27/07/2007

ONDE ESTÃO OS TALENTOS?


Paulo Renato Araújo
Ok. Tubo bem. Estamos na "Era do Conhecimento". Mas pergunta-se: são todos os setores da economia ou somente algumas empresas que estão vivenciando tal período? Na verdade, viajando pelo Brasil afora, percebo que temos empresas e empresas, se é que você me entende. Algumas, nitidamente, estão vivendo o período de Taylor... Outras, vivem a era da tecnologia, da internet e do investimento em talentos. É aqui onde quero me ater.
Afinal, o que é um talento? O que é preciso fazer para ser reconhecido como um talento? Será que para ser identificado como tal é necessário ter concluído um MBA em alguma universidade de primeira linha, falar fluentemente duas ou três línguas estrangeiras, e ainda, possuir uma significativa bagagem profissional no exterior? Não, definitivamente, não.
Logicamente, qualquer recurso voltado ao seu desenvolvimento, enfim, qualquer oportunidade que venha a aprimorar seu currículo devem ser aproveitados. Mas quero lembrar que existem talentos e talentos. Cada um com suas particularidades, potencialidades, seu modo de ser, sua receita própria criada a custo de muito trabalho. Diante disso, são as lideranças de hoje que precisam aprender a reconhecer e, principalmente, a desenvolver os talentos já existentes nas organizações. Ou será que somente a concorrência tem acesso aos talentos que tanto buscamos? Permita-me, caro leitor, contar uma pequena história ocorrida em uma grande empresa nacional para exemplificar que talentos existem nos lugares menos procurados... e mais despercebidos.
Dona Dalva - hoje com 36 anos e cinco filhos - começou a trabalhar como diarista em uma grande companhia de seguros, e logo foi contratada como Zeladora. Carteira assinada, benefícios, tudo, enfim, que aprendemos a relacionar com segurança e bom emprego lhe foi concedido. Manteve-se cinco anos no cargo e, em seguida, teve a oportunidade de trabalhar como Copeira. Mas essa condição não havia lhe deixado satisfeita. Dona Dalva sabia que podia ir mais longe.
Certo dia, então, contou-me que, apesar de sua discrição, o que realmente queria era trabalhar na área administrativa. No entanto, pensava consigo mesma “como uma copeira poderia ser promovida para tal departamento”. A despeito disso, sem saber, intuitivamente fez seu planejamento para subir na vida. Resultado: voltou a estudar e agora já terminou o primeiro grau. “Está ótimo, D. Dalva!” – interpretariam os olhares vizinhos. Pois ótimo que nada, revidaria Dona Dalva: agora ela quer terminar o segundo grau! E pararelamente a estes objetivos, começou a fazer o seu network, assim, meio que por acaso. Um almoço com o pessoal da administração ali; um bate papo aqui, uma conversinha acolá... “Ela sempre se mostrava curiosa e interessada em aprender o que o pessoal fazia lá”, contou-me sua atual supervisora.
Dona Dalva colheu os frutos do que plantou. O Gerente da Sucursal fazia questão de que participasse de todos os treinamentos comportamentais. E ela não hesitava em comparecer, aguardando sempre ansiosa os novos convites. Assim os dias se passaram... Para encurtar a história, a mesma Dona Dalva começou a se oferecer para realizar pequenos trabalhos administrativos em seus momentos de folga na copa. O Gerente começou a perceber o seu interesse, sua capacidade de organização, sua vontade de crescer, sua atitude pró-ativa e começou a pensar em dias melhores para sua funcionária. E o grande dia chegou.
Uma vaga para assistente administrativa foi aberta e eu nem preciso contar quem foi admitida. Agora, Dona Dalva está aprendendo a mexer no computador, já tem e-mail próprio, e, segundo sua supervisora, agilizou processos, aumentou a qualidade e produtividade do setor e é extremamente responsável.
Outro dia, perguntei a Dona Dalva qual era o segredo de seu talento, e ela me confidenciou:
- Vontade de crescer;

- Qualidade no serviço realizado;

- Procurar sempre colocar em prática o que é aprendido em cursos e treinamentos;

- Demonstrar interesse em aprender continuamente.Como vemos, todos nós temos talentos... Ora escondidos dentro de nós mesmos, ora não. Descubra, então, o seu. Pergunte-se: “O que gosto de fazer? O que eu gostaria de fazer realmente? Em que sou excelente?”. E siga, ainda, a lição de liderança exercida pelo Gerente da Sucursal: desenvolva-se e acredite nas pessoas que trabalham em sua empresa, que fazem parte do seu dia-a-dia. Reflita sobre tudo isso, enfim... Por vezes, o talento que procuramos está ao nosso lado. Será que em sua empresa não existe alguma Dona Dalva, somente esperando uma oportunidade para agregar valor à sua organização?

17/07/2007

ATRAÇÃO E RETENÇÃO DE TALENTOS.


A palavra talento remonta à Antiguidade e possui uma história expressiva.Para os antigos hebreus, gregos e romanos, talento significava uma unidadede peso. Por meio da troca de metais preciosos por esse peso, o talentotornou-se uma unidade monetária. Desse modo, pode-se correlacionar o fato deque o que hoje significa fonte-chave de criação de valor era dinheiro amilhares de anos.Apesar dessa evolução, o talento continua a ser a moeda do reino, uma vezque atualmente as empresas que multiplicam seus talentos humanos serãobem-sucedidas; as demais deverão se esforçar para adotá-lo, caso pretendampermanecer no mercado.A globalização exige talentos! E as empresas necessitam deles para vencerdesafios e alcançar o sucesso!É importante lembrar que o talento é algo inato e adquirido, ou seja, é umacapacidade que todos os indivíduos têm, mas essa capacidade depende deaperfeiçoamento, interesse no aprendizado, relacionamento interpessoal,mudança de comportamentos e hábitos e atualização, dentre outros.Desenvolver o talento é algo que começa na família, se estende à escola e àempresa e exige alto grau de comprometimento dos indivíduos; é necessárioque o desenvolvimento de talento seja mais "self-service" do que "a la carte", isto é, a empresa deve oferecer alternativas, mas é preciso quecada um se levante e sirva seu próprio prato, em vez de esperar que alguémtraga um prato pronto para seu desenvolvimento. Vivemos na Era em que oprofissional é o principal responsável pelo gerenciamento de sua carreira e,conseqüentemente, por sua empregabilidade.Devido à passagem da Era Industrial para a Era da Informação, asorganizações buscam fornecedores de serviços cerebrais; necessitam dashabilidades com as mãos, mas a habilidade do cérebro é mais valorizada.Procura-se pessoas criativas, íntegras, autocríticas, flexíveis, que tenhaminiciativa, capacidade de aprender continuamente, isto é, que sejam dotadasde competências duráveis. As organizações não estão buscando apenascompetências técnicas; estão em busca, sobretudo, dos aspectos qualitativosdas pessoas; cada vez mais no futuro a variedade de estilos, comportamentose qualificações será almejada pelas empresas.No cenário atual, o maior desafio das organizações consiste em transformaras pessoas no "segredo do sucesso", ou seja, é preciso desenvolvê-las eestimulá-las a fim de que sejam capazes de assegurar os resultadosorganizacionais. Além de atrair e desenvolver, é preciso reter os talentos,investindo em treinamentos, cursos, dando-lhes oportunidades de oferecersugestões, incentivando-os a ser criativos. Além disso, é imprescindívelproporcionar desafios aos indivíduos, uma vez que os mesmos, muitas vezes,são estimulados através destes; grande parte deles só permanece nasorganizações que lhes propiciam desafios.Diante dessas constatações, pode-se afirmar que o desenvolvimento detalentos já não é mais uma diferenciação e sim uma questão de sobrevivênciaorganizacional. Isso remete ao fato de que a vantagem competitiva caberá àsorganizações que souberem atrair, desenvolver e reter seus talentos.Atualmente não são mais os bens físicos ou o dinheiro que determinam osucesso; a capacidade de cultivar talentos decide se uma empresa ganhará ouperderá.Cabe, portanto, às empresas, o planejamento do caminho a seguir para obter osucesso e, aos indivíduos, tornarem-se atrativos aos olhos daquelas,lembrando que um talento não é alguém que se destaca apenas no âmbitoprofissional; é necessário cultivar o lado pessoal; um talento deve ter,acima de tudo, qualidade de vida.


Flaviane Forti Chitero é formada em Administração de Empresas pela UEM-Universidade Estadual de Maringá. Possui experiência profissional comoestagiária nas áreas de Qualidade, Recursos Humanos e Administrativa, tendoatuado na implantação do Programa ISO 9001:2000. Atualmente é trainee daApoena Consultoria Organizacional, atuando no desenvolvimento de conteúdo epráticas de treinamento.

Você tem queixo de vidro?



Você tem queixo de vidro? Qual é seu Quociente de Adversidade?
Thomas Watson Jr., ex-CEO da IBM, respondeu assim a uma pergunta sobre seu sucesso como empresário: "Eu nunca me desviei de uma regra administrativa: a pior coisa que podemos fazer ao enfrentar qualquer problema é ficar boiando como mortos na água. Resolva o problema. Resolva rapidamente, da maneira certa ou errada. Se for da maneira errada, o problema vai voltar e dar-lhe um tapa na cara, para que você o resolva corretamente. Fingir-se de morto e não agir é uma alternativa confortável porque parece diminuir os riscos, mas acaba sendo absolutamente fatal para uma empresa."Ou seja, para ter sucesso você precisa decidir e agir. E assim como a tartaruga que só avança quando coloca seu pescoço para fora, decidir significa arriscar-se.Agora vejamos: quantas adversidades você encontra por dia? Segundo uma pesquisa americana que li recentemente, dez anos atrás eram 7. Cinco anos atrás eram 13. Este ano? 23, incluindo desde engarrafamentos no trânsito até colegas que não cumprem o prometido. O mundo está ficando mais complicado e estressante, e nem todo mundo está conseguindo agüentar confortavelmente esse ritmo.Surgiu então uma nova expressão que pode determinar com muito mais precisão o sucesso de uma empresa ou profissional. Mais importante do que o frio e racional QI (Quociente de Inteligência). Mais direto e eficaz do que o melado psicológico do QE (Quociente Emocional). É o QA – Quociente de Adversidade, uma forma de explicar porque muitas vezes a persistência tem mais valor do que o talento.A expressão QA foi criada por Paul Stoltz, consultor da Peak Learning, que entrevistou mais de 100.000 pessoas para determinar porque algumas subiam na vida e outras não (e porque alguns empreendedores faliam e outros davam certo). Depois de anos pesquisando e analisando, Stoltz dividiu as pessoas em 3 grandes grupos profissionais: os escaladores, os que acampam e os que desistem.Escaladores são aqueles que procuram desafios. Eles recusam-se terminantemente a serem insignificantes. O que eles fazem, e são, é a coisa mais importante em suas vidas. Empreendedores e vendedores são tipicamente escaladores. São 10% da população. Para eles, vale a máxima de Anaïs Nin: "A vida se expande ou contrai de acordo com os riscos que tomamos".
Os desistentes são aqueles que odeiam riscos – fazem qualquer coisa em busca da segurança. Levam ao extremo uma das principais características humanas, que é o da resistência a abrir mão do conforto, não importa qual seja o preço pago. Quem é o exemplar típico dessa antipatia ao risco? Funcionários públicos e acadêmicos em geral (professores). São 10% da população.
No meio temos os campistas: os que vestem a camisa, mas não muito. Para este tipo de pessoa, a qualidade do cafezinho servido na empresa é muito mais importante do que se ela está dando lucro ou não. Em caso de risco, ficam em cima do muro. São os 80% restantes da população.
Já dizia um ditado romano: Audentis fortuna juvat (a Fortuna ajuda os bravos). Assim como um boxeador descomunalmente forte pode ser facilmente nocauteado por ter um ‘queixo de vidro’ (como o Maguila, por exemplo), qualquer empresário ou profissional que realmente queira alcançar o sucesso terá que aprender a lidar com risco e fracasso. Todo mundo é valente quando o inimigo está longe, e existem momentos na vida de uma empresa em que somente a coragem e dedicação total, independente de contratempos e adversidades, faz com que ela sobreviva. É quase uma questão de fé, uma missão pessoal. Gente com QA baixo nunca vai ter a determinação necessária para sobreviver numa situação como essa. Traduzindo em bom português, e perdoe-me a expressão, é uma questão de quanta porrada você agüenta levar.A mídia tem feito parecer que o sucesso é cada vez mais fácil e que está ao alcance de todos. É uma visão enganadora e distorcida. Teremos em breve uma sucessão de quebras no mundo virtual que terá um custo pessoal muito grande para os empreenderes despreparados que entraram nessa onda virtual de dinheiro ‘fácil’. Muitas dessas quebras podem ser diretamente vinculadas ao baixo Quociente de Adversidade dos seus empreendedores, já que na verdade muitos deles arriscavam o dinheiro de outros. Achando que seria fácil, são nocauteados por uma conjunção implacável de anemia psicológica, miopia empresarial e um fluxo de caixa hemorrágico.O Quociente de Adversidade está baseado na forma como percebemos e lidamos com desafios. Pessoas com um maior senso de controle geralmente tem QA's maiores. Elas não culpam os outros por problemas que surgem, e assumem a responsabilidade pela sua resolução. E não vêem contratempos como uma mancha no seu currículo. Em outras palavras, escaladores pensam que problemas ocorrem por força das circunstâncias, e não pelo seu caráter pessoal. Finalmente, pessoas com altos QA's acreditam que os problemas que enfrentam são limitados na profundidade e duração (Isto também passará), o que permite ações rápidas e eficazes.O segredo está em ter o máximo possível de talentos escaladores na sua empresa e, principalmente, conscientizar os campistas de que é preciso enfrentar riscos se quisermos crescer. Só não pode fazer como Samuel Goldwyn, o lendário dono dos estúdios MGM, que certa vez reuniu sua equipe e disse: "Quero que vocês sejam totalmente honestos e critiquem o que eu estou fazendo, mesmo que isso lhes custe o emprego".Resumindo: quer ganhar dinheiro? Coloque a cara para bater – e agüente. É arriscando-se que se constróem coisas de valor, e são essas as pessoas que depois a mídia usa para mostrar como é fácil alcançar o sucesso. Como disse Mark Twain, "coragem é a resistência ao medo, controle do medo – não a ausência do medo".
Raúl Candeloro,Autor dos livros Venda Mais e Negócio Fechado, é palestrante, editor da revista Técnicas de Venda e responsável pelo site VendaMais http://www.vendamais.com.br/ candelo@zaz.com.br

Inteligência Espiritual por Raul Cadeloro



Primeiro veio o QI (Índice de Inteligência), depois veio o QE (QuocienteEmocional), popularizado por Daniel Goleman. Agora Danah Zohar criou oconceito de Inteligência Espiritual - como as pessoas usam significado,visão e valores para pensar e decidir.Zohar, formada pelo MIT e Harvard e diplomada em Física, Filosofia eReligião, defende a separação entre estes três conceitos:a) Inteligência 'intelectual' trata do que pensamos.b) Inteligência emocional trata do que sentimos.c) Inteligência espiritual trata de quem somos.Esta última inteligência é que mais nos diferencia de máquinas, computadorese outros animais, porque é a que nos dá o senso de propósito, valor esentido na vida. Mais e mais empresas têm buscado Zohar para ajudá-los aalinhar a missão e os valores da empresa com os valores da equipe defuncionários e da sociedade em que vivemos. Esse alinhamento produzresultados fantásticos, com funcionários e clientes muito mais satisfeitos,pois sentem que participam de algo maior do que um mero empreendimentocomercial (muitas vezes visto como puramente mercenário).Zohar tem 12 princípios para ajudar nesse aprimoramento da inteligênciaespiritual e do seu alinhamento com os valores das pessoas:. Auto-conhecimento: No que acredito? Quais são meus reais valores? O querealmente me motiva?. Ação baseada em visão e valores: Agir conforme seus princípios, respeitarsuas crenças mais profundas e viver de acordo com isto, em todos ossentidos.. Uso positivo da adversidade: Habilidade de aprender com os erros. Crescere aprender com a adversidade e o sofrimento.. Holístico: Habilidade de reconhecer padrões, relacionamentos, conexõesmaiores. Analisar e procurar compreender o todo e não apenas as pequenaspartes. Sentir que pertence a algo maior.. Compaixão: Empatia com tudo e com todos. Procurar entender e analisar osângulos antes de decidir.. Celebrar a diversidade: Respeitar e estimular as pessoas pela suasdiferenças, não apesar delas.. Independência: Capacidade de resistir à maioria e ter idéias e opiniõespróprias.. Curiosidade: Fazer muitas perguntas para aprender, descobrir, chegar aofundo das questões mais importantes.. Reposicionar: Habilidade de dar um passo para trás e reposicionar umproblema ou desafio. Procurar a resposta certa, não a mais fácil. Analisar ocontexto do desafio da forma mais ampla possível.. Espontaneidade: Viver o hoje, aproveitar o agora.. Vocação para servir: Ouvir o chamado para respeitar o próximo, dar devolta, deixar melhor do que quando chegou.. Humildade: Entender sua posição no mundo, suas próprias limitações e comotrabalhar em equipe para obter resultados extraordinários através dasinergia com outras pessoas.Pessoas e empresas que respeitarem estes 12 princípios terão alcançado algomuito mais valioso do que clientes satisfeitos, lucros maiores oudiferenciais competitivos. Estarão ajudando a mudar o mundo para melhor.Mais: estarão vivendo uma vida de propósito, dando-lhe sentido e cumprindosua missão. Afinal de contas, é para isto que estamos aqui.


Raúl Candeloro é colunista do Empregos.com.br, palestrante e editor dasrevistas VendaMais®, Crescimento Pessoal & Motivação® e Liderança®, além deautor dos livros Venda Mais, Correndo Pro Abraço e Criatividade em Vendas.Formado em Administração de Empresas, é responsável pelo site VendaMais eGestão em Vendas.

10/07/2007




10 Sugestões para a felicidade

1º Não se preocupe De todas as atividades humanas, preocupar-se, é a menos produtiva.

2º Não se deixe dominar pelo medo A maior parte das coisas que tememos nunca acontecem.

3º Não guarde rancorEle é uma das cargas mais pesadas da vida.

4º Enfrente um problema de cada vezSeja como for, só poderá tratá-los um por um.

5º Não leve os problemas para camaSão maus companheiros do sono.

6º Não compre os problemas dos outrosEles podem lidar com eles melhor do que você.

7º Não reviva o passadoEle já passou. Concentre-se no que se passa na tua vida e seja feliz agora.

8º Seja um bom ouvinteSó quando escutar, obterás idéias diferentes das tuas.

9º Não se deixe abater pela frustraçãoA autocompaixão só interfere com as ações positivas.

10º Contabilize todas as coisas boasMas não esqueça as pequenas.Muitas coisas boas pequenas, fazem uma grande.

08/07/2007


A criatividade na resolução de conflitos

Maria Inês Felippe

"A oposição dos contrários é condição da transformação das coisas e, aomesmo principio e lei". Heráclitos de Ëfeso

O conflito pode ser comparado com a evolução da espécie, aqueles quesobrevivem são os que vão se adaptando ou transformando-se.Empresa é um lugar privilegiado de conflitos pessoais, profissionais deinteresses, ideologias, assim como atender clientes e negociar.As crises existenciais percorrem a nossa vida desde o nascimento, infância,adolescência, juventude, na fase adulta, nos relacionamentosinterpessoais, na escolha da profissão, aposen- tadoria, etc.Onde há problemas há também oportunidades escondidas.Agora podemos perceber o conflito como risco ou oportunidade e que exige denós uma atitude pró-ativa, levando por terra o ditado popular " depois datempestade vem a bonança".A falta de imaginação atua como responsável e geradora de conflitos, onde aspartes se recusam a imaginar o que os outros podem fazer, pensar ou sentir.As pessoas agem como se desconhecessem as diferenças.Somente escutar as pessoas não garantem a sua resolução , entender etrabalhar questões da diversidade passa a ser fundamental para umaadministração moderna. Quando falamos de diversidades não estamos referindoa de raça, sexo e religião, diferenças no mesmo nível hierárquico, mas comoforma de pensamento , ideologias e em todos os níveis hierárquicos tantohorizontal como vertical.O silêncio poderá ser uma grande fonte de indicativo de conflitos, suaresolução poderá se dar através da negociaçãoNegociar é alcançar objetivos através de um acordo em situações que ocorrempensamentos divergentes e convergentes, faz parte da nossa vida desde ospovos primitivos. Viver é negociar.Exercícios de pensamento lateral, técnica de solução criativa de problemaspoderá facilitar no ato de resolução do conflito.A criatividade no processo de resolução de conflitos favorece aflexibilidade, melhor aproveitamento da diversidade e conciliação desituações opostas, encarando e conduzindo a negociação a favor de ambas aspartes.Ela favorece enxergar o que todos enxergam, mas visualizando coisasdiferentes, transformando riscos em oportunidades, identificando algo a maisdo que o cotidiano, favorecendo contornar objeções, agindo proativamente.A pessoa pró-ativa e criativa possui uma postura sempre firme em relação aosdiversos problemas que enfrenta, não só no mundo corporativo, como tambémdiante da vida, ela não quer fazer parte do problema, mas sim da solução.Considerando a economia globalizada em que vivemos cada vez mais temos depensar criativamente e agir estrategicamente.Cabe ressaltar:É uma questão do ponto de vista, podemos perceber o conflito como algo:

· Destrutivo

· Construtivo: Tirando proveitoTransformando negativos em positivos

· Tomada de decisão

· Crises e oportunidades

· Diversidade como geração de idéias

· Solução, evolução

· Fator de liderança

· Fator de negociaçãoIdentificando· Descomprometimento

· Erros e quebras excessivas

· Atrasos

· Discórdias, guerra

· Individualismo

· Problemas sem solução

· Valorização e desvalorização

· Procrastinação

· Fantasma do passado

· Carga mental

· Solidão

· Silêncio

O QUE FAZER?
"Os conflitos sociais são motor de progresso e a mola propulsora dodinamismo. A imaginação e a inovação nascem da tensão e do conforto e não deuma unanimidade artificial" Alaim Duhamel
Já que todos os problemas são solucionáveis é importante que sejam bemdefinidos, procure idéias e resolva criativamente.Temos que ter cuidado na resolução dos conflitos para não gerar outros, oque percebemos é que por alguma razão, parece que a natureza humana exigeque as pessoas ajam rapidamente, quando enfrentam um problema.Quando surge uma dificuldade, buscam a resolução sem clarificar ou analisaro problema, como conseqüência não se resolve os problemas ou se resolveequivocadamente, causando assim outros problemas, provocando o sentimento defrustração

A arte de dominar idéias

por Reinaldo Passadori


Problemas na comunicação podem gerar um monstro, que precisa ser domado aqualquer custo, para o pleno sucesso de colaboradores e organizaçõesVendas perdidas, negociações mal sucedidas, treinamentos ineficientes,discursos sonolentos e mal elaborados -des-perdiçando o tempo das pessoas-,discussões, boicotes, brigas e desentendimentos entre as pessoas de um modogeral, quer seja em relações profissionais, familiares ou sociais.O mundo como um todo seria muito melhor se as pessoas conseguissem secomunicar melhor. Sem perceber, muitos dos problemas comuns que ocorrem nasrelações interpessoais acontecem justamente por problemas de comunicação.Antes de falar sobre esses problemas, quero propor uma reflexão sobre umapremissa básica no processo da comunicação: a comunicação não é o que eufalo; é aquilo que chega.Somos, por excelência, exímios interpretadores de tudo o que acontece. Fazparte da natureza humana, tanto que avaliamos, ponderamos, julgamos,comparamos com a nossa escala de valores tudo o que percebemos, vemos eouvimos. Gostamos ou não gostamos, achamos simpático ou antipático,consideramos agradável ou desagradável, interessante ou indiferente. Fazemosisso o tempo todo.Por essa razão, se desejamos de fato nos comunicar com outras pessoasprecisamos, constantemente, exercitar a arte da empatia, que é a capacidadede nos colocar no lugar da outra pessoa, entender o seu estado de espírito,seu momento psicológico, seu nível cultural, suas crenças, seus apelosemocionais. Além disso, precisamos resolver os nossos problemas decomunicação e, posso afirmar com segurança, que são muitos.Apresentarei de maneira resumida os problemas mais comuns que coletamos aolongo de 15 anos ajudando as pessoas a resolverem as suas dificuldades decomunicação e a proposta é gerar um questionamento para que você possa fazeruma auto-análise e ao identificar-se com alguns desses problemas, possaprocurar algum tipo de solução, pois se existirem poderão impedir uma melhordesenvoltura no cenário pessoal e profissional.Para facilitar a auto-análise, apresentaremos esses problemas subdivididosem três blocos distintos, a saber: a) psicológicos; b) físicos e c)técnicos.a) PsicológicosMedoMedo de tudo, de ser mal sucedido, de errar, de não ser compreendido, defalhar, de não conseguir dar o recado, de denegrir a sua própria imagem, dedar a dor de barriga que você teve há 10 anos, enfim muitos medos. Seanalisarmos bem, na verdade, não vamos encontrar muitas razões para essesmedos, pois na maioria são imaginários e não reais. O principal medo, noentanto, que pode ser uma síntese de todos esses, é o "Medo de falar empúblico".Excesso de preocupaçãoAlgumas pessoas são preocupadas demais. Existe um lado positivo napreocupação relacionado à preparação, ao planejamento, à organização do queiremos realizar. Só que temos uma voz interior e se não a soubermoscontrolar, nos perdemos. Essa voz começa a perguntar assim: E se eu falhar?E se perguntarem algo que eu não sei? E se entrar o diretor enquanto euestiver falando? O interessante é que as respostas a essas perguntas tendema ser negativas, gerando um pessimismo e neutralizando as forças de energiapositiva e de entusiasmo, minando as resistências da pessoa, gerando umagrande possibilidade de fracasso.Baixa auto-estimaHá um pensamento muito famoso, atribuído a Henri Ford, que diz: "Se vocêacha que pode ou se acha que não pode, em ambos os casos você está certo".Em outras palavras, se você acredita no sucesso do seu esforço ou seacredita no insucesso, em ambos os casos você também está certo. Podemosoptar em sermos otimistas ou em sermos pessimistas e até essa atitude dianteda vida ou das situações pode ser treinada e desenvolvida. A natureza, nasua complexidade e, ao mesmo tempo simplicidade nos dá uma grande liçãoquando nos mostra que colhemos aquilo que plantamos, ou seja, um pessimistairá falar mal de si mesmo, denegrindo a sua própria imagem, evidenciando asua impotência e a sua incapacidade. É óbvio que colherá dó e pena daspessoas. Por outro lado, uma pessoa de bem com a vida e consigo mesma,entusiasta e otimista, irá irradiar uma energia positiva e atrairá para siaquilo que plantou, ou seja, estímulos positivos, energia boa, pessoas quefuncionam nessa mesma faixa de freqüência.b) FísicosVoz fracaVolume baixo, onde a voz é quase inaudível.LinearidadeA fala mantém um tom monocórdio, gerando sonolência e desatenção daspessoas.Dicção ruimDificuldade de pronúncia, onde os sons não são claros e a compreensão ficaprejudicada.Velocidade excessivaA pessoa atropela as palavras, além de dificultar o entendimento das idéias.Velocidade lentaTalvez pior ainda do que a velocidade acelerada. Ficamos impacientes,querendo ajudar a pessoa que está falando, também gerando desinteresse.Ausência de teatralizaçãoOu seja, a pessoa que fala nada expressa além do conteúdo e sabemos que tãoou mais importante do que o conteúdo é a forma de falar. Um bom exemplodisso é a pessoa falando algo alegre com uma voz triste ou melancólica.NasalaçãoOnde os sons são excessivamente anasalados, tornando feia a fala.Ausência de pausasAs pausas servem para facilitar a compreensão do ouvinte, dar belezaestética e também para que o apresentador possa melhor concatenar as suasidéias. A ausência de pausas torna a fala inadequada e distrai a atenção dosouvintes.Ausência de gestosAlgumas pessoas colocam as mãos atrás ou na frente do corpo ou ainda nacintura (tipo açucareiro), cruzam os braços ou enfiam as mãos nos bolsos enão fazem gestos. Uma gesticulação adequada reforça o conteúdo da fala.Postura inadequadaPensando na posição dos pés, podemos fazer uma analogia com o relógio.Existe a posição "quinze para o meio dia", "meio dia e quinze" e "dez paraas duas". São inadequadas, desviam a atenção dos ouvintes e geram certadeselegância.Olhar perdidoHá aqueles que olham para cima ou para baixo ou apenas para algumas pessoas.O ideal é que se olhe nos olhos das pessoas, envolvendo-as plenamente.Aparência deseleganteUm toque de classe, de sensibilidade, de bom senso e de bom gosto nunca édemais. Só que algumas pessoas exageram no contrário, ou seja, são relaxadasmesmo, desde uma roupa suja ou um sapato sem graxa e malcuidado até desleixoem detalhes de asseio e aparência corporal.c) TécnicosDesorganização de idéiasToda apresentação deve ter uma estrutura, ou seja, um objetivo, um começo,um meio e um fim. Há pessoas que começam pelo meio, terminam pelo começo edesenvolvem aquilo que deveriam deixar para o final. É necessário aprender edesenvolver apresentações estruturadas e organizadas.Vícios de linguagemOu seja, excesso de "nés", "tás", "certos", "percebes", "aaaa...", "eee...".A audiência fica contando quantos desses vícios ocorreram e deixa de prestaratenção no conteúdo da fala.Dificuldade de vocabulárioÉ até comum a pessoa querer dizer alguma coisa, ela tem a idéia na cabeça,mas não consegue encontrar rapidamente a palavra para externar essepensamento.Inadequação no uso de Recursos AudiovisuaisTransparências ou lâminas excessivamente carregadas, muitas informações deuma só vez, cores e contrastes de mau gosto, ilegibilidade, falta de clarezaou adequação em relação ao conteúdo.Em síntese, essas são as dificuldades mais comuns que temos observado emsala de treinamento. Além destas, inúmeros outros pequenos problemas, desdeprolixidade, excessiva objetividade, postura arrogante ou prepotente ou, aocontrário, humilde demais.O que julgo importante, ao fazer uma análise sobre os problemas decomunicação, é que a parte mais difícil é justamente a descoberta destesproblemas, pois a solução é relativamente simples, dependendo apenas dedestreza experimental e orientação adequada. Descubra, portanto, quais sãoas suas dificuldades de comunicação, invista na sua solução e esteja certode que sua vida será bem melhor.

O autor é presidente do Instituto Passadori e especialista em Comunicação

07/07/2007


A difícil arte de escutar

Louis Burlamaqui


Escutar ou ouvir. Esta é uma boa maneira de começarmos a entender esta tãoimportante arte do ser humano. O ouvir está ligado aos ouvidos, a capacidadede pôr os ouvidos funcionando. O surdo não ouve. O ouvir é a capacidade deperceber sons. Já o escutar requer algo maior, é a arte de sentir,interpretar, entender o que você ouviu.Quantas vezes você já não viu a frase "eu te disse isso várias vezes, masvocê não escuta"? O que ela quer dizer? Ela diz que você ouve, mas que asidéias não entram em sua mente. Quantas vezes estamos discutindo com umapessoa e, quando ela põe seu ponto-de-vista, nas primeiras palavras jápercebemos ou imaginamos o que vai dizer e começamos a preparar nossaresposta? Nesta situação não estamos escutando para entender, mas sim pararesponder.Enquanto estivermos armados, nunca escutaremos. Escutaremos apenas o quequeremos, o que demonstra nossa insegurança e fragilidade de ver sob oponto-de-vista de outra pessoa. Por que deveríamos então escutar as pessoas?Primeiro porque todas as pessoas adoram quem as escuta e segundo porquesempre aprendemos alguma coisa.Agora precisamos entender quais são os níveis de escutar que devemosaprender a trabalhar em nossas vidas. O primeiro nível é ignorar. Nósprecisamos aprender que em determinados momentos precisamos ignorar o queestamos escutando. Até pelo nosso bem-estar. Algumas coisas são ofensivas edescartáveis para serem escutadas.Outro nível é escutar seletivamente, ou seja, ter a capacidade de extrairapenas as informações mais importantes que a outra pessoa coloca. O nívelseguinte é escutar atenta e empaticamente. Este nível requer uma capacidadede entrar no mundo do outro e compreender sob seu ponto de vista.Qual é o grande desafio para quem quer adquirir a habilidade no ato deescutar: saber usar o nível certo na hora certa. Pois algumas pessoasignoram quando precisariam ser empáticas, são seletivas quando precisariamfingir, e assim acontecem as distorções sucessivamente.O nível mais difícil e importante para o exercício de aprendizagem,liderança e habilidades interpessoais é o atenta e empaticamente. Por que?Simplesmente porque este nível requer que, quando escuta, você esqueça o quepensa, abra mão de julgamentos, tenha capacidade de entrar no mundo do outroe interaja com total interesse.Escutar não é uma tarefa fácil, muitos pensam que escutam e na verdade poucoescutam. Se você se interessa em desenvolver esta difícil e importante arte,lanço para você o primeiro passo: quando estiver com as pessoas, pare emalguns momentos e observe-as, perceba o que estão dizendo "por trás" daspalavras, perceba suas expressões, corpo, postura e mãos. Esqueça de você edo que pensa neste momento. E para avançar, seja curioso, faça perguntas quenunca fez antes e que revelem coisas novas sobre as pessoas.Desta forma, você descobrirá muitas coisas que não percebia antes. Escutar éreceber. Se sabe escutar, sabe receber sabedoria e informação. Quem temsabedoria e informação, normalmente sabe o que falar. Portanto, a boa escutaprecede a boa comunicação e é uma arte básica para os dias de hoje.

Louis Burlamaqui é administrador de empresas, especialista em comportamentoorganizacional e business plan.

04/07/2007

O compromisso com a excelência por Bruno Krug


O compromisso com a excelência não é apenas o de ter uma empresa organizada,limpa, enxuta e lucrativa, tampouco é apenas atender bem os clientes, saldaros compromissos ou algo similar. Compromisso com a excelência é tudo isto emuito mais: é uma questão de ter valores elevados levados à sério, umaatitude estratégica, e um compromisso pessoal de fazer acontecer. É tambémuma questão de possuir profissionais competentes, motivados e atenciosos,produtos e serviços que cumprem o que prometem, excelência no atendimento,na gestão de pessoas, na liderança e muito mais.Compromisso com a excelência é antes de tudo uma visão motivadora queinspira aos que ali trabalham a buscar a excelência em tudo o que fazem, bemcomo em suas relações com os demais, sejam eles colegas, superiores,clientes, acionistas ou outros. Não devemos confundir a busca da excelênciacom definições bonitas de visão, missão e objetivos, por mais que isto sejamuito importante quando feito com seriedade e desejo de melhorar mais aindaa organização. Mais importante do que estes conceitos, é ter capacidade deconseguir promover uma mentalidade e gerar sentimentos que levem ao realcomprometimento das pessoas envolvidas, pois com certeza são elas que vãofazer a real diferença entre um trabalho, produto ou serviço comum, normalou de excelência, e fazer isto é no mínimo função de todos aqueles queexercem alguma liderança na organização, seja ela oficial ou não.Este processo de transformação deve começar com cada um de nós,principalmente com aqueles que tem a capacidade de influenciar as pessoas,que mobilizem seus corações e mentes em busca de algo maior, mais elevado egrandioso. A busca da excelência deve ser uma força mobilizadora poderosa,que faça cada pessoa se superar constantemente em suas atitudes e suasações, gerando resultados que agreguem e satisfaçam plenamente todosenvolvidos.Deve-se lutar acima de tudo contra a mediocridade, o conformismo e onegativismo, inimigos diretos da inovação e da excelência. Lembre-se que asempresas podem ser pequenas, mas a mente das pessoas que ali trabalham devemser grandiosas, visionárias e ousadas. Quando as pessoas sonham juntas eseus sonhos são estimulantes, com certeza estas pessoas farão coisasextraordinárias e isto fará a grande diferença não só nas empresas quetrabalham, mas também na vida daqueles que convivem com eles e na suacomunidade.Para isto é preciso que pessoas assumam a liderança, criem propósitos,compartilhem objetivos e contribuam com o trabalho e a vida dos demais.Pessoas assim lideram efetivamente, pois são exemplos vivos de determinação,dedicação e positividade na ação. Devem respeitar cada ser humano, mesmo quediscordando de suas idéias e comportamentos, e precisam estabelecer as metasjuntamente com suas equipes, pois somente assim terão o comprometimento dosmesmos na busca da excelência.Assim, na medida em que a empresa possui líderes que motivam a busca daexcelência, ela também passa a satisfazer mais seus clientes, e pode ganharmais dinheiro, se manter mais segura no mercado, pagar melhor seusfuncionários, contribuir mais com a comunidade e saber que realizou suamissão. Isto tudo porque houve um verdadeiro comprometimento com a busca daexcelência, com seus clientes e colaboradores.Bruno Krug é consultor empresarial.

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