suas ações durante uma apresentação, preocupe-se. Lembre-se de que não existe medo de falar em público, mas vários medos interagindo, como o de errar, de ser o centro das atenções, de ser questionado e outros tantos específicos de cada comunicador. Identificar as causas e criar um plano de ação facilitam a administração racional do medo, tornando mais eficaz a comunicação.

Administre as tensões e os medos antes de uma apresentação
Prepare-se mental e fisicamente
Ensaie
Pratique, pratique e pratique, porque só a prática conduz à perfeição.

Não tenha medo do silêncio
Antes de planejar e organizar uma palestra, aula ou reunião há um estágio que muitas vezes queremos ignorar. É aquele espaço tão rico, de reflexão e silêncio que nos possibilita pensamentos mais consistentes e resultados mais equilibrados. Como vivemos envolvidos por palavras, sons e movimentos, o silêncio parece insuportável. Falando ou em silêncio, a comunicação está sempre presente.
O silêncio funciona como um sensível toque de recolher, quando o ser humano tem a chance de se conhecer realmente. É em silêncio que o homem tem a dimensão de seu valor e revela sua verdadeira imagem.
Aprender a linguagem do silêncio nos dá as ferramentas para lidar melhor com nossas emoções e efetivar uma interação mais profunda com a platéia.

Não comece uma apresentação sem aquecimento
O que é o aquecimento para quem vai apresentar-se em público?
É fazer pelo menos 20 minutos de exercícios de dicção, articulação e de relaxamento para os músculos da face e da região do pescoço.
É repassar mentalmente o roteiro, reforçando a introdução e o encerramento.
É concentrar-se para começar bem o trabalho.
O aquecimento do comunicador deve ser tanto físico quanto mental.

Faça um acordo com a platéia
Quando essa técnica for pertinente, pergunte aos espectadores o que esperam da apresentação. No flip chart, anote o que querem e não querem receber. Apresente o seu programa original e diga que, sempre que possível, vai inserir os pontos levantados. Assim se criará uma cumplicidade com a platéia, que passará a contribuir para a melhor interação durante a apresentação. No final, pergunte novamente aos presentes se estão satisfeitos com o que receberam. Assim você demonstra o seu interesse de democratizar a apresentação, inserindo-os no processo.

Mantenha contato visual com a platéia
Essa é uma maneira de prender o interesse da platéia, além de transmitir confiança e segurança. É o elo entre apresentador e participante através do qual muitos dados e intenções são transmitidos. O contato visual é um importante canal de identificação da personalidade do profissional.

Crie um clima propício para aprendizagem
Para os profissionais que falam em público, trabalhar o ambiente de atuação é fundamental para a boa comunicação. Algumas orientações para melhorar o desempenho:
As teorias modernas destacam a importância da integração no processo de aprendizagem. As contribuições dos participantes são fundamentais para que novos conceitos sejam apreendidos. Deixe claro, logo de início, que você está aberto ao diálogo. Transmita a idéia de que vão trabalhar juntos numa mesma proposta. Não seja apenas simpático, crie empatia, ponha-se no lugar da platéia, respeite suas crenças e seus valores. Aprender a lidar com as diferenças fará de você uma pessoa mais flexível.
Demonstre que, para você, ensinar é uma paixão, uma missão prazerosa. Se os participantes perceberem isso, o interesse aumentará e as pessoas se sentirão à vontade para questioná-lo, porque querem conhecer a sua resposta.
Não se desvie do assunto. Tudo o que for apresentado deve fazer parte do universo de seu público.
Não prossiga a apresentação se notar que algo não ficou claro. Isso pode comprometer a qualidade.

Harmonize o conteúdo e a forma da mensagem
As pesquisas demonstram que nas comunicações há uma necessidade emergencial do equilíbrio entre aquilo que se diz e a maneira de dizer. Se houver incoerência entre palavras, voz e atitudes corporais, a platéia tende a confiar mais.
no corpo (expressões faciais, gestos, movimentos) — 55%
na voz (inflexões, tom, intensidade, ritmo, ênfase, volume) — 38%
nas palavras — 7%
A maneira como veiculamos a mensagem à platéia é tão importante quanto o seu próprio conteúdo. Não basta preocupar-se só com as palavras. É preciso melhorar a forma (a linguagem corporal e vocal) de transmitir as idéias para uma comunicação equilibrada, fluente e segura.

Seja simples e natural
Lembre-se de que sua platéia quer se comunicar com você. Por isso, ela está ali, e cabe a você facilitar o processo. A comunicação, quando eficaz, se dá através de atos simples e naturais, resultados de muito tempo de treino e observação. Que atos são esses que demonstram simplicidade e naturalidade? Não há regra para identificá-los. Eles se manifestam naqueles momentos em que a comunicação flui e a leveza do ambiente é favorável à troca. A simplicidade e a naturalidade estão presentes quando identificamos e afastamos os obstáculos que interferem na comunicação.

Não se poupe
Os seres humanos, quando se encontram verdadeiramente, têm uma química irresistível. Em suas apresentações, procure estar presente integralmente, o tempo todo. Invista nas relações interpessoais, dê o melhor de si e busque o que o grupo tem de melhor. Chegue para valer. Energia atrai energia!
Tente por todos os meios transmitir as informações de maneira democrática, lúdica e motivadora. Esteja presente com seu coração, seu corpo, sua mente e sua alma. Não dê motivos para a platéia questionar sua autoridade sobre o assunto e muito menos o seu profissionalismo. Esteja presente com inteligência e sensibilidade. Seja criativo, humano e empático

SUA ATITUDE DETERMINA SUA ALTITUDE

por Hamilton Bueno
Dez atitudes diante da vida e de si mesmo que podem alavancar seu sucesso pessoal e profissional.
Nossos resultados vêm de:
10% de nossas habilidades
20% de nossos conhecimentos e
70% de nossas atitudes.
Dominar o estado da arte numa especialidade, num ninho de mercado, é condição essencial de empresariabilidade, a nova palavra que substitui empregabilidade, que nem entrou no dicionário. Habilidades técnicas são condições necessárias, porém não suficientes. Você pode ser perito e ainda assim fracassar. O que realmente faz a diferença são as competências emocionais e sociais. Segundo o guru Daniel Goleman, mais de dois terços das competências dos vencedores - pessoas com desempenho brilhante - vêm das atitudes ligadas à gestão das emoções e dos relacionamentos. Atitude é predisposição, é hábito de pensamento, é a forma como você encara a vida e a si mesmo. A seguir, elaborei dez reflexões importantes para uma vida saudável e bem-sucedida. Ao tomar contato com cada uma delas, faça um balanço de quanto você a tem praticado em sua vida cotidiana e do quanto ainda precisa investir e progredir.
1. Gerencie seus relacionamentos ou submeta-se à rejeição
Gerenciar relacionamentos é considerada a principal competência nesta virada de século, logo após impulso para melhorar. A competência interpessoal de relacionamento nos faz aprender a construir vínculos mais profundos e produtivos e faremos isso quando formos mais empáticos, mais humildes e mais generosos. Ao contrário, estaremos condenados a gerir nossa própria solidão. Cultive relacionamentos. Esteja verdadeiramente interessado em ajudar as pessoas. Se você ligar para as pessoas, elas vão ligar para você. Ou então, você terá que contar unicamente com seus próprios esforços.
2. Tenha poucos e bons objetivos ou siga a correnteza
Somos movidos por objetivos valiosos e significativos, que concretizam nossos sonhos. E o que seria a vida sem sonhos? Sonhar é essencial, tanto quanto instrumentalizar nossos sonhos com um plano de ação específico e mensurável. Pense alto, alto e ainda mais alto. Se você não tiver certeza de onde ir, por melhor que seja o caminho, ele não será o seu caminho. Concentre-se: tenha tempo de qualidade em vez de tempo fragmentado. Direcione-se a poucas coisas que produzem resultados significativos. Faça o que fizer, faça bem feito, ou fique com a sensação de produzir muito esforço e pouco resultado.
3. Transforme o universo ou seja mais um observador
Líder não se conforma com a mesmice. É um transgressor do convencional. É aquele que busca uma nova ordem das coisas. Nos cabe assim, decidir pertencer ao grupo dos que fazem a diferença ou daqueles que preferem habitar a mediocridade, o lugar comum daqueles que se acomodam na zona de conforto.
4. Seja dono das próprias emoções ou escravo da própria impulsividade
Quando você conhece suas próprias forças e limitações e dentre elas, aquelas que causam comportamentos hostis ou agressivos quando você se sente contrariado, você começa a construir relacionamentos mais produtivos e duradouros. Do contrário, ao fazer o que lhe dá na telha, você corre o risco de ofender os outros, se torna escravo da própria imaturidade, vive em remorso e arrependimento, afasta as pessoas e acumula desgastes e estresse.
5. Aprenda a aprender ou embruteça na própria ignorância
Aprender é mais que uma habilidade, é uma atitude. É estar aberto ao novo, aos ventos da mudança. Mas só aceite mudanças que respeitem seus valores e seus objetivos centrais. Aprendizado é descoberta e exige abertura, flexibilidade e humildade. Seja curioso e pergunte sempre. Pergunta ruim é aquela que não é feita.
6. Prefira ações nutrientes em vez de tóxicas
Há os que têm mentalidade da abundância. São pessoas que detectam oportunidades por onde passam. São pessoas que vêem nos erros oportunidades de progresso. Ao contrário, há aqueles que têm mentalidade da escassez. Tudo vai dar errado. Culpados, são os outros. Têm dificuldade de encarar a própria rigidez. Pessoas tóxicas contaminam tudo por onde passam. Fique longe delas.
7. Compreenda para ser compreendido ou morra no ostracismo
Ligue-se nos interesses das pessoas, procure entendê-las e aceitá-las como são. Pergunte e ouça com atenção. Se você for empático, as pessoas também buscarão entender você. Seu maior patrimônio não é composto por bens materiais, mas pela quantidade e pela qualidade dos relacionamentos (networking) que você possui.
8. Adote a Ética do Prazer em vez da Ética do Dever
O homem fez do trabalho um sacrifício e do amor um pecado. Sabendo disso, passe toda sua vida em gratidão e harmonia. Passe a amar a vida, passe a agradecer a Deus e à natureza por estar vivo toda manhã. Respire fundo, energize-se e vá à luta confiante de que você tem muito a contribuir. Relaxe, curta a vida. Sorria. Esqueça as coisas pequenas e abrace causas grandiosas. 9. Seja amigo da verdade e afaste-se dos que levam vantagem em tudo
Valores sadios como honestidade, honra, dignidade e respeito fazem bem para a alma. Conquiste seus objetivos e curta seu sucesso sempre observando um conjunto de princípios e crenças que norteiam sua conduta. Você pode escapar do julgamento dos homens, mas não escapa do julgamento de sua própria consciência. Como você vê, ser correto vale a pena.
10. Acredite no seu valor em vez de agir tentando provar seu valor
Você age segundo sua auto-imagem. Se você se vê como um vencedor, você age como um vencedor. Se você se acha um fracassado, age como fracassado. Abomine viver sobre o vício de aprovação, se falsificando para ser aceito. Ao contrário, fortaleça sua potencialidades, suas virtudes e suas habilidades. Invista nos seus pontos fortes. Acredite que você pode: pense alto, alto e ainda mais alto. Atinja as nuvens. Por que não voar? Ouse, dê mais um passo, vá além. Saia do lugar comum. Assim, sua vida valerá a pena ser vivida.

12/11/2007

MARKETING PESSOAL - CONSTRUINDO SUA MARCA


Tom Coelho
"Não me preocupo tanto com o que sou na opinião dos outros, quanto o que sou na minha própria opinião; gostaria de ser rico de mim mesmo e não por empréstimo." (Michel de Montaigne)Há tempos que os conceitos de marketing vêm sendo aplicados na gestão de imagem e planejamento de carreira das pessoas. Aliás, acredito que esta é uma das tendências irreversíveis dentro da nova dinâmica vigente na sociedade moderna. É comum ouvirmos a expressão "Somos todos vendedores". E para triunfar no jogo do universo corporativo é necessário antes de tudo vender a nós mesmos. A proposta deste ensaio é levar você a compreender que uma marca não nasce, mas sim é construída. E que uma marca pessoal é conseqüência de um processo de diferenciação. O que é marketing pessoal? Marketing pode ser definido como um conjunto de estratégias e ações visando promover o lançamento, desenvolvimento e sustentação de um produto ou serviço no mercado consumidor. Transitando este conceito para o marketing pessoal, podemos ressaltar que seu objetivo é aumentar a aceitação e fortalecer a imagem de uma pessoa pelo público em geral ou por determinado segmento deste público. O marketing pessoal significa projetar uma imagem de marca em relação a você mesmo, tomando a si próprio como se fora um produto ou serviço. Quer fazer um teste rápido sobre o estágio atual de sua imagem de marca? Pergunte-se: "O que as pessoas pensam de mim quando se fala em meu nome?". Será que você é reconhecido, notado em meio à multidão? Qual é o tipo de sentimento que é aflorado nas pessoas ao ouvirem falar de seu nome ou ao encontrarem você em um ambiente qualquer? O especialista em marcas Jaime Troiano pontua: "Uma marca é a criação de um conjunto organizado de percepções (plano cognitivo) e sentimentos (plano emocional) que faz com que um determinado produto ou serviço seja mais do que apenas diferente de seus competidores. Seja único e indispensável". Queremos auxiliá-lo a criar a marca "Você S/A". Transformar o self atual (como você é) no self ideal (como você deseja ser). Assim, o tutorial a seguir não tem a pretensão de ser uma cartilha régia, mas um guia em sua trajetória na elaboração de sua marca pessoal.

Primeiro Passo: A embalagem O publicitário Chuck Lieppe dizia: "Aparentar ter competência é tão importante quanto a própria competência". De fato, o aspecto externo é o primeiro que observamos. Comprando frutas selecionando aquelas que nos parecem mais belas e viçosas. Num evento social, disparamos olhares àqueles com trajes e cortes de cabelo atraentes. Ao planejar uma viagem, escolhemos como destino uma localidade cuja paisagem nos faça brilhar os olhos, seja ela bucólica, dotada de rios ou dunas ou florestas; seja ela "urbanóide", repleta de luzes, cores e sons tecnologicamente pulsantes. A embalagem é o princípio de tudo. E você nunca terá uma segunda oportunidade de causar uma primeira boa impressão. Para tanto, você deverá contemplar os seguintes aspectos:

a) Aparência: banho tomado, cabelo cortado, unhas aparadas, dentes escovados. Parece óbvio demais, mas há quem negligencie isso. Estes eventos, por mais elementares que sejam, representam o ponto de partida da construção de sua imagem.

b) Trajes: para cada ambiente, uma vestimenta apropriada. Da mesma forma como você não irá à praia calçando sapatos sociais, um bom terno ou tailler é a melhor recomendação para o dia-a-dia no trabalho. Combinar cores e tecidos é menos complicado do que possa parecer. Além disso, você deve priorizar o conforto e a praticidade. Roupas adequadas podem compensar uma baixa estatura, disfarçar um excesso de peso. E muito cuidado com o casual day, aquelas sextas-feiras insanas nas quais muita gente se revela de forma comprometedora.

c) Acessórios: anéis, correntes, brincos, pulseiras, enfim, acessórios diversos são permitidos desde que utilizados de forma regrada. É importante também acompanhar o bom senso da moda. Abotoaduras para os rapazes, apenas em ocasiões especiais, o mesmo se aplicando para as mulheres em relação a jóias. E muita atenção com os cosméticos! Há quem use perfume de maneira a ter sua presença reconhecida num ambiente pelo rastro de aromas (ou odores...) que deixa no ar.

d) Etiqueta: edificar uma marca demanda estudo. Por isso, atente para a necessidade de adquirir um bom livro com regras de etiqueta social. Afinal, haverá ocasião na qual você será apresentado a tantos talheres e copos que suas mãos e boca ficarão em dúvida sobre por onde começar. Há profissionais de grande competência no mercado capazes de lhe ensinar as normas da boa etiqueta que, a propósito, não se aplicam exclusivamente às refeições, é claro. Enquanto conferencista, por exemplo, é importante que você saiba como compor a mesa de um cerimonial e como homenagear aos presentes, com base na hierarquia.

e) Postura: cabeça inclinada, ombros arqueados, tronco curvado... Onde você pensa que vai assim? Qual percepção pretende conferir àqueles que o encontram? Seria você alguém derrotado e infeliz? Uma postura elegante ao assentar-se e ao caminhar demonstram altivez, autoconfiança e independência, além de contribuir com sua própria saúde.

f) Vocabulário: a menos que suas pretensões se restrinjam à exposição na mídia como modelo fotográfico, o que, convenhamos, é acessível a poucos, você invariavelmente terá que abrir a boca para sedimentar sua imagem. Neste momento, pronunciar "menas", "poblema" e seus derivados será suficiente para destruir toda a credibilidade que foi sendo erguida nos passos anteriores. Nunca é tarde para se aprender nosso idioma. Basta estudar um pouco e ler muito – jornais, revistas, livros, gibis e bulas de remédio. Desta forma, você ampliará seu vocabulário, ganhando maior versatilidade para falar em público. É importante também salientar que igual preocupação deve-se ter com a escrita. Redigir um bilhete grafando "essessão" ou "quizer", entre outras pérolas, deveria ser salvo-conduto para uma demissão por justa causa na empresa ou a precipitação de um divórcio no lar.

g) Saúde: embora esteja sendo considerada ao final, é o aspecto mais fundamental a ser observado. E isso tanto em termos de marketing pessoal quanto de qualidade de vida. Demonstrar estar saudável, mais do que apenas parecer bem, constitui-se na chave de ouro que sela o primeiro passo do processo de construção de uma marca pessoal. E uma vida saudável implica em sono reparador, alimentação balanceada e prática regular de esportes, entre outros aspectos.

Segundo Passo: O conteúdo Muito bem. Você seguiu à risca o tutorial de fabricação de uma embalagem bonita, vistosa e atraente. E embora o design seja determinante, se o que estiver por dentro não respaldar a expectativa criada você, seguramente, deixará de se estabelecer. Pior, poderá ser tido como impostor a ponto de perder por completo a reputação pela qual tanto lutou. E você sabe que credibilidade é algo que leva anos para se edificar e que se perde em instantes... É claro que o caráter é mais importante que a reputação, pois o primeiro simboliza o que você realmente é enquanto o segundo remete àquilo que os outros pensam a seu respeito. Esta é uma verdade incontestável, muito bem expressa pela frase de Montaigne que prefacia este artigo, mas estamos trabalhando para arquitetar uma imagem capaz de ser admirada pelos demais. E melhor será que isso ocorra espontaneamente, como conseqüência da pessoa que você demonstra ser com naturalidade. Trabalhar o conteúdo significa cuidar dos seguintes pontos:

a) Formação: se você já tem um curso superior, faça uma especialização ou uma pós-graduação. Por outro lado, se você ainda não cursou uma faculdade, matricule-se com urgência em uma. Pouco importa o nome da instituição, sua tradição e toda a retórica que a cerca. Esteja certo de que é você quem tornará seu curso uma experiência indescritível ou um exemplo de mediocridade. Assista às aulas, se empenhe na realização dos trabalhos em grupo e individuais, questione seus professores. E se os estudos foram interrompidos ainda no ensino fundamental, evite se lamentar. Trabalhe para recuperar o tempo perdido. Faça um supletivo, estude nos momentos mais singulares, como dentro de um ônibus ou metrô e quando estiver numa fila de banco. Lembre-se de que sua formação será dada menos pelo pedaço de papel emoldurado que você pendurar na parede, e mais pelos livros que você ler, as pessoas que conhecer e os debates dos quais participar.

b) Currículo: aprenda a redigir um currículo personalizado. Nada de números de documentos diversos e relação de palestras infrutíferas das quais você participou só para conquistar um certificado. Seu currículo deve ser objetivo, capaz de ilustrar em, no máximo, duas páginas o profissional que você é. Disponibilize um telefone e e-mail para contato. Evidencie com letras destacadas o seu objetivo profissional. Você precisa declarar ao mundo o que sabe e quer fazer. Apresente sua formação mais recente, ou seja, nada de relacionar onde fez o curso primário e cursos extracurriculares dispensáveis. Fale de sua trajetória profissional, das empresa por onde passou, mencionando o porte de cada uma delas. Comente suas realizações procurando, sempre que possível, quantificá-las. Finalize informando sobre suas aptidões com idiomas e os hobbies que aprecia – um pouco de intimidade e humanismo também merece ser apresentado. E, por derradeiro, mantenha seu currículo sempre atualizado. Não é porque você está estável numa organização que a história de sua vida profissional deva ser estagnada. Ela está sendo escrita e é preciso que se registre isso para uma possível recolocação no futuro. Desconfie de sua memória! c) Atitude: aqui estamos falando de competências como iniciativa, comprometimento, ousadia, persistência, criatividade, planejamento, persuasão, liderança e autoconfiança. Todos as temos, mais ou menos desenvolvidas. O segredo está em fazer um trabalho de auto-reflexão. Reforçar as atitudes que estão sendo praticadas e identificar aquelas que precisam de um upgrade.

d) Autenticidade e transparência: a melhor maneira de você conquistar a simpatia, confiança e admiração das pessoas é sendo exatamente quem você é. De nada adianta projetar uma estampa fantasiosa, máscara que cai diante da primeira adversidade. Pratique a naturalidade e abuse da transparência, porém, sempre atento aos bastidores escusos nos corredores das organizações.

e) Resiliência: falamos sobre a capacidade de superar adversidades. A postura resiliente deve ser incorporada ao seu estilo de vida e ao seu semblante. Dar aos problemas a dimensão que efetivamente devem ter. Ser flexível nos acordos, tolerante nas decisões, paciente com as respostas.

f) Ética: mais do que fazer a coisa certa, significa agir com congruência. Praticar o que se fala, dizer aquilo em que se acredita.

g) Positividade: símbolo de um estado de espírito elevado, cultivar um pensamento positivo é uma prática que se reflete no sorriso franco, no abraço acolhedor e no bom humor contagiante. É um jeito de viver que atrai quem nos cerca, gerando uma energia sem precedentes.

Terceiro Passo: A visibilidade Não adianta fazer a melhor coisa do mundo se ninguém tomar conhecimento. É preciso comunicar e repercutir. Para construir uma marca, você precisa ser visto.

a) Logomarca: assim como os produtos são nomeados e apresentam uma marca que os identifica, desenvolva um símbolo ou sinal gráfico capaz de remeter mnemonicamente a você. Pode-se partir de uma grande expertise sua ou até de seu apelido.

b) Cartão de visita: pouco importa se você está trabalhando ou disponível no mercado - você precisa ter um cartão de visitas! E além de tê-lo, portá-lo, porque muitos esquecem seus cartões na gaveta do escritório, no porta-luvas do carro ou no bolso de outro blazer. Você pode ter um cartão corporativo e outro pessoal, por exemplo, se esquivando do risco de perder a própria identidade, sendo chamado por "Fulano da empresa tal". Mas a regra mais importante neste quesito diz respeito a como utilizar o cartão de visitas. Ofereça-o a seu interlocutor olhando-o nos olhos e peça o cartão dele. Leia o conteúdo do cartão, chame-o pelo nome para conferir maior proximidade ao diálogo e auxiliar você na memorização. Nunca dobre a ponta do cartão recebido. Concluído o diálogo, faça anotações discretas no cartão recebido que o ajudem a se lembrar da pessoa posteriormente. Envie a ela um e-mail no dia seguinte, externando seu prazer em tê-la conhecido. Mas, por favor, evite tornar mecânico este processo, colocando prazer e sentimento nesta singela ação de troca de cartões.

c) Website: para ser visto – e achado – em tempos modernos, é impossível dar as costas para a Internet. Por isso é imprescindível manter um site pessoal. Pode ser um blog também, mas o site transmite um conceito de maior perenidade, pois os blogs têm como característica original o fato de serem formatados para funcionar como um diário eletrônico. Registre um domínio "www" com o seu nome. O investimento é ridículo - basta pagar a anuidade da Fapesp, pouco superior a dez dólares. Depois, vá elaborando seu site aos poucos, incrementando seu conteúdo. Insira seu currículo, suas experiências profissionais, artigos que tenha escrito, links para outros portais... Enfim, faça de seu site um ambiente que possa se tornar um ponto de encontro ou até uma comunidade.

d) E-mail: procure ter uma única conta de e-mail. Com sinceridade, me parece incompreensível como algumas pessoas criam e-mails em todos os provedores gratuitos como se aquilo fosse sinônimo de status. O gerenciamento de muitas contas se torna difícil e inócuo. E, o pior, você dificulta a memorização de seu endereço pelos outros. Assim, bastam duas contas, no máximo: uma de caráter pessoal e outra corporativa. E aproveite para programar seu correio eletrônico para inserir uma assinatura nas mensagens que enviar. Nada mais desagradável do que receber um e-mail dentre as dezenas de mensagens que circulam diariamente, a maioria delas meros spams, sem conseguir identificar o destinatário.

e) Artigos: se você tem facilidade em escrever, promova este talento. Desenvolva artigos versando sobre temas de seu conhecimento e relacionados à sua profissão. E publique-os. Primeiro, na Internet – são inúmeros os portais que receberão com prazer sua contribuição. Mais adiante, você poderá buscar a mídia impressa – jornais e revistas – como veículos de divulgação de suas idéias. Procure escrever artigos curtos, que facilitem a leitura, e tenha muito cuidado com o idioma. Coesão e coerência textuais, ortografia e acentuação corretas, é o mínimo que os editores irão lhe solicitar – e seus leitores também.

f) Eventos: a regra agora é circular para ser visto. Participe de eventos diversos - coquetéis de lançamento de livros, palestras e seminários, vernissages. E leve consigo seu cartão de visitas! Quarto Passo: A ênfase Uma marca, para ser lembrada, precisa ser repetida. Por isso você deve reunir um nome curto, associado a uma logomarca e facilitar sua percepção para as pessoas. A rigor, inexiste nome difícil, mas nome pouco pronunciado. De qualquer forma, se você está no estágio inicial de construção de sua marca, considere até mesmo a possibilidade de atuar com um pseudônimo. E priorize nomes formados por apenas duas palavras. Assim, "José Maria da Silva" deverá optar por ser chamado de "José Maria" ou "José da Silva" - isso facilita a memorização e a identidade visual. E tome cuidado com homônimos! Quinto Passo: A divulgação Hora de colocar o bloco na rua! Você deve virar notícia – evidentemente não das páginas policiais. Neste momento, a publicação de artigos e participação em eventos, conforme relatados no estágio da visibilidade, são instrumentos certeiros. Este também é o momento de você reforçar sua comunicação. Pessoas marcantes são, por natureza, bons contadores de histórias. Não estamos falando de histórias da carochinha, mas de vivências, experiências, aprendizados. Face ao exposto, considere com seriedade investir num curso de expressão verbal e corporal. Estudos indicam que falar em público oferece mais medo às pessoas do que a própria morte... Por fim, coloque a palavra networking em seu vocabulário e em sua agenda. Aumente sua rede de relacionamentos para além dos limites de seu bairro e de seus domínios na empresa. Há pessoas interessantes esperando por conhecer você seja numa fila de cinema ou numa mesa de bar. Sexto Passo: A diferenciação Seguindo todos os passos anteriores você ainda correrá um risco: o de ser notado como somente mais um player, mais uma marca dentre tantas disponíveis no mercado. Por isso você precisa se diferenciar. Praticar o que a teoria econômica chama de "concorrência monopolística". Desenvolver um estilo próprio, fazer as coisas de forma diferente e, assim, tornar-se único, exclusivo, admirado e presente no coração e na mente das pessoas. À luz deste conceito, observe como estamos o tempo todo exercendo a concorrência monopolística em nossas vidas. A começar pela vitória do espermatozóide tenaz que, dotado de agilidade, velocidade e preparo, no ato da fecundação, supera todos os demais concorrentes. Ao conquistar o par romântico, também nos fizemos notar em meio aos demais pretendentes. A oportunidade de emprego foi igualmente sancionada com êxito dentre outros postulantes ao cargo.
"Tu não és ainda para mim senão um garoto inteiramente igual a cem mil outros garotos. E eu não tenho necessidade de ti. E tu não tens necessidade de mim. Não passo a teus olhos de uma raposa igual a cem mil outras raposas. Mas se tu me cativas, nós teremos necessidade um do outro. Serás para mim único no mundo. E eu serei para ti única no mundo..."O Pequeno Príncipe, de Exupéry, conhecia muito de concorrência monopolística quando cunhou a famosa expressão "Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas". Por isso abrir a porta do carro para a garota adentrá-lo torna o cavalheiro admirado. Por isso o vendedor que procura descobrir a necessidade de seu cliente para depois lhe apresentar uma solução é preferível ao mero tirador de pedidos. Por isso a empresa que identifica o desejo mais subliminar de seus consumidores pode se dar ao luxo de vender o que produz em vez de produzir o que vende... Mas, no jogo da diferenciação, que fique claro uma coisa: não é a diferenciação tecnológica (baseada nas inovações), a qualitativa (sediada na adequação) ou a mercadológica (ancorada na força e glamour das marcas) que conferem perenidade às relações. O mundo está comoditizado. A comunicação está massificada. A única diferenciação sustentável ao longo do tempo é aquela baseada em pessoas, no brilho do olhar, na maciez da voz e no calor do toque, aspectos que máquina ou virtualidade alguma será capaz de reproduzir ou substituir. (Artigo publicado originalmente na Revista Vencer!, como matéria de capa na edição de outubro de 2005) *Tom Coelho, com graduação em Economia pela FEA/USP, Publicidade pela ESPM/SP e especialização em Marketing pela MMS/SP e em Qualidade de Vida no Trabalho pela FIA-FEA/USP, é empresário, consultor, escritor e palestrante, diretor da Infinity Consulting, diretor do Simb/Abrinq e membro executivo do NJE/Fiesp.

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